Novos Povoadores®

Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

“As cidades são colmeias de actividade humana”

No seu livro “Criar cidades sustentáveis” (nº2 dos Cadernos Shumacher para a Sustentabilidade, das edições Sempre Em Pé) Hébert Girardet apresenta-nos a cidade como um ser vivo que para sobreviver tem de acumular recursos, fazer a triagem dos que lhe trarão mais benefícios e mais valias, e eliminar aquilo de que já não precisa, o lixo orgânico e não orgânico.

Conforme vai crescendo, a cidade vai-se tornando numa sorvedora de recursos e numa aglutinadora de necessidades que tende a esgotar os bens à sua volta necessitando, por isso, de se abastecer cada vez mais longe. Esgota assim as reservas que lhe estão mais próximas e muitas vezes as que lhe estão muito distantes.

O autor refere que as cidades são hoje centros de mobilização (de pessoas, produtos, bens) que constituem a matriz do desenvolvimento económico, que nem sempre se tem mostrado coincidente com as necessidades do mundo natural.

As cidades são actualmente o “habitat” humano e a tendência dominante é para que se tornem no local preferencial para o ser humano viver e, devido a isso, devemos analisar o que será preferencial, ter cidades compactas que centralizam serviços e permitem uma poupança de energia e recursos, ou, cidades em extensão, quase sem limite espacial, que permitem construir habitações ajardinadas mas que obrigam a que haja um maior gasto de transporte (e dos recursos associados).

Qual deve ser então o modelo ideal de cidade? Como tornar então a cidade num espaço mais apetecível para viver? Como podemos torná-la sustentável? Como podemos potenciar a qualidade de vida das pessoas no espaço urbano minimizando os impactos ambientais inerentes? Como conseguir uma maior eficiência energética? “Poderão as cidades modernas reduzir o seu impacto na biosfera por processos de auto-regulação e auto-limitação esclarecidos?” (Hébert Girardet)

Estas poderão ser algumas das grandes questões que assolam os espíritos preocupados. São também alguns dos temas que a humanidade discute e precisa de continuar a discutir para o bem da sua sobrevivência e da do planeta.

Enquanto cidadãos do mundo e habitantes das cidades não nos podemos aliar de participar no debate e de desenvolver esforços para contribuir para uma maior sustentabilidade da vida urbana e do ambiente natural. Como alguém dizia “Nós não herdámos a Terra dos nossos pais, pedimo-la emprestada aos nossos filhos”.

in Região Sul Cláudia Luz, Mestre em Gestão Pública

Deputados PS recomendam criação sistema dinamização parcerias e apoio à gestão das PME`s

Lisboa, 09 Fev (Lusa) - Deputados socialistas entregaram esta semana no Parlamento um projecto de resolução que recomenda ao Governo a criação de um sistema de dinamização de parcerias e apoio à gestão das Pequenas e Médias Empresas, no âmbito do QREN.

"O objectivo é criar um interface interactivo, dinâmico, que não seja apenas um ponto de prestação de informação aos empresários das PME e aos potenciais empreendedores. É fundamental que assuma uma atitude flexível e pro-activa, suportada num modelo de intervenção dinâmico", lê-se no diploma que tem a deputada Paula Nobre de Deus como primeira subscritora e ao qual a Lusa teve acesso.

Por isso, é referido no documento, o sistema deverá ter duas dimensões: por um lado assegurar assistência técnica nas fases de pré e pós candidatura e, por outro, deverá ir ao encontro do empresário através de um plano de contacto.

No diploma, os deputados socialistas defendem ainda que "um sistema de apoio desta natureza deve privilegiar a capacidade instalada, numa lógica de articulação local em que se envolvam administração central, autarquias locais e associações empresarias bem como outras organizações da sociedade civil, ao nível da gestão de candidaturas e incentivos às empresas aproveitando a estrutura da administração pública central e local já existentes".

"A heterogeneidade das soluções que vierem a ser encontradas deve contribuir para aproximar o QREN dos cidadãos, das empresas e das organizações, em geral. A existência de um sistema de dinamização de parcerias e de apoio no processo de candidaturas, à gestão, próximo, acessível e dinâmico, preferencialmente em cada concelho do país que, de forma eficaz e eficiente dê uma resposta às PME promovendo o crescimento da economia portuguesa", lê-se ainda no projecto de resolução.

