Novos Povoadores®

Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT)

Elaborada proposta de Lei para discussão e votação na Assembleia da República

Com esta Proposta de Lei, a submeter à aprovação da Assembleia da República, pretende-se aprovar o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), o qual, juntamente com a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS), deve constituir o quadro de referência para as diversas intervenções com impacte territorial.

O PNPOT visa dotar o País de uma visão estratégia para as diversas políticas com incidência territorial, constituindo, também, um instrumento de cooperação com os demais Estados-membros para a organização do território da União Europeia.

O PNPOT estabelece, assim, as grandes opções com relevância para a organização do território nacional, consubstanciando o quadro de referência a considerar na elaboração dos demais instrumentos de gestão territorial.

Considerando que o ordenamento do território nacional deve traduzir e apoiar as grandes opções estratégicas definidas para o País, numa óptica de construção de unidade na diversidade, o PNPOT define como objectivos estratégicos a concretizar nos vários níveis de planeamento:

a) Conservar e valorizar a biodiversidade, os recursos e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos;

b) Reforçar a competitividade territorial de Portugal e a sua integração nos espaços ibérico, europeu, atlântico e global;

c) Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infra-estruturas de suporte à integração e à coesão territoriais;

d) Assegurar a equidade territorial no provimento de infra-estruturas e de equipamentos colectivos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse geral, promovendo a coesão social;

e) Expandir as redes e infra-estruturas avançadas de informação e comunicação e incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração pública;

f) Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a participação informada, activa e responsável dos cidadãos e das instituições.

O programa de acção que integra o PNPOT desenvolve e concretiza estes objectivos estratégicos através de um conjunto de objectivos específicos, de medidas prioritárias e de orientações para os instrumentos de gestão territorial. A execução desse programa de acção será descentralizada a nível regional e sectorial, contando com o envolvimento e a co-responsabilização de todos os Ministérios na prossecução do objectivo comum de ordenar o território de Portugal.

in Portal do Governo

Descentralizar a Inovação

Seria bom haver mais casos no país como o «cluster» das telecomunicações de Aveiro em torno da InovaRia. Emergiu um grupo de PME e atraíram-se multinacionais

Num mundo cada vez mais globalizado, os processos e funções das empresas tendem a localizar-se nos sítios onde a relação custo-benefício é mais atractiva. Esta realidade, que conduz muitas vezes a situações dramáticas de aumento de desemprego, começa a abranger não só as actividades de produção e de serviços de suporte, mas também as actividades de Investigação e Desenvolvimento.

Os grandes fornecedores têm já localizados nos países de maior potencial de crescimento, como a China e a Índia, pólos de I&D que, tirando partido da oferta abundante de quadros qualificados, complementam a capacidade dos centros de competência situados nos Estados Unidos e na Europa.

Assim sendo, para que uma política de atracção de investimento estrangeiro seja credível e sustentável ela terá que conseguir fixar actividades de I&D que garantam a participação das unidades localizadas em Portugal, na cadeia de valor do grupo empresarial a que pertencem.

Portugal terá assim que desenvolver uma estratégia concertada, envolvendo universidades, autarquias, agências governamentais, associações e empresas de referência, que permita criar condições competitivas para a atracção de investimento de qualidade. Esta estratégia implica fazer escolhas sectoriais e regionais por forma a criar a massa crítica necessária para poder competir no mercado mundial.

O «cluster» de telecomunicações existente em Aveiro é um exemplo de que é possível ter sucesso. Tendo como âncora a PT Inovação, o «cluster», hoje organizado em redor da associação Inova Ria, permitiu criar um número significativo de PME de base tecnológica e atrair empresas como a NEC e, mais recentemente, a Siemens. O volume de vendas ultrapassa já os cem milhões de euros, empregando mais de 1000 pessoas, na sua maioria engenheiros e técnicos. Estes quadros são oriundos essencialmente das universidades de Aveiro, Coimbra e Porto.

Seria bom que casos como este se pudessem multiplicar e alargar às diferentes regiões do país.

paulo.nordeste@sapo.pt

in Expresso, Paulo Nordeste

Desafios para a globalização

Portugal deveria ter a ambição de se tornar um centro de excelência, atraindo talento de todo o mundo em áreas tecnológicas avançadas
As mudanças que se observam em múltiplas e diversificadas actividades económicas a nível mundial têm em comum a utilização do conhecimento e inovação como factores de competitividade. Enquanto que o valor económico do conhecimento depende da sua maior ou menor adequação às actividades geradoras de produtos e serviços, a relevância da inovação depende da sua maior ou menor adequação para os diferenciar.

