Novos Povoadores®

Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

Innovation Competency Model

To build innovation muscle, companies must include innovation in their competency models. A competency is a persistent pattern of behavior resulting from a cluster of knowledge, skills, abilities, and motivations. Competency models formalize that behavior and make it persistent. They prescribe the ideal patterns needed for exceptional performance. They help diagnose and evaluate employee performance. It takes a lot of work to develop one, but it's worth it.

Here is a nice example of an innovation competency modeled developed at Central Michigan University through a collaboration of authors. It could be customized to address the specific needs of a company or industry.

Core Competencies of Innovation

Creativity

* Generating Ideas: Coming up with a variety of approaches to problem solving.
* Critical Thinking: Logically identifying how different possible approaches are strong and weak, and analyzing these judgments.
* Synthesis/Reorganization: Finding a better way to approach problems through synthesizing and reorganizing the information.
* Creative Problem Solving: Using novel ideas to solve problems as a leader.

Enterprising

* Identifying Problem: Pinpointing the actual nature and cause of problems and the dynamics that underlie them.
* Seeking Improvement: Constantly looking for ways that one can improve one’s organization.
* Gathering Information: Identifying useful sources of information and gathering and utilizing only that information which is essential.
* Independent Thinking: Thinking ‘outside the box’ even if this sometimes may go against popular opinion.
* Technological Savvy: Understanding and utilizing technology to improve work processes.

Integrating Perspectives

* Openness to Ideas: A willingness to listen to suggestions from others and to try new ideas.
* Research Orientation: Observing the behavior of others, reading extensively, and keeping your mind open to ideas and solutions from others. Reading and talking to people in related fields to discover innovations or current trends in the field.
* Collaborating: Working with others and seeking the opinions of others to reach a creative solution.
* Engaging in Non-Work Related Interests: Being well-rounded and seeking information from other fields and areas of life to find novel approaches to situations.

Forecasting

* Perceiving Systems: Acknowledging important changes that occur in a system or predicting accurately when they might occur.
* Evaluating Long-Term Consequences: Concluding what a change in systems will result in long-term
* Visioning: Developing an image of an ideal working state of an organization.
* Managing the Future: Evaluating future directions and risks based on current and future strengths, weaknesses, opportunities and threats.

Managing Change

* Sensitivity to Situations: Assessing situational forces that are promoting and inhibiting an idea for change.
* Challenging the Status Quo: Willingness to act against the way things have traditionally been done when tradition impedes performance improvements.
* Intelligent Risk-Taking: Being willing and able to take calculated risks when necessary.
* Reinforcing Change: Encouraging subordinates to come up with innovative solutions. Recognizing and rewarding those who take initiative and act in a creative manner. Facilitating the institutionalization of change initiatives.

in Innovation in Pratice

Hard Skills + Soft Skills = Job

O desemprego está a crescer na faixa etária mais produtiva: dos 15 aos 30 anos.

É nesse periodo que somos capazes de ser genuinamente criativos e com isso, criar modelos disruptivos de negócio.

É simples a formula de sucesso em que tropecei, e serve de título a este post: A conjugação da formação formal com a experiência de vida, mesmo que ainda curta, permite compreender o equilibrio entre a vocação e a competência.

Não devemos ter receio em associar a nossa experiência rural ou no acompanhamento de colónias de férias com uma licenciatura em gestão ou em engenharia química. É nessa conjugação que encontramos o caminho!

in infoex.pt 18 DEZ 2010


A Cidade Inteligente

Para assinalar o seu 30º aniversário, a AESE – Escola de Direcção e Negócios – reuniu cerca de 450 pessoas no Centro de Congressos do Estoril, em torno da discussão de um tema que, para além de actual, se torna cada vez mais urgente: a sustentabilidade e competitividade das cidades. Uma conferência que obriga à reflexão de temas vários e que já não podem ser negligenciados sob pena de fazermos das cidades locais esquecidos, anónimos e desprovidos de qualquer tipo de afectividade
POR HELENA OLIVEIRA

A partir de três grandes painéis, e com oradores prestigiados, foram debatidos novos desafios, estratégias e conceitos em torno não só das questões da mobilidade – uma das áreas-chave desta temática -, mas também no que respeita às infra-estruturas e redes nas cidades do futuro, ao papel das tecnologias, de novas formas de negócio, sem esquecer as questões culturais e de inovação social que encontram terreno fértil neste novo conceito de urbanismo.

Com o director-geral da AESE, Professor José Ramalho Fontes, a fazer as honras de abertura, traçando o já longo percurso desta escola de excelência, o dia terminou, como também já é hábito na instituição, com uma brilhante prelecção do reconhecido Professor Raul Diniz sob o tema “o núcleo da cidade”(v.Caixa) e que identificou o principal desafio da vida quotidiana como axiológico, ou seja, ao nível dos valores.

Um dia repleto de ideias que, decerto, obrigou à reflexão de novos paradigmas que, obrigatoriamente, terão de ser incluídos na forma como pensamos e vivemos as cidades. O VER resume o essencial da conferência.


Ter um carro é comportamento do século passado
Como não poderia deixar de ser, a questão das energias alternativas, as oportunidades de negócios, especificamente nas smart grids e o papel das tecnologias de informação e comunicação como fontes de inovação nas cidades, foi o tema escolhido para dar início ao primeiro painel. Respectivamente, Miguel Matias, presidente da Self Energy, Filipe Santos, da EDP e GBS Bindra, da Logica, traçaram as principais tendências de um mundo urbano que precisa de se soltar das amarras do carbono, de optar por novos comportamentos e, fundamentalmente, de inovar em termos de modelos de negócios que permitam outro tipo de vivências.

A questão da mobilidade foi central no debate. Com uma apresentação a cargo de Hans Rat, secretário-geral da União Internacional de Transportes Públicos, com sede em Bruxelas, secundado pelo Professor do IST, Tiago Farias, um confesso céptico no que respeita à tão desejada mobilidade eléctrica, a questão dos hábitos pessoais e sociais adquiriu importância extrema nos temas abordados.