No texto do diploma, os deputados socialistas salientam o "papel da maior importância na estrutura empresarial portuguesa" desempenhado pelas PME`s, recordando que entre 2000 e 2005 conseguiram gerar, por ano, e em média, aproximadamente mais 77,2 mil postos de trabalho e mais 3,4 mil milhões de euros de negócios, em termos reais.

Estes números, acrescentam, representam um resultado seis vezes superior ao das grandes empresas em matéria de emprego e 1,7 vezes superior em matéria de facturação.

"Em 2005 operavam em Portugal perto de 297 mil PME, as quais geravam cerca de 2,1 milhões de postos de trabalho e mais de 170,3 mil milhões de euros de facturação. Isto significa que as PME representavam então 99,6 por cento das sociedades do país, sendo geradoras 75,2 por cento dos empregos e realizando mais de metade dos negócios (56,4 por cento) empresariais", é ainda referido.

in RTP

Global Telecom

"Com problemas graves de desemprego no país, PT desloca serviços para a Índia”. Era este o título de uma nota ontem enviada às redacções pela Comissão de Trabalhadores da Portugal Telecom.

Pedro Marques Pereira


O assunto é sério e mobilizará os adeptos dos centros de decisão nacionais nos próximos dias. Afinal, dirão, não é este um dos pilares fundamentais da economia portuguesa que urge proteger à força de acções douradas se necessário? É um debate distorcido que se resume de forma lapidar na primeira metade do título do comunicado, em que se conclui que em época de dificuldades económicas, caberia a empresas como a Portugal Telecom zelar pela manutenção dos índices de desemprego a níveis simpáticos.

É uma visão de um mundo que há muito deixou de existir, em que as empresas viviam fechadas em mercados protegidos. Mantinham muito emprego, é verdade, mesmo quando não havia trabalho. Mas à custa de ineficiências pagas pelos clientes em preços mais caros e na qualidade dos serviços. A concorrência foi o remédio encontrado para obrigar as empresas a mudarem. Para não engordarem à custa dos seus clientes. Para procurarem vantagens competitivas em qualquer parte do planeta e desenvolverem os serviços que mais ninguém consegue oferecer.

Foi, de resto, essa pressão competitiva – e no sector das telecomunicações mais do que em qualquer outro – que tornou possível que hoje as empresas possam ter funcionários a trabalhar na Índia ou na China. O saldo dessa revolução não pode senão ser considerado positivo por qualquer observador de boa fé. Em primeiro lugar – paradoxalmente – por um dogma marxista que os pensadores das esquerdas solidárias do ocidente não gostam de lembrar: permitiu retirar da pobreza extrema centenas de milhões de pessoas naqueles países.

Num ponto de vista mais egoísta, os benefícios da globalização são igualmente inquestionáveis para as economias ocidentais, já que estes países do chamado Terceiro Mundo se tornaram em verdadeiros motores da economia mundial. Hoje, sem a China, a Índia, toda a bacia do Pacífico, o Brasil e até alguns países africanos a puxar pela economia mundial, as perspectivas para o desemprego em Portugal – a começar pelos trabalhadores da Portugal Telecom – seriam bem mais sombrias.

Neste cenário, as empresas não têm verdadeiramente uma escolha: ou fazem melhor uso destas armas do que os concorrentes, ou serão engolidas. Se fosse a Comissão de Trabalhadores a mandar na empresa, num prazo mais rápido do que se imagina deixaria de existir Comissão, porque deixariam de existir trabalhadores.

Seria melhor que seguissem o exemplo dos seus patrões, que se globalizassem e abrissem uma filial na Ásia. É lutando pela melhoria das condições sociais na Índia, recuperando o lema da solidariedade da classe operária, e não engordando os direitos adquiridos em Lisboa, que conseguirão manter algumas regalias – e os próprios empregos – em casa.

in DiarioEconomico.com

Cooperação transfronteiriça: Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional considera que portugueses devem ser mais "pró-activos"

Badajoz, Espanha, 06 Fev (Lusa) - O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Rui Baleiras, desafiou hoje os portugueses interessados em desenvolver projectos de cooperação transfronteiriça com Espanha a serem "mais pró-activos" do que no passado, para aproveitarem os apoios comunitários até 2013.
"No passado, os actores portugueses foram demasiado passivos na apresentação de candidaturas. Esperaram que fossem contactados por parceiros espanhóis, que precisavam de um parceiro do lado português para terem acesso aos fundos comunitários", afirmou a agência Lusa, à margem de um seminário em Badajoz, Espanha.