Conhecimento e inovação com estas características só podem ser alicerçados num sistema de educação de alta qualidade e nivelado internacionalmente. A educação de nível superior terá que conceder prioridade aos domínios tecnológicos que suportam as indústrias de conhecimento intensivo e atribuir-lhes papel catalizador do desenvolvimento económico nacional. Será com o conhecimento e a inovação, mais do que com a intensidade de capital ou o custo de mão-de-obra, que será conquistada a competitividade internacional.

A rápida modernização do tecido industrial nacional de base tecnológica e, em particular, a emergência de sectores tecnológicos não tradicionais, requer a existência de condições estruturantes que garantam capacidade de engenharia, em quantidade e qualidade. Perante o desafio de terem que crescer rapidamente por força da dinâmica da competitividade mundial, as novas empresas tecnológicas serão inevitavelmente confrontadas com a necessidade de assegurarem um elevado e constante «in-flow» de engenharia de alta qualidade. A alternativa à dificuldade de se encontrar a curto e médio prazo a capacidade de engenharia nacional necessária só poderá ser o recurso à utilização de capacidade de engenharia estrangeira. Portugal deveria ter a ambição de se tornar num centro de excelência para a atracção de capacidades e talentos internacionais em domínios tecnológicos avançados, pelo impacto que resultaria na sustentabilidade a curto e médio prazo das novas empresas que ambicionam competir à escala global.

A não materialização deste objectivo conduzirá inevitavelmente à deslocalização internacional de centros de investigação e desenvolvimento para grandes centros de produção de engenharia altamente qualificada, de que são exemplos mais paradigmáticos a Índia e a China.

O desafio é grande, mas ainda maior será o impacto negativo que poderá ter para a sustentabilidade de um novo tecido industrial emergente em Portugal a incapacidade de o alimentar com a matéria-prima estratégica que o capital humano representa. Este desafio deverá representar um enorme estímulo para que ocorram muito rapidamente mudanças significativas promovidas por políticas de desenvolvimento acelerado de recursos internos e, sobretudo, de captação de recursos externos.

CEO da Chipidea

in Expresso, Epifânio da Franca

Edia dinamiza Museu da Luz

O Museu da Luz lança este ano um conjunto de iniciativas de dinamização para a comunidade dirigidas a um vasto leque de públicos. Os eventos a realizar em 2007 estão enquadrados no programa educativo em curso e têm como principal objectivo sensibilizar para a identidade cultural do espaço e do tempo de “Alqueva”.

A participação nas iniciativas exige inscrição prévia no Museu e as visitas orientadas desenvolvem-se em quatro vertentes: Museu da Luz e sua Colecção, Museu e Igreja da Luz, trajecto temático de Arqueologia e um outro de Arquitectura.

Os percursos privilegiam a descoberta do grande lago com passeio de barco, visita ao Museu e lugares de memória, contacto com as novas arquitecturas e passeio pela aldeia da luz.



Voz da Planície, Ana Elias de Freitas

As novas cidades-aeroporto


Os aerotropolis são vistos como uma estratégia de desenvolvimento económico para o século XXI

Os aeroportos são cada vez mais vistos como um motor da economia mundial. “Estas infra-estruturas vão ser determinantes na localização das empresas e dos negócios, assim como no desenvolvimento urbano para o século XXI, tal como as auto-estradas o foram no século XX, os caminhos-de-ferro no século XIX e os portos marítimos no século XVIII”, defende John Kasarda, o grande teórico dos ‘aerotropolis’ (vocábulo que resulta da combinação de aeroporto com metrópolis).

Este professor universitário americano, e director do Kenan Institute of Private Enterprise, advoga que, em vez de se construírem os aeroportos na periferia das cidades para serem o mais possível evitados, devemos antes transformá-los no centro e planear o resto da cidade à sua volta. Os aerotropolis são precisamente isso: cidades cujo centro é o aeroporto, rodeado de centenas de hectares de espaço industrial, escritórios, serviços de logística, hotéis, restaurantes, entretenimento e habitação.


Não é ficção


Apesar do conceito parecer futurista, quase ficção científica, os aerotropolis começam a ser uma realidade: na Ásia vários destes projectos estão em curso em Pequim, Seul, Xangai, Banguecoque e Kuala Lumpur. Nos Estados Unidos, estão planeados aerotropolis em Detroit, Memphis, Denver e Dallas. Na América do Sul, está previsto um em Belo Horizonte, no Brasil. E na Europa, o aeroporto de Amesterdão já começa a ganhar contornos de uma cidade-aeroporto.