Com uma estimativa que aponta para que, em 2050, 84 por cento da população da União Europeia viva em centros urbanos, Hans Rat apelou à urgência de novos modelos de mobilidade e sustentabilidade. Para além dos benefícios óbvios inerentes à utilização de uma boa rede de transportes públicos, com ganhos visíveis em termos de eficiência energética e menor poluição, o responsável alertou igualmente para a necessidade de se usar, de forma mais eficaz, o espaço urbano e para os ganhos económicos de uma Europa que tem que optar entre a dependência do automóvel e a mobilidade sustentável. A título de exemplo e na Europa a 27, os operadores das redes de transportes públicos empregam 1 milhão e 200 mil pessoas e, face à conjuntura de crise actual, o reavivar de investimentos nesta área crucial tornou-se urgente depois de décadas de manifesta negligência destes desafios e oportunidades.

Frisando o enorme potencial de crescimento inerente ao sector dos transportes públicos, Hans Rat afirmou ainda que estão já em curso várias estratégias para duplicar a utilização destes meios de transporte até 2025. Para tal, a Europa terá de integrar serviços de life style como uma sedutora opção para os cidadãos. Rat escolheu Hong Kong e o Dubai como exemplos de uma nova cultura urbana, ilustrando o seu conceito a partir do que é feito por grandes marcas, como a Yves Saint Laurent ou a Gucci, que têm lojas nas estações de metro. O Japão foi também escolhido como exemplo desta nova cultura na medida em que, desde 1990, a venda de carros decresceu 45 por cento, em simultâneo com um aumento de população de 20 por cento, citando, por entre risos, uma frase de um japonês que, em tom irónico, afirma que “ter um carro é ‘tããããoooo’ século XX’”. Ou seja, modelos de carsharing, que existem já em várias cidades da Europa, ou até de bikesharing, poderão estar a definir uma mudança de comportamentos já em curso, com os jovens a sentirem-se “embaraçados” por terem um automóvel.


Da sociedade individual para a sociedade da partilha
Em Portugal, como sabemos, esta mudança de comportamentos parece ser como a procissão que ainda vai no adro. E uma ideia similar foi defendida por Tiago Farias, professor no IST, cuja apresentação se centrou, exactamente, na questão da mobilidade eléctrica.

Para o professor, o problema principal reside, precisamente, no automóvel. Não só porque gasta muito, polui muito, custa muito – em termos de tempo e dinheiro – mas porque continua a ser suficientemente barato para ser utilizado em massa. Apesar de ter referido que a situação começa a apresentar algumas mudanças, Tiago Farias assegura que “as pessoas continuam a querer carros” e que, apesar de menos poluente, o veículo eléctrico é “só” mais um veículo.

Discursando sobre a necessidade de uma melhor gestão da mobilidade – que inclui não só a temática dos transportes públicos, o planeamento urbanístico, a questão dos estacionamentos e, por inerência, também a gestão dos espaços públicos, Tiago Farias afirma que está na altura de se mudar de uma sociedade individualista para uma de partilha, sublinhando também a necessidade de uma nova “inteligência sustentável”. Ou seja, inteligente e sustentável será o cidadão que, ao procurar uma residência, tenha em atenção a escolha do sítio, não só porque é agradável, mas levando também em linha de conta se esta se situa, por exemplo, perto de uma estação de metro ou comboio.

O professor do IST chamou igualmente a atenção para um conjunto de questões que nem sempre são bem abordadas no que respeita ao tema da mobilidade eléctrica. Em primeiro lugar, foi você que pediu um carro eléctrico? Não. Pois não. Faz sentido? A infra-estrutura de suporte está disponível? Existe legislação adequada? Há clientes interessados? Quem ganha? Quem paga?

As perguntas não são de resposta fácil, o que leva Tiago Farias a afirmar que o carro eléctrico é interessante, mas não é um milagre. É sustentável, mas não chega e não é a solução tão almejada. E, mais uma vez, a alteração comportamental tornar-se-á crucial nesta necessária mudança de paradigma. Por que nos deslocamos, como nos deslocamos e que regras aceitamos poderá ser um bom ponto de partida para reflexão, especialmente numa cidade como Lisboa que perdeu cerca de 30 por cento da sua população em 30 anos e na qual entram 400 mil carros por dia.

Enquanto conhecedor do programa português de mobilidade eléctrica, denominado MOBI.E, o qual promete tornar-se num novo cluster ambicioso, com base numa rede integrada entre vários pontos existentes em território nacional e que junta, no alcançar do mesmo objectivo, empresas, universidades e institutos científicos, Tiago Farias volta a expressar as suas dúvidas. Previstos estão 687 postos de abastecimento para o veículo eléctrico em 2011, mesmo que os seus promotores estejam conscientes que não têm ainda clientes para tal. O modelo de negócio também ainda não foi especificamente explicitado, nem os early-adopters. Ou seja e em síntese, é necessário definir uma estratégia de mobilidade eléctrica urbana em que o veículo eléctrico pode constituir um complemento, mas não a solução e que coloca em dúvida se, realmente, possa vir a resolver um dos problemas mais gritantes das cidades.

O professor do IST defende assim que este é um desafio significativo não só para o sector dos transportes públicos, mas também para os decisores e cidadãos.

Já em tempo de debate, Hans Rat voltou a insistir na existência de um novo modelo de independência face ao significado do carro, mas admitiu também que, ao nível dos diferentes países da UE, correspondem níveis emocionais igualmente distintos. Se existem já muitos jovens em algumas cidades europeias que optam por diferentes formas de vida que não passam pela noção de propriedade de um carro, basta estar-se atento aos parques de estacionamento existentes em algumas universidades portugueses para afirmar que, por terras lusas, o carro é, e muito provavelmente continuará a ser, o meio de transporte por excelência dos portugueses.


Cidades criativas e inteligentes
A dimensão cultural na competitividade das cidades foi o tema da apresentação de Cristina Azevedo, uma das responsáveis da “Fundação Guimarães Capital Europeia da Cultura”. Começando por um caracterização das diversas realidades, negativas, que coabitam num mesmo espaço – desde a desigualdade, a exclusão social, a pobreza, o crime, o desemprego ou a degradação ambiental – Cristina Azevedo elege a inovação e criatividade como essencial a uma cidade do futuro. Focando as cidades “encolhidas”, esquecidas, com uma diversidade cultural sem uma matriz estabelecida e onde a disrupção na noção de identidade é cada vez mais clara, a responsável defende a noção de “cidade criativa” como uma forma de atrair e reter talentos, para além da necessidade de esta vir a ser encarada como um ecossistema. Para tal, contudo, é urgente que se estabeleça um novo contrato social, um método inovador de planificação estratégica, que se debruce sobre a forma como as pessoas podem pensar e agir criativamente nesses territórios. Crucial será também um novo enfoque no que respeita ao papel das infra-estruturas, no qual se favoreçam a experimentação e o risco e onde a estreita ligação entre ciência, arte e tecnologia possa inventar novas soluções para velhos problemas. E tudo isto dará origem a uma economia criativa, com benefícios óbvios.