O secretário de Estado, que participou na apresentação do novo Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espanha 2007-2013, fazia o balanço dos três programas europeus transactos destinados a apoiar projectos em regiões europeias de fronteira (INTERREG).

Para este novo período de apoios comunitários, frisou, a mensagem a passar para o terreno é a de que, "desta vez, os portugueses tem que ser mais pró-activos".

"Devem ter a ambição de liderar consórcios, de serem eles a propor o projecto e a ir à procura dos parceiros em Espanha", estimulou, exemplificando que seminários como o que decorre na cidade de Badajoz, com cerca de 800 participantes, permitem esses contactos para futuras parcerias.

O PO de Cooperação Transfronteiriça Portugal Espanha, que vai vigorar até 2013, conta com uma dotação financeira próxima dos 360 milhões de euros, sendo que o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) suporta 267,4 milhões de euros.

A cooperação transfronteiriça entre os dois países, no âmbito do PO, vai assentar em quatro eixos fundamentais: fomento da competitividade e promoção de emprego, meio ambiente, património e prevenção de riscos, ordenamento do território e acessibilidades e fomento da cooperação e integração sócio-económica e institucional.

O PO visa promover o desenvolvimento das zonas fronteiriças, reforçando as relações económicas e as redes de cooperação existentes em cinco áreas territoriais específicas, nomeadamente Galiza/Norte de Portugal, Norte de Portugal/Castela e Leão, Centro/Castela e Leão, Alentejo/Centro/Extremadura e Alentejo/Algarve/Andaluzia.

O secretário de Estado afiançou à agência Lusa que, neste PO dedicado à cooperação transfronteiriça, a prioridade vai ser dada a "projectos de natureza imaterial".

"O programa de cooperação transfronteiriça, tanto em Espanha como em Portugal, no passado, serviu para fazer mais do mesmo, basicamente o mesmo tipo de iniciativas que os PO regionais financiavam. Houve a preocupação de mudar e deste programa ser um complemento a esses PO regionais", disse.

Projectos como "rotundas ou pontes" não vão ser financiados, garantiu, contrapondo que, com sinal positivo, encontram-se iniciativas que permitam a "gestão em comum de equipamentos colectivos" ou "agilizar a prestação de socorro, do outro lado da fronteira, por unidades de protecção civil do outro país".

Melhorar o combate a incêndios florestais e colaborar na valorização do património ecológico de um lado e outro da fronteira foram outros dos exemplos dados por Rui Baleiras, que aludiu ainda a iniciativas ligadas ao projecto de navegabilidade do rio Guadiana, este já apoiado pelo PO regional do Algarve.

No seminário de hoje, que se prolonga até quinta-feira, também o secretário-geral de Presupuestos Y Gastos, Luis Espadas Moncalvillo salientou que a cooperação territorial, em especial a transfronteiriça, por apoiar as regiões raianas, tradicionalmente "mais deprimidas", é importante para a coesão económica e social de cada país.

Os anteriores programas europeus de apoio transfronteiriço, afiançou, foram "catalizadores do desenvolvimento" na raia espanhola e portuguesa, devendo agora esse esforço ser prosseguido, para que as fronteiras deixem de ser "um obstáculo"e possam ser fomentado "o crescimento económico e o emprego" nessas regiões.