Mas qual o grande objectivo dos aerotropolis? Tudo se prende com a evolução do comércio global. John Kasarda afirma que a questão crítica é a competitividade: “O comércio é cada vez mais global e exige maior rapidez de transporte, o que é feito cada vez menos pela via terrestre e mais por meio aéreo. As empresas valorizam mais a rapidez, agilidade e acessibilidade no fornecimento dos seus produtos e serviços aos clientes”, comenta.

Kasarda sublinha que, nos últimos 30 anos, o PIB Mundial cresceu 154% e o valor do comércio mundial cresceu 355%. Mas o valor da carga aérea disparou para um astronómico valor de 1395%.

Hoje 40% do valor económico de todos os bens produzidos no mundo é aerotransportado, assim como 70% de todas as compras feitas pela Internet. Dos vários projectos de aerotropolis em curso, o Dubai World Central é o mais megalómano.

A primeira fase de conclusão do aeroporto deste emirado será em finais de 2008 e terá uma cidade logística com 1,2 milhões de metros quadrados, servido por auto-estradas próprias com fábricas e armazéns para empresas como a Boeing, Caterpillar, Chanel, LMVH, Mitsubishi, Porsche e Rolls-Royce. Num segundo anel, estarão sediadas empresas como a IBM, Microsoft e Oracle.

No terceiro anel, surgirão habitações para 77 mil residentes, servidas de alguns dos maiores centros comerciais do mundo, campos de golfe, torres de escritórios e complexos de entretenimento.


in Expresso, Manuel Posser de Andrade

Privados investem 13 mil milhões em ‘resorts’

Durante os próximos dez anos, promotores privados como o Grupo Pestana, José Roquette, Amorim, Sonae Turismo, Pelicano ou Acordo vão investir cerca de 13 mil milhões de euros em projectos na área do turismo residencial e em ‘resorts’, e criar 40 mil novos apartamentos em Portugal. As projecções são da consultora ILM/THR - Internacional Tourism Advisers, num estudo que agrega todos os empreendimentos licenciados ou em fase de licenciamento com mais de 70 hectares. É o caso do Bom Sucesso, em Óbidos, ou dos vários ‘resorts’ projectados para Tróia, um investimento conjunto da Sonae Turismo e da Amorim Turismo a nascer onde antes se erguia a Torralta, demolida em 2005. Só para estes empreendimentos, que incluem dois hotéis e aldeamentos turísticos, estão previstos 400 milhões de euros de investimentos. Valor que poderá ser superior, uma vez que o empreendimento já foi classificado como Projecto de Interesse Nacional (PIN) e incluirá uma série de equipamentos colectivos. Outro exemplo é o Douro Marina Hotel, da promotora Douro Azul, cujo projecto tem levantado inúmeras questões ambientais e que por isso ainda não se encontra licenciado, apesar de já ser PIN.

in DE, Ana Baptista

Agricabaz


Esta mensagem destina-se aos que vivem em Coimbra ou Figueira da Foz; especialmente aos que são fãs da alimentação saudável ou da pequena agricultura doméstica enquanto factor de equilíbrio ambiental.

O Agricabaz distribui-nos, a casa, hortaliças e frutas (bio ou da agric. familiar) de Gouveia, S. Pedro do Sul, Tocha e Quinta da Confraria. É uma forma de distribuir os produtos dos pequenos agricultores, apoiando a sua sustentabilidade.

Eu sou «freguesa» e sou fã!
Os preços não são muito competitivos (fica mais ou menos ao preço que se compra na mercearia do bairro). Mas o cheiro e o sabor!!! Já não cheirava e comia tangerinas e laranjas daquelas desde a minha infância. Bróculos, acelgas fresquíssimos... O perigo é que o pessoal se habitue a estes leguminhos e fruta e depois não queira outra coisa.

Não queres encomendar um cabaz para experimentar??:



por: Maria José Tovar

Elefante perde para o dragão

As comparações com a China não são lisonjeiras para a Índia: o país vizinho e rival lidera hoje em quase todos os indicadores económicos e de desenvolvimento humano. No entanto, os dois países mais populosos do mundo estavam no mesmo patamar em 1984. Eram predominantemente agrícolas e tinham rendimentos «per capita» inferiores a 250 euros. Mas, foi a China quem mais beneficiou da abertura ao comércio mundial. Hoje tem um Produto Interno Bruto (PIB) que é o dobro do indiano. Conseguiu reduzir para 13% a proporção da população que vive com menos de 80 cêntimos ao dia, enquanto que ainda está nos 31% na Índia. Por outro lado, a China atrai 12 vezes mais investimento estrangeiro que a Índia (50 mil milhões de euros «versus» 4 mil milhões de euros). Porque foi possível à China ter disparado no crescimento económico e o país fundado por Gandhi ter ficado a marcar passo? O ministro indiano das Finanças, P. Chidambaram, dizia no final de 2005 à revista ‘Fortune’ que o fraco desempenho do seu país nas duas últimas décadas se deve à lentidão em reestruturar empresas públicas não lucrativas e à tardia abertura ao exterior. “Tentamos todos os dias, mas nós somos uma democracia. Temos imprensa livre. Nós só conseguimos dar pequenos passos que parecem lentos em relação à China. Para avançar, tenho de carregar com os meus parceiros de coligação e com a oposição”, referiu à revista americana.