Já António Pires Santos, da IBM, fez uma apresentação mais técnica ou, melhor dizendo, mais tecnológica, sobre a integração dos sistemas urbanos ou a importância dos sistemas informáticos para melhorar a qualidade de vida e a sustentabilidade das cidades. O conceito de cidade inteligente foi aprofundado pelo responsável para a Europa da área de Energy & Utilities Business Solutions da IBM, tendo sido definido como uma interligação entre as infra-estruturas físicas, de TI e sociais, a par da própria infra-estrutura de negócio, para aumentar a inteligência colectiva da cidade. Sistemas inteligentes de gestão de água, energia, ambiente, em conjunto com uma gestão igualmente inteligente dos sistemas de transporte e da segurança pública permitem uma visão sobre a cidade muito mais integrada e eficiente.

Promover a afectividade
Visões díspares sobre a cidade enquanto espaço de inovação social foi o tema da apresentação de Diogo Vasconcelos, Distinguished Fellow da Cisco, que ofereceu à plateia uma volta ao mundo guiada pelas novas necessidades, ideias e mercados que estão já a ser implementados nestas “novas” cidades. Sublinhando que todas as soluções que normalmente se apresentam estão baseadas em modelos antigos, aquele que já foi apelidado como “o homem do Presidente” para o mundo digital, afirmou que todas as crises geram disrupções e podem abrir a chave para uma “nova era dourada”. Para o homem que afirma que “somos aquilo que partilhamos”, antes de mais nada, é necessário fazermos um ctrl+alt-delete , ou seja, um espécie de restart a tudo aquilo que nos habituámos a ter como certo e abordar a inovação de uma forma completamente inovadora, passe o pleonasmo, em que no centro desta não se encontram apenas os produtos, mas sim novas formas de gerar capital social e saber lidar com áreas como a saúde, especialmente no que respeita às doenças crónicas ou com o envelhecimento da população. Para Diogo Vasconcelos, a crise é igualmente uma oportunidade para se criar uma nova vaga de empreendedorismo na Europa. A ideia das cidades como desertos de afectividade, em que o multiculturalismo é a norma, tem de ser transformada para poder gerar mais capital social. Uma das formas é inverter o declínio da “rua” como um espaço público, restaurando-se relações de amizade e de vizinhança, tal como foi feito numa iniciativa que teve lugar em Londres, denominada “The Big Lunch” em que as pessoas convidaram os amigos e os amigos dos amigos para almoçarem na rua.

A questão das emoções serem contagiosas e da influência, muito por causa das redes sociais, que os tais amigos e amigos dos amigos têm nas ideias, nas emoções, na saúde ou na política, ou seja, no comportamento geral, é algo a que se tem que dar uma obrigatória atenção.


Uma outra ideia defendida por Diogo Vasconcelos prende-se com o aumento das plataformas de ajuda mútua – ou seja, a criação de redes sociais “privadas” com quem nos está mais próximo. Este conceito está ligado igualmente às comunidades futuras, ou seja, existem já inúmeras iniciativas em que, através da Internet, se criam, por exemplo, redes de ajuda local aos idosos. Ou se criam plataformas para ajudar os doentes de cancro. Ou se ajuda os seniores a resolverem problemas tão aparentemente simples como instalar uma câmara Web no computador “para conseguir falar com o meu neto”. Todas estas plataformas online de apoio social terão que ser uma realidade cada vez abrangente nas cidades que albergam tantos “anónimos” que, muitas vezes, vivem sozinhos e sem qualquer tipo de ajuda. Como afirmou, “o que leva à morte é a sensação de fardo e de inutilidade”, a integração de idosos em serviços à comunidade é, igualmente, uma tendência crescente em vários agregados urbanos.

O director da Cisco introduziu igualmente a urgência de se criar e experimentar novas formas de financiamento, as quais denominou como “títulos de impacto social”. Com base na premissa de que estamos a mudar de um Estado do bem-estar para uma sociedade do bem-estar, Diogo Vasconcelos deu um exemplo em que é o dinheiro do mercado e não o do Estado que pode resolver problemas sociais. Ou seja, se o problema X for minorado, o Estado paga, a estes investidores sociais, uma compensação em obrigações. Caso não o seja, não terá de pagar nada.

O responsável da Cisco alertou também para a necessidade de se “conhecer o outro”, para o denominado Diálogo das Civilizações. Defendendo que faltam canais para promover o entendimento com o outro, algo que não é um luxo, mas uma pré-condição para o diálogo, Diogo Vasconcelos falou do “Dialogue Café”, um projecto que lidera na Cisco e que já teve uma sessão em Portugal. A ideia é simples mas poderosa: com base na premissa que as pessoas têm mais em comum do que aquilo que as divide, dar-lhes a possibilidade de se “encontrarem” traduz-se na exploração de interesses comuns, no desencadear de colaborações e no estímulo de ideias sobre como enfrentar a(s) crise(s). Assim, o Dialogue Café é isso mesmo: uma mesa de café, um computador e ter-se o “outro” à nossa frente, criando-se janelas sobre mundos diferentes, a partir de espaços públicos do tipo “café”. Com o apoio das Nações Unidas para Aliança das Civilizações, os dois primeiros Dialogue Cafés abriram em finais de Maio último e em simultâneo, no Rio de Janeiro, na Universidade Cândido Mendes e em Lisboa, no Museu da Moda e do Design. Mas são várias as cidades que têm já “encomendado” este modelo e tão díspares como Amesterdão ou Telavive, ou Cairo e São Francisco. Para um diálogo e para cidades sem fronteiras.