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

O QUE FAZER COM A MARCA PORTUGAL? Contributos de Tiago Forjaz e Nick Knight


Confesso-me um apaixonado por Portugal e pelo talento português. Quando há uns anos tive a oportunidade de estudar lá fora em escolas de referência soube nessa altura apreciar de fora a nossa personalidade única enquanto povo, bem como a riqueza imensa da nossa herança cultural, ambiental e gastronómica.
Foi nessa qualidade e com alguma expectativa que recebi a “nova imagem” de Portugal, que penso dar um (pequeno) passo no que nos pode levar a formar uma opinião de um país mais moderno e atraente, e que nos poderá trazer também uma componente mais sexy de turismo e investimento a um país com muito para dar… mas esperava bastante mais…
E aqui começa o que verdadeiramente vos queria dizer: tal como uma imagem televisiva é feita por milhares de pontos no écran chamados pixéis também a marca Portugal é constituída hoje por mais de 10 milhões de pessoas (contam já o Deco e o Pepe…), assentes no legado histórico dos grandes portugueses que fizeram desta uma nação única que perdura. E a marca Portugal não é nem pode ser uma campanha fotográfica espalhada em grandes cartazes, mesmo que eu aprecie particularmente o estilo do Sr. Nick Knight. Tem que ser muito mais… tem que ser, por exemplo, o ecoar repetido do nosso hino cantado pelo Vasco Uva e pelos restantes Lobos. Tem que ser o salpicar salgado das ondas de Sagres invocando o infante D. Henrique.
Tem que ser o esforço colectivo de uma consciência nacional do que nos torna únicos, do que nos faz diferentes no mundo, do que conquistámos, do que temos para conquistar (as marcas criam-se a olhar o futuro), do que ambicionamos como nação. A marca Portugal que nos vai levar longe começa com a projecção do nosso talento nacional. E aqui o Sr. Nick Knight e o João Wengorovius da BBDO que me desculpem mas tenho que dar maiores créditos por exemplo ao Tiago Forjaz e à equipa da Jason Associates pela grande iniciativa que estão a levar a cabo com o StarTracker (ver www.thestartracker.com ). Aí estou a ver a Marca Portugal a dar saltos em frente.
O StarTracker, que é uma plataforma de network entre os jovens talentos portugueses, introduzidos por convite pelos méritos que os actuais membros lhes reconhecem, faz muito pela marca Portugal. Basta ver os vídeos das reuniões de talento português em Londres ou Paris ou Madrid para percebermos onde estão depositadas as sementes do futuro da Marca Portugal… cada português faz parte da marca Portugal. É uma legítima expressão e extensão da nossa marca colectiva. O que o Tiago Forjaz fez é extraordinário, pela simplicidade da iniciativa (as melhores ideias são sempre as mais simples e as mais objectivas…) e pelo que está a proporcionar aos nossos talentos lá fora em termos de contactos pessoais, que acredito irão contribuir para novos projectos que levem Portugal bem longe.
Mais do que vermos a Marca Portugal em fotos está a viver-se assim a Marca Portugal, está a descobrir-se quem somos na verdade. Temos com orgulho uma nova nação que começa a querer ver-se ao espelho. E que está a gostar do que vê…
Somos um país de descobridores. Sempre o fomos e vamos continuar a ser. Descobrimos um país onde ninguém o via. Descobrimos caminhos marítimos para novas riquezas e novas glórias. Descobrimos a Europa e estamos a fazer muito por ela. Talvez o nosso grande desígnio para o séc. XXI seja a descoberta de nós próprios enquanto povo. Daqui a 10 ou 20 anos a Marca Portugal, através de cada português, irá viver novos tempos de afirmação no mundo pela consistência da nossa mensagem individual. Espero estar cá por muitos anos para ver em pleno o que está a ser começado agora.
Sr. Nick Knight, apareça por cá daqui a uns anos mas traga muitos rolos. Vai ter de tirar muito mais fotos de figuras brilhantes para conseguir ilustrar Portugal…

in PÚBLICO, Miguel Coelho

:-)

NAL - Novo Aeroporto de Lisboa



A opção por Alcochete vem confirmar a estratégia definida em meados dos anos 90 em estender Lisboa para uma região onde é possivel crescer de forma ordenada.
Por outro lado, combate a litorazição do território e dinamiza uma das regiões mais complexas da europa: A Península de Setúbal.

Um sinal positivo para o Ordenamento.

Clusters Vocacionais



(Clique na imagem para ampliar. Desconheço a fonte.)

Fica a pergunta: A quem cabe a responsabilidade de mudar? Ao Governo? Aos Consumidores? Aos Empreendedores?

Portugal 2.0: Comunicações em Mudança

Os últimos anos marcaram o surgimento de uma nova geração: a Geração Digital.

O quotidiano destas pessoas é marcado por produtos e comportamentos bem distintos do que se passava há algumas décadas atrás.
O entretenimento, a recolha de informação, a comunicação e a forma como interagem com outras pessoas assumem paradigmas completamente diferentes.
Por outro lado, nunca foi tão rápido como agora o ritmo da mudança, o que coloca novos desafios.