in EXPRESSO

Avis, no Alentejo, é o concelho com menos área urbanizável do país (0,34%)

Esta informação pode ser obtida numa base de dados sobre Ambiente, a Ecoline,consultável por todos na Internet, inaugurando uma abordagem histórico-social dos problemas ambientais que se propõe ir à raiz dos problemas.
O Observa, núcleo de investigação do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e do Instituto de Ciências Sociais (ICS), disponibilizou a Ecoline, uma base de dados de acesso livre onde se podem encontrar notícias publicadas em jornais (como a Ilustração Portuguesa, o Século Ilustrado, a Vida Mundial ou o Expresso), mas também pequenos filmes, documentários e dados estatísticos.

O objectivo é “cobrir uma dimensão evolutiva, espacial, geográfica e temática das questões ambientais", diz Luísa Schmidt, coordenadora do projecto. A investigadora do Observa, explica que o projecto Ecoline é pioneiro no sentido em que inaugura uma abordagem histórico-social dos problemas ambientais e do modo como, ao longo do século XX foram tratados nos media e na investigação científica; "pegamos na raiz dos problemas".

Como seria de esperar, é nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa que a percentagem de área urbanizável é maior. Num extremo está o concelho do Porto (com a maior área de todos, 69,15%), depois São João da Madeira (63,61%), Gaia (52,33%) e Espinho (52,22%), Oeiras (51,10%), Lisboa (49,80%)ou Amadora (48,66%); no outro, Avis (0,34%) seguido de muito próximo por Alvito (0,36%), ambos no Alentejo, a região com menos área urbanizável.

Base de dados Ecoline

In arquitectos.pt

Que raio estão vocês a fazer aí dentro?

Quando é simples publicar, participar e criar, o caminho para a cidadania está aberto

Um doente mental passeia pelo jardim da instituição onde está internado. Aproxima-se do gradeamento que separa o espaço da via pública e chama um indivíduo que está a passar. “Se faz favor”. “Sim?”, responde o homem. “Pode esclarecer-me uma dúvida?”, continua o doente. “Claro, diga.” “Que raio está você a fazer aí dentro?”

A história, que pode ser encarada como uma piada, não deixa de ser uma grande metáfora. E se aplicada à Internet, então parece um autêntico fato à medida. Não no que toca a demência mental - quem é 100% são que atire o primeiro «mail» -, mas principalmente sobre o facto de ser cada vez mais incompreensível perceber a razão de alguém (voluntariamente, óbvio) insistir em ficar de fora do ciberespaço.

Na previsão do que será a Internet no próximo ano fica uma certeza: isto não vai parar. Ou melhor, isto encontrou o caminho certo para acelerar. O rumo, portanto.

É que até há bem pouco tempo só os especialistas, supra-especialistas e outros ‘istas’ se pronunciavam sobre o que seria o futuro da rede, como se desenharia e blá, blá, blá. Milhares de textos tecnocratas, comunicações académicas enfadonhas, discursos frios e notícias desinteressantes deixaram de fora, durante anos, um pequeno detalhe: as pessoas, o cidadão comum.

A sensação de que a Internet não era coisa para todos levou ao aparecimento e proliferação da horrível expressão - mais do que justa como mecanismo de defesa - “Não percebo nada de computadores”. Uma frase disparada sempre que alguém que não navegava era confrontado com o mundo dos 3Ws.

Isso acabou. Felizmente para todos nós, grupos de investigadores tornaram a navegação mais simples, as ferramentas de publicação mais simples, a participação mais simples. E quando é simples publicar, participar e criar, o caminho para a cidadania está aberto.

É por isso que hoje existem na rede milhões de blogues, milhões de vídeos, milhões de comentários de leitores em jornais tão importantes como o ‘New York Times’, o ‘El País’ ou o ‘Libération’. É por isso que 2007 continuará a ser o ano da nossa rede.

É também por isso que vale a pena fazer uma pergunta a quem se mantém de fora: que raio estão vocês a fazer aí dentro?

Expresso, Miguel Martins
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