in Portal VER

TED Kiran Bir Sethi: Como ensinar às crianças o poder de cada uma delas

Mais do que ensinar conhecimentos teóricos de matemática, inglês e ciências, a verdadeira educação deve ser capaz de transformar alunos, professores, escolas, cidades e até países inteiros. Esse é o objetivo da fundadora e diretora da Riverside School, Kiran Bir Sethi: “infectar” a todos com o vírus do “eu posso”.
Em sua palestra no TED ela conta que foi infectada quando tinha 17 anos e sentiu a confiança depositada nela por seus professores de faculdade. “E eu fiquei impressionada com aquela sensação tão maravilhosa, e quão contagioso esse sentimento era. Eu também percebi que eu deveria ter sido infectada quando tinha sete anos.”
Quando começou com a escola Riverside, há 10 anos, Kiran descobriu que se o aprendizado estiver incorporado no contexto do mundo real, as crianças passarão por uma jornada de conscientização capaz de fazer com que elas vejam as mudanças e sejam mudadas por elas. Com isso, elas estarão capacitadas para conduzirem as próximas transformações.
Com isso em mente, ela começou uma série de trabalhos com as crianças, primeiro da escola, depois da cidade, depois de toda a nação, para reduzir as distâncias entre a teoria e o mundo real e espalhar o vírus do “eu posso”. O resultado pode ser visto não apenas no comportamento das crianças, como também nas notas – que estavam acima das melhores escolas da Índia.
Após citar os exemplos de ações que comprovaram sua teoria, Kiran lembra aos ouvintes do poder inspirador das mudanças e cita o exemplo de Gandhi, que mesmo sozinho conseguiu infectar uma nação inteira com o vírus do “nós podemos”.
Confira a palestra na íntegra (para ver com legenda em português, selecione a opção ao lado do play):


in EcoDesenvolvimento

Adeus Conhecimento! Olá Criatividade! por @jabaldaia


A humanidade tem uma determinada quantidade de conhecimentos à sua disposição, mas nem toda a gente o possui. O conhecimento possui qualidades diferentes e conforme a dosagem, da sua aquisição ou internalização, é tomado em grandes quantidades ou pequenas quantidades.

Isto faz-me lembrar que uma das primeiras características da materialidade é que a matéria é sempre limitada, ou seja, a quantidade de matéria, num determinado local e em determinadas condições, é limitada.

Por isso há duas questões que coloco em termos de provocação de pensamento:

- O conhecimento não pode pertencer a todos?

- O conhecimento não pode, sequer, pertencer a muitos?

O conhecimento “complexo”, corrente e a adquirir, aumenta todos os dias e são exigidas novas competências a nível pessoal, aos grupos e às organizações. Estes níveis de competência são alterados à medida que a dificuldade e a complexidade aumentam e exigem capacidade de combinação.

Mas, segundo Gary Hamel, “num mundo do conhecimento como produto, o retorno vai para as empresas que podem produzir conhecimento não standard. O sucesso aqui é medido pelo lucro por empregado, ajustado pela intensidade de capital. O lucro da Apple, per capita, é significativamente maior do que seus principais concorrentes, assim como é o rácio de lucros da empresa para o imobilizado líquido.”

Na procura desse conhecimento que não é o padrão, emerge a criatividade como vantagem de diferenciação. O conhecimento produzido pelas empresas como foi o caso da Apple, facilmente é transferido com facilidade para a concorrência, provocando uma nova necessidade: Criar e voltar a criar.

Face à grande variedade de informação disponibilizada pelas redes exteriores às empresas, aumenta a dificuldade na tomada de decisão e a avaliação da qualidade e sustentabilidade da informação torna-se mais complexa.

As consequências são um alargamento de competências gerais e uma dependência de peritos ou especialistas.

Por essa razão e dada a natureza da impossibilidade de retenção exclusiva dessa informação as empresas têm de encontrar outros caminhos que, necessáriamente passam pela criatividade.

O reinado da gestão do conhecimento, tal como ele era até há pouco tempo está em extinção. O novo reinado será da combinação do conhecimento com a criatividade.

É preciso construir um clima de trabalho, que acolha atributos como a paixão e a criatividade, dentro das organizações. É preciso uma mudança fundamental nos modelos mentais dos responsáveis dentro das organizações.

Aumentar a complexidade num ambiente aberto e dinâmico, como temos hoje, exige um desenvolvimento excepcional de flexibilidade e adaptabilidade dos indivíduos e organizações. Estamos perante um cenário de desenvolvimento de competências e de crescimento de intensidade do conhecimento e que ao mesmo tempo exige um lugar de destaque para a criatividade e a inovação.

Num sistema complexo e envolvente de conhecimento intensivo, os agentes que nele participam têm não só de aprender, como também de aprender a aprender e sobretudo a adaptar-se e a criar algo de novo.

Isto significa que por vezes, estamos a superar a nossa capacidade de adaptação e permanecemos resistentes às mudanças dos mercados.

A crescente intensidade do conhecimento na nossa vida, é expressa na passagem do poder físico e destreza para o processamento e avaliação de ideias, da manipulação de materiais para os símbolos, da acção para a mente.

Temos de dizer Adeus à “economia do conhecimento” e dizer Olá à “economia criativa “. – Gary Hamel

in Jabaldaia's Blog

Ken Robinson afirma que as escolas matam a criatividade

Tendências que vão transformar a forma como as empresas atuam

O mundo do trabalho já sofreu alterações profundas nos últimos 20 anos, graças às tecnologias e à evolução das práticas de gestão. E, de acordo com a consultoria Gartner, mudanças ainda maioires estão por vir nos próximos dez anos, quando questões como a falta de rotina e a hiperconectividade afetarão diretamente o mercado e as empresas.

Para a Gartner, um dos principais pontos de mudança será o fato de que as organizações terão menos rotinas. Até 2015, a consultoria projeta que 40% ou mais das corporações trabalharão dessa forma, contra menos de 25% neste ano. Além disso, as pessoas dependerão cada vez mais do trabalho em equipe, o que exigirá tecnologias que garantam a comunicação e a interação entre as pessoas.

Para ajudar as companhias a prever cenários futuros e se preparar para novos ambientes de trabalho, a Gartner listou as dez grandes mudanças para os próximos anos, que impactarão diretamente na TI.

1 – Valorização do trabalho que depende da interação humana
O principal valor das pessoas estará na capacidade de realizar processos que fujam da rotina. As contribuições humanas que resultem em descobertas e inovações estão incluídas nessa categoria. O foco do uso da tecnologia, nesse caso, deve ser muito bem direcionado para estimular uma integração e interação entre os profissionais para estimular ideias e discussões.