De certa forma, para esta Geração Digital, encontramo-nos numa nova fase. Na Web, nos conteúdos, na organização e estruturação desses mesmos conteúdos, nas formas de comunicação e nos produtos tecnológicos abrem-se novas oportunidades e, também, a necessidade de responder a novas solicitações.
Fotos, vídeos, podcasts podem ser produzidos por qualquer um e partilhados numa comunidade global.
Um sistema aberto com várias plataformas e formas de expressão com novas linguagens.
Um dever que exige respostas quase imediatas e uma grande capacidade de adaptação à mudança para novos paradigmas.
Este é o lema que norteia a edição deste ano do Congresso das Comunicações, que se subordinará ao tema: “Portugal 2.0: Comunicações em Mudança”.
Este tema é ainda mais acutilante tendo em conta a estratégia de desenvolvimento de Portugal e, em simultâneo, o facto de ter lugar no final da Presidência Portuguesa da União Europeia.

Trata-se, assim, de uma abordagem ampla e que procura ser o mais abrangente possível.
Pretende-se que seja um ponto de encontro onde se poderá fazer um balanço da Presidência Portuguesa e da actuação pública nas áreas ligadas ao sector, assim como da evolução do mercado, tornando possível a análise e a discussão das várias acções e medidas a tomar no futuro.
Tendo presente a importância e o peso do sector das comunicações na nossa economia e o seu papel insubstituível no modelo de desenvolvimento que o País está a assumir iremos procurar tratar, de forma detalhada, um conjunto de temas que, não só promovam a reflexão sobre os mesmos, como também sirvam de balanço e “julgamento” do que se fez ou está a fazer.
Assim, serão abordados os seguintes temas:

A- i - 2010 – Balanço e perspectivas

B- O Novo Sector da TIC´s num contexto global

C- Os Desafios da Nova Regulação

D - Tendências de consumo: O PERFIL do novo consumidor

E - O Desenvolvimento sustentável e a Info-inclusão

F - Regulação Visão Nacional

G - Mobilidade e Convergência

H - As Redes para Web 2.0: a visão do mercado de capitais

I- Os grandes desafios da TDT em Portugal

J- Formação e Competividade

K- Estado da Nação das Comunicações

Temas incontornáveis e actuais como o “Pós-OPA e o novo arranjo do mercado” e a “Televisão Digital Terrestre”, entre outros, serão discutidos no tempo e no local certo e queremos que este seja o Congresso das Comunicações’07.
Tendo em conta este enquadramento, o Congresso das Comunicações vai ter ainda o contributo de personalidades relevantes, quer a nível nacional quer a nível mundial, que nos vão ajudar a reflectir sobre estes desafios.
Vamos ter, entre outros, Timothy John Berners-Lee, o inventor do World Wide Web, Nicholas Carr e Frank Feather.
O Congresso, iniciar-se-á no dia 4 de Dezembro, no Centro de Congressos do Estoril e terá a presença do Senhor Primeiro-Ministro na sessão de abertura.
O Congresso terminará os seus trabalhos, antes da sessão de encerramento, com a já tradicional “Estado da Nação” em que os Presidentes dos principais grupos de comunicações dirão de “sua justiça” sobre o que pensam do que se fez, do que se está a fazer e daquilo que acham que deve ser o modelo de desenvolvimento do sector no futuro.

Jorge Coelho

Interior rural é o próximo alvo do turismo do Algarve

O interior rural é o próximo alvo do turismo algarvio, com a valorização pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve de projectos que estimulem o desenvolvimento local e que poderão beneficiar de apoios comunitários.

“Queremos fazer uma discriminação positiva do interior. A costa não está cem por cento esgotada, mas quase. Além disso, o Plano Regional de Ordenamento do Território para o Algarve (PROTAL) impõe limites mais rígidos à construção no litoral, por isso é preciso dinamizar o interior”, disse à Lusa o presidente da CCDR do Algarve, João Faria, adiantando que já existem pedidos de licenciamento de empreendimentos nestas zonas.

Estes projectos poderão ser apoiados com fundos comunitários inscritos no Programa Operacional do Algarve (PO) para o período 2007-2013. “Não vamos financiar directamente os empreendimentos, mas podemos apoiar equipamentos e infra-estruturas que sirvam a zona onde se inserem”, afirmou o presidente da CCDR do Algarve.

O QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) para o período de 2007-2013, que enquadra o destino do actual pacote de verbas comunitárias para Portugal, tem programas operacionais (PO) para cada uma das cinco regiões de planeamento do Continente – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve – e um para cada região autónoma.

Complementarmente ao Feder (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, que se destina a corrigir as assimetrias regionais), a aposta no interior algarvio contempla também verbas para o desenvolvimento das actividades rurais e ligadas ao turismo de natureza.

PO Algarve tem 175 milhões de euros

Exemplo disso são os projectos da Via Algarviana, uma rota pedestre que liga Alcoutim ao cabo de São Vicente, numa extensão de 240 quilómetros que atravessa a serra algarvia, e da Ecovia, direccionada para a utilização de bicicletas, que têm já financiamentos previstos no PO do Algarve.

Para João Faria, importa também criar “pontos de interesse” que promovam as aldeias, “frágeis em termos de capacidade de atracção”, como a festa dos presépios e o concurso de gastronomia que premeia as melhores receitas típicas.

O programa de revitalização das aldeias vai ter continuidade, garantiu o responsável da CCDR, apesar de haver menos dinheiro para distribuir no novo ciclo de apoios comunitários.

O Programa Operacional (PO) Algarve21 conta com uma dotação de 175 milhões de euros, um terço do investimento do anterior ciclo de programação, orientando as verbas para três eixos: competitividade, inovação e conhecimento (90 milhões), valorização territorial e desenvolvimento urbano (61 milhões) e protecção e qualificação ambiental (18 milhões).

“Havendo menos dinheiro, temos de ser mais selectivos”, frisou João Faria, acrescentando que “é preciso garantir a competitividade na região e investimentos no sector privado que permitam um crescimento sustentado.

Daí que o eixo da competitividade absorva cerca de metade dos fundos disponíveis, merecendo especial atenção a criação de zonas onde as empresas se possam implantar.

Formação superior aproxima-se do mercado

Fomentar o empreendedorismo qualificado é outra prioridade que se pretende promover com estímulos financeiros.

Neste contexto, as universidades do Algarve surgem como um parceiro interessante, já que “têm centrado as suas actividades em sectores prometedores” e com potencial ligação ao meio empresarial nas áreas das ciências do mar, dos sistemas inteligentes e das ciências da saúde e biotecnologias.

No ano lectivo de 2004/2005, os cursos de licenciatura com maior número de matriculados eram gestão de empresas, economia, biologia marinha e pescas, engenharia biotecnológica, engenharia de ambiente, de sistemas e informática.

Nas Escolas Superiores (Tecnologia e Hotelaria e Turismo), o maior volume de matriculados encontrava-se nos cursos de gestão, turismo, engenharia eléctrica e electrónica, engenharia civil e engenharia mecânica.

“Este perfil de frequências posiciona as Faculdades e Escolas da Universidade do Algarve num patamar de relação activa com trajectórias formativas que valorizam uma integração no mercado de trabalho menos dependente do emprego público e mais ligadas ao empreendedorismo e a funções técnicas e de gestão, próximas da economia empresarial”, sublinha o documento relativo ao programa Operacional do Algarve (2007-2013).

Pacote anterior de fundos executado a 80 por cento

Os primeiros concursos (sistemas de incentivos, regeneração urbana, modernização administrativa e acções de valorização do litoral) já foram abertos e prolongam-se até Abril, dependendo do eixo ao qual são apresentadas as candidaturas.

Relativamente ao anterior programa (2000-2006), cerca de 80 por cento está já executado e João Faria acredita que não vai ficar dinheiro por gastar.

O Programa Operacional do Algarve completou o ciclo de programação com uma dotação global de 485 milhões de euros, tendo disponibilizado 275 milhões de euros para intervenções sectoriais desconcentradas, 163 milhões para apoiar investimentos municipal e intermunicipal e 47 milhões de euros para acções integradas de base territorial.

O eixo 2 (acções integradas de base territorial) foi o que teve uma execução mais baixa, devido ao atraso sofrido pelos programas Polis. Ainda assim, este eixo revelou forte dinamismo no que respeita às aprovações, que cresceram 66 por cento, comparativamente à média dos outros dois eixos que rondou os 20 por cento.

in Público
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