2 – Grupos de trabalho
A Gartner prevê também uma disseminação dos trabalhos em grupo para atacar, de forma rápida, problemas específicos e difícil solução. Segundo a consultoria, esse formato de trabalho será muito mais valorizado e premiado que as ações individuais. Além disso, tende a mudar o atual forma do trabalho em equipe, já que dependerá de pessoas de diversas áreas da organização.

3 – Relacionamento em cadeia
Com a adesão aos modelos de trabalho em grupo, os profissionais têm de lidar melhor com as relações em cadeia. Assim, as pessoas precisam explorar o networking (rede de contatos) para buscar os indivíduos mais adequados para resolver problemas e buscar alternativas. Essa postura é crucial para o sucesso das iniciativas em grupo e para o consequente resultado para os negócios.

4 – Equipes externas
A organização não tem controle sobre alguns grupos informais externos de pessoas que podem ter impacto direto no sucesso ou no fracasso da empresa. Esses grupos estão ligados por interesses comuns, incidentes específicos, entre outras razões. Os executivos mais habilidosos sabem conviver com um ecossistema de negócios fora do controle da companhia, com seu poder de influência. Esse poder depende do entendimento sobre o potencial coletivo e da identificação das pessoas-chave nos grupos informais, já que é fundamental reunir inteligência de marketing por meio desses grupos. Igualmente importante é descobrir como usar os grupos para definir segmentos de mercado, produtos e diversas estratégias de negócios.

5 – Processos informais
As empresas precisam detectar todo tipo de processo que foge da rotina, mas que contribui para a tomada de decisões. Segundo a Gartner, essas ações informais tendem a ganhar cada vez mais força no longo prazo. E a única forma das organizações se prepararem para isso é criar rascunhos com os principais modelos de processos.

6 – Trabalho espontâneo
Outro conceito incluído na descrição do novo ambiente das empresas é o trabalho espontâneo, o qual não depende de processos ou de funções específicas. A consultoria prevê que boa parte dos projetos tende a nascer a partir desse tipo de iniciativa não programada.

7 – Simulação e experimentação
A imersão em ambientes simulados, similares aos que puderam ser visto no filme Minority Report, substituirá a extensa análise de células em planilhas. O ambiente simulado será construído a partir de tecnologias que consigam identificar como reunir elementos baseados na forma como as pessoas interagem com o conteúdo. As pessoas, por sua vez, têm a possibilidade de manipular uma série de parâmetros para reformular o mundo virtual.

8 – Sensibilidade a novos padrões

O mundo dos negócios está ficando mais volátil e já não admite uma postura linear, na qual as experiências passadas baseiam modelos futuros. A tendência é de um mercado cada vez menos previsível, razão pela qual algumas organizações já criam grupos especificamente para detectar padrões emergentes, avaliar essas tendências e desenvolver cenários sobre a influência das grandes mudanças e como explorá-las.

9 – Hiperconectividade
O caráter hiperconectado já está presente na maioria das organizações, que abrangem redes em cima de redes, sobre as quais é difícil manter controle. Com esse cenário, haverá cada vez mais misturas entre relações formais e informais nas relações corporativas, impactando an forma como as pessoas trabalham e na função do departamento de TI, que deve estar preparado para apoiar e aumentar as conexões.

10 – Caem barreiras entre vida profissional e pessoal
O local de trabalho é cada vez mais virtual e os encontros de negócios acontecem entre pessoas que mal se conhecem. Mas o funcionário ainda terá seu local físico de trabalho, mesmo que seja em casa. Com isso, a tendência de muitos é que as linhas que separam vida pessoal, profissional, social e familiar desapareçam. Cada indivíduo precisa gerenciar a complexidade criada por demandas que se sobrepõem. Quem não souber administrar essa situação pode ter o desempenho comprometido, pois acabará se deparando com o excesso de informação.


Por Redação da Computerworld

Projecto Pé de Fé: Transformar a passadeira vermelha numa causa social




Com a visita do Papa Bento XVI a Portugal, um grupo de pessoas decidiu perpetuar a memória da visita criando registos a partir de pequenos quadrados da alcatifa utilizada nas cerimónias oficiais.

E alguém se lembrou de associar essa ideia a uma causa social.

Vender os pequenos quadrados da alcatifa utilizada nas cerimónias oficiais e utilizar os lucros da operação para apoiar projectos sociais. Ajudando pessoas carenciadas a ter um tecto, roupa, comida, cuidados básicos de saúde… A minorar a dor dos que sofrem, dos que se sentem mais sós.

Catarina Holstein, professora da Universidade Católica Portuguesa, propôs a João Albuquerque e Ana Perestrello, alunos daquela universidade, que fossem coordenadores de toda a operação.

A adesão de vários parceiros a esta causa social foi imediata, contando com o apoio pro-bono das entidades que venham a associar-se a esta iniciativa.

No desenrolar deste projecto surgiu a ideia de criar a marca “Pé de Fé”.

Os resultados obtidos através da distribuição dos registos “Pé de Fé” vão ser usados para apoiar projectos de empreendedorismo e inclusão social, com a supervisão do Instituto de Empreendedorismo Social.

Para que isto seja possível e se torne realidade são necessárias pessoas para ajudar a PROMOVER, PRODUZIR e DISTRIBUIR ou para contribuírem com os seus donativos.

Projectos como este são a prova de que todos juntos vamos mais longe e de que existem pessoas capazes e disponíveis na nossa sociedade para ajudar quem mais precisa.

Equipa, Parceiros e Apoios

· Ana Perestrello

· Miguel Castelo Branco

· João Albuquerque (na foto)

· Leonor Gomes

· Manuel Forjaz

· Miguel Alves Martins

· Miguel Bragança

· Nuno Gonzaga

· Susana Ferreira

· Teresa Seabra Pereira

Entidades

· Easy Bus/Grupo Barraqueiro

· Euro RSCG Design

· Hero

· Ideiateca Consultores

· Instituto de Empreendedorismo Social

· Transporta

Toda a iniciativa está detalhadamente exposta neste blog onde pode ser acompanhada, com total transparência, toda a gestão do projecto.

Em caso de dúvida, DISPONIBILIDADE ou AJUDA envie um mail: registo.pedefe@gmail.com

What is Innovation

Switch Conference, 15 e 16 de Maio em Coimbra

SWiTCH na ESEC TV (RTP2) from SWiTCH Conference on Vimeo.

Switch is a 2-day conference to be held in the University of Coimbra (Portugal), on the 15th and 16th of May, 2010.


The conference aim is to gather scientists, entrepreneurs, do-ers, thinkers, technologists and everyone in between to discuss the present and the future in a knowledge and idea sharing experience. It will be all about diversity (of ideas, people and themes) and will count on portuguese and international speakers.

Besides the conference itself taking place in the main room, there will be a startup competition (in Room 2) and stands & outside activities provided by our partners.

In depth

SWiTCH is a 2-day conference to be held in the University of Coimbra, Portugal , on the 15th and 16th of May, 2010. We do want, however, to make SWiTCH way more than a conference. We want to make it an authentic 2-day discovering experience. Attendees will get in touch with scientists, entrepreneurs, thinkers, do-er and everyone in between to share their knowledge, their experience and their ideias aiming to create awareness on scientific and technological matters, preparing us to a better defined future and a helthier society. We want and promote earth-shaking ideas, impossible breakthroughts and incredible life stories.

The conference will take place on a weekend to let those who are unable to leave work for the whole week to attend the conference sharing their experience and vision.

SWiTCH will have a main room where presentations will fully run from day 1 to day 2, a second room where the startup competition and deep discussions will take place and, finally, outside areas when all sort of fun activities will take place and where partners and sponsors stands will be located.

SWiTCH main theme will be “Web & Development” but our bet is on diversity. Diversity of cultures, ideas, discussions, persons and, of course, themes. You can find the full list of topics for this year’s conference here.

In the 2nd Room will take place the startup competition hosted by Webreakstuff. We want to act as a plattaform for networking, but also as as a way for you to meet with investors and to make your business project known by the crowd. The startup competition will sort out the best startups around and promote them with investors and media. Read more here.

We hope to host up to 400 persons in Coimbra to join this unique experience. The profile of our attendees, as the conference, is expected to be diverse. We will have entrepreneurs, scientists, thinkers, technologists among others.

Finally, all videos from SWiTCH presentations will be posted online so the wonderful insights our speakers will give you can also be shared with relatives, friends and everyone who opted to not join the SWiTCH experience.

Any other information may be requested to info@switchconf.com

Innoversia: o novo interface para a inovação

O blog de Francisco Banha é uma fonte diária de informação preciosa. Destacamos hoje a divulgação do site www.inoversia.net que nos parece uma excelente plataforma para investigadores e empresários poderem desenvolver produtos/serviços de elevado valor acrescentado.

Seminário “Inovação Social e Empreendedorismo” #ise2010

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e a In.Cubo – Incubadora de Iniciativas Empresariais Inovadoras, com o apoio do IES – Instituto de Empreenderismo Social, vão realizar o Seminário “Inovação Social e Empreendedorismo”, que terá lugar no dia 7 de Maio, às 10h00, nas instalações da In.Cubo em Arcos de Valdevez.

Este seminário tem como objectivos:

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Sensibilizar e partilhar ideias quanto à importância e relevância do desenvolvimento de novos processos de inovação social e o papel do empreendedorismo neste contexto;
*
Apresentar casos concretos de iniciativas e projectos bem sucedidos de inovação e empreendedorismo social;
*
Fomentar a adopção de uma nova cultura mais inovadora e de natureza empreendedora junto das organizações e dos agentes de desenvolvimento socioeconómico do Alto Minho.

As inscrições para participar no Seminário deverão feitas para o seguinte email: accaosocial@cmav.pt
Consulte aqui o programa detalhado do evento: http://bit.ly/cf18ZF

Mais informações:

Telefone: 258 510 050
E-mail: info@incubo.eu

Inovação Aérea

Nos EUA, as companhias aéreas lowcost andam a misturar descontracção pelos seus passageiros!

És solteira? #publicidade

"Se és solteira e vives em Dublin, vem beber um copo!
Conhecerás novos amigos e terás espelhos para dares uma olhada no baton nos dentes ou no cabelo antes de iniciares uma conversa.
Depois, bem, depois só terás de seguir em frente!"

Associação de Bares de Dublin

(anúncio de rádio)

TAP e Aeroporto de Lisboa ao rubro!

A criatividade que faz a diferença!

Novos Povoadores à conquista do Interior



"Sou a prova viva de que com Internet podemos trabalhar em qualquer lado"

Frederico Lucas tem 37 anos, três filhos e uma ambição: promover o êxodo urbano, trazer consumidores para os territórios de baixa densidade.
Com o projecto Novos Povoadores, de que é co-autor, quer também demonstrar que se pode ganhar dinheiro a partir de qualquer sítio. Ele está a tentar fazê-lo, a partir de Trancoso. E há muitas famílias interessadas em seguir-lhe os passos.
Por Luísa Pinto

Quando cheguei, estava deslumbrado. Vim para Trancoso em 2004, atrás da minha ex-mulher. Depois de termos vivido em Telheiras, mudámo-nos para Azeitão. Foi lá que nasceu o nosso terceiro filho, em 2002. Foi em Azeitão que fiquei quando nos separámos, com os dois mais velhos, de três e cinco anos, na altura. Eu trabalhava como consultor na área da comunicação. Demorava uma hora a chegar a Lisboa, e outro tanto a regressar, gastava dez euros por dia, já sem contar com combustível, que nem me lembro a quanto estava. Quando me mudei, os meus custos fixos passaram de 1750 euros por mês, entre casa e infantários e ATL dos filhos, para 390 euros.

Poder almoçar e jantar fora os dias que me apetecesse era uma coisa que havia saído há muito das minhas possibilidades.
Aqui, passaram-me a sobrar semanas. Deslumbrei-me. Também com a qualidade de vida. Uma pessoa pode entrar às nove e sair às cinco, ganhar três vezes mais do que paga de renda e infantários (que aqui são subsidiados por toda a gente, entre câmara, Misericórdia e Segurança Social). É uma tranquilidade. O único dia em que há trânsito, isto é, dois carros num semáforo, é à sexta-feira, em que há mercado semanal.

Lembro-me que nos primeiros dias, depois de chegar, deixavam-me um saquinho de legumes à porta. Fazem muito isso. Sabem que alguém chega, não tem terras cá, e lá nos põem à porta batatas, cenouras… é uma coisa muito agradável. Mas há o outro lado, o do controlo social. Dá-me um certo gozo dizer que se o meu filho sair da escola, e se eu perguntar a duas ou três pessoas, alguém saberá onde ele está. Mas isto também significa uma perda de privacidade e de anonimato a que estávamos habituados nas cidades, onde nem se sabe o nome do vizinho de baixo.
Uma vez cheguei de Lisboa, bati à porta da minha ex-mulher, e foi a do lado que se abriu, e foi a vizinha quem me disse: ‘Os seus filhos foram ao cinema.’ Temos de aprender a viver com isto. Eu não conhecia a senhora. Mas ela sabia que os meus filhos estavam no cinema. Aliás, aqui há dias, voltei ao cinema com eles em Lisboa. Foi um susto. Paguei 38 euros. Em Trancoso pagamos pouco mais de sete.

Foi aqui, em Trancoso, que conheci a Ana Linhares e o Alexandre Ferraz e que, a três, desenhámos o projecto dos Novos Povoadores. O Alexandre, que é do Pombal, tirou um curso de turismo, era recepcionista de um hotel, e veio para cá em 2002 porque foi aqui que encontrou um emprego qualificado.
A Ana é de Barcelos e veio atrás do Alexandre, e atrás de emprego.

Somos o Santo António
Foi aqui que nos cruzámos todos, e isto já é um sinal das dificuldades que pode haver na integração numa comunidade rural. Não é por acaso que três pessoas que são de fora é que se juntam. Porque há dificuldade. Se tivéssemos sido acolhidos de outra maneira, este projecto não teria sido concebido assim e até podia ter sido feito com pessoas de cá. projecto Novos Povoadores surgiu de uma conversa com o Alexandre. Começamos a partilhar as dificuldades do desenvolvimento nestes territórios. Se estes territórios têm qualidade de vida para oferecer, por que é que as pessoas não os habitam? Chegamos à questão simples: porque não têm emprego.
Mas, então, eu também não tenho emprego em Trancoso e é aqui que eu moro. Sou assim uma ave tão rara? Há mais pessoas que podem fazer isto.

Eu posso trabalhar a partir de qualquer lado – aliás, agora estou a pensar mudar-me para Marvão –, a única coisa que preciso é ter acesso à Internet. É a economia DNS (Domain Name Server). Com ela, as pessoas já podem vir para estes territórios de baixa densidade, que precisam desesperadamente de consumidores, mas que não têm empregos para oferecer. Com a economia DNS, já não é o território que gera o seu posto de trabalho. Os postos de trabalho ganharam independência geográfica, o meu contabilista pode estar em Vila Real, onde quiser, só tem de receber os meus papéis.
Eu vou contratar o contabilista que me for mais barato, e o que conseguir ser mais competitivo.
Eu fiz o mesmo. A minha tabela de honorários desceu 30 por cento, desde que me mudei para Trancoso, onde continuo a trabalhar como consultor de várias empresas. O trabalho para uma dessas empresas obriga-me a ir uma vez por semana a Lisboa.

Não sou formado em economia do desenvolvimento, nem em gestão territorial. Mas especializei-me a devorar estes temas, e a frequentar tudo o que é congressos e seminários. Acho que a economia acabou com os postos de trabalho, para haver cada vez mais empreendedores. Cada vez mais ganhamos em função das peças que fazemos e cada vez menos ganhamos um ordenado de uma empresa, mas sim de um projecto específico. Isso acontece comigo há já 17 anos. Foi o que sempre fiz.

Tirei um curso técnico de realização, que nunca utilizei, e sou a prova viva de que se pensarmos em algo com Internet podemos trabalhar em qualquer lado. E habitar estes territórios que nos dão qualidade de vida.
Sabemos que há pessoas que procuram estes sítios. Sabemos que há municípios que precisam de quadros qualificados, de consumidores. Nós somos o Santo António. Casamos território com pessoas. Estivemos três anos a discutir o projecto, a desenhá-lo. Não sabíamos como fazer deste modelo um negócio. Só o conseguimos em Dezembro de 2008, quatro meses antes de apresentar o projecto.

Ganhar dinheiro
Quem paga o nosso serviço são as câmaras, por cada cinco famílias que se mudam para o território, e que lá ficam pelo menos um ano.
Mas nós não cobramos um cêntimo às famílias, e não lhes pagamos, sequer, um café. As despesas e as poupanças serão todas por sua conta. Nós só as ajudamos a maturar este processo, esta ideia. Para que elas percebam que estes territórios têm muitas características boas, e outras menos boas.
Não andámos à procura de ninguém. As famílias que se querem mudar é que nos procuram no site [http://www.novospovoadores.pt].
E trabalhamos com municípios aderentes, com aqueles que têm verdadeiramente um projecto, um objectivo.

(...)

Nós não somos uma agência imobiliária, mas ajudamos a identificá-las nos territórios que as famílias querem ocupar. Não somos agência de emprego, mas ajudamos a criar empreendedores.
E não procuramos só projectos de turismo e de agricultura biológica.
Os territórios de baixa densidade são sistematicamente vistos como oportunidades sempre coladas ao turismo. O que sabemos é que o turismo cresce e representa normalmente à volta de 20 por cento da actividade económica do país. E não cresce mais porque as pessoas procuram territórios autênticos, não vão para os sítios onde está tudo feito para o turista.
Trancoso tem 16 mil turistas por ano. Se duplicarmos o número de turistas, para 32 mil, e não há exemplos destes, ganhamos três dias de autonomia anual de orçamento municipal. Temos de multiplicar por cem o turismo para deixarmos de depender do orçamento [público]. Não é por aí que vamos conseguir a independência que se está a pedir aos territórios.

Eu acho que o interior sofre de excesso de dinheiro. Os recursos humanos desses territórios são indiscriminadamente integrados nos municípios, e, por falta de trabalho, são “anestesiados” para nada produzirem. São recursos com os quais o território deixa de poder contar para qualquer estratégia para a sua competitividade. E os outros, os empreendedores locais, são contratados pelos municípios ao preço que lhes é confortável para manterem o seu quadro de pessoal.
Deste modo não lhes resta qualquer motivação para competirem, ainda menos no mercado global. Receio que em muitos casos esta falta de visão estratégica não seja obra do acaso. E nesses locais não haverá projecto Novos Povoadores, com toda a certeza.

in Público, Luísa Pinto

"O poder da internet deve servir o mundo"

por Laurinda Alves, Publicado em 25 de Agosto de 2009

Diogo Vasconcelos, 43 anos, director da Cisco e um dos quatro Distinguished Fellow que a empresa tem em todo o mundo, é a nata da nata em matéria de inovação e novas tecnologias. Mora em Londres mas viaja permanentemente por todos os continentes. Colaborou com Cavaco Silva e foi o "homem do Presidente" para o mundo digital. Trabalhou com Durão Barroso e está em contacto directo com Jorge Sampaio

Acaba de ter uma reunião em teleconferência com a Casa Branca. As conferências assim aproximam pessoas de todo o mundo. Quando as pessoas comuns têm a possibilidade de se conhecer sentem que é mais aquilo que nos une que o que nos separa?
Muitas pessoas crescem em diferentes regiões do mundo sem se conhecerem. Faltam canais para promover o entendimento. Compreender o outro não é um luxo, é uma pré-condição do diálogo. Um dos projectos que lidero na Cisco chama-se precisamente Dialogue Cafe. Baseia-se numa ideia simples mas radical: as pessoas têm mais em comum que aquilo que as divide; se lhes dermos a possibilidade de se encontrarem vão explorar interesses comuns, desencadear colaborações e estimular ideias sobre como enfrentar problemas.

Como define o contacto directo?
É ter do outro lado da mesa alguém numa imagem com a mesma dimensão, em tempo real. Deixa de ser "o outro" em abstracto: passa a ser alguém com quem me posso relacionar, que está "ali" à minha frente, olhos nos olhos - mesmo a milhares de quilómetros de distância. O Dialogue Cafe vai criar janelas entre mundos diferentes, a partir de espaços públicos do tipo café. No seu discurso do Cairo, o presidente Obama disse que queria tornar possível que um jovem do Kansas falasse directamente com um jovem do Cairo. Não é apenas uma metáfora: vai mesmo acontecer graças ao Dialogue Cafe. Daí o interesse da Casa Branca neste projecto.

É um critério de humanidade e igualdade?
Trata-se de permitir o acesso de pessoas comuns a tecnologias de videoconferência hipersofisticadas que neste momento só são acessíveis a grandes empresas. Conferências entre Londres e Doha sobre comunidades de fé e história. Social entrepreneurs de Nova Iorque a aprender coisas sobre a vida cívica em Istambul. Jovens artistas do Cairo a partilhar o seu trabalho com artistas de Londres. Workshops simultâneos de teatro ou música entre Rio, Lisboa, Paris e Chicago. As possibilidades são infinitas. Se andarmos por Israel e pela Palestina, por exemplo, descobrimos facilmente que a esmagadora maioria dos jovens cresce sem se conhecer, estuda em escolas separadas, vive em ambientes separados - e isso tem consequências terríveis. Nós próprios, no mundo ocidental, somos ignorantes em relação a outras culturas. Olhamos, por exemplo, para o Iraque e desconhecemos que Bagdade, através da Casa da Sabedoria, foi nos séculos X e XI o centro mundial do conhecimento em áreas como a matemática, a astronomia, a filosofia, a medicina. Ou seja, é necessária maior capacidade de conhecer o outro.

Como é que nós, portugueses, vamos participar neste diálogo das civilizações?
Vamos pôr em contacto directo, já no próximo ano, cidades tão diferentes como Istambul, Cairo, Nova Iorque, Londres, Doha, Rio de Janeiro e Lisboa. Contamos apresentar o projecto em Xangai, na Exposição Universal, em meados do próximo ano.

Acha que o cidadão comum está cada vez mais apto para a comunicação global e para esse encontro à escala planetária?
A internet representa uma filosofia de transparência, abertura e inteligência colectiva. As redes sociais são apenas exemplos de um mundo cada vez mais em tempo real. Do Irão ao Tibete, a censura já não consegue domar a vontade de um povo inteiro. A net é o mundo em tempo real, está lá, mesmo onde as televisões e os media tradicionais falham.

Resolvem-se problemas reais na rede?
A tecnologia não resolve problemas, as pessoas resolvem problemas. O que a rede vem permitir é as pessoas terem contacto entre elas, sem intermediários e sem limites geográficos, com base em comunidades de interesse. Para terem acesso à informação e produzirem informação, para partilharem conteúdos, para realizarem acções colectivas.

Está a falar dos três níveis de envolvimento sucessivamente mais importantes?
Esse poder da net deve estar ao serviço do mundo, para dar resposta às questões mais prementes. O que se passa na internet permite imaginar o futuro. Da energia à saúde, veremos a lógica do poder distribuído: o acesso a informação sobre consumos de energia em tempo real; ratings feitos pelos pacientes a hospitais e médicos, para todos podermos escolher melhor; bancos de microcrédito que servem de intermediários de empréstimos através da internet e até experiências interessantes de bancos peer-to-peer.

O sistema financeiro vai mudar?
Uma das razões da crise foi a inadequação do sistema de regulação. Os reguladores nunca terão os recursos indispensáveis para aceder, processar e tirar inteligência da informação a que acedem. Estão em total desigualdade perante um sistema financeiro que funciona em tempo real e com recursos quase ilimitados. Se quisermos um sistema regulador do século XXI teremos de usar algoritmos matemáticos para detectar falhas, teremos de ter a inteligência colectiva - minha, sua ou de um perito - para sermos todos reguladores. Isso significa dados abertos a todos, o open source aplicado à regulação.

Na administração pública também são urgentes novas respostas?
Em todos os países, a modernização da administração significou aperfeiçoamento (nalguns casos muito significativo), dos serviços prestados. Se acreditarmos que o Estado não tem o monopólio do serviço público, podemos ir mais longe e iniciar uma devolução de poder aos cidadãos. Uma boa parte da informação não confidencial detida pela administração pública deve passar a ser pública. Não estou a falar de relatórios, estou a falar de bases de dados. Tornar possível aos empreendedores encontrar novas e melhores formas de criar valor através dessa informação. Tornar o Estado um sistema aberto, para permitir colaboração. Um sistema aberto cria novos mercados.

Olho para si e vejo-o na linha da frente, a antecipar o futuro do futuro, com projectos na Europa, nos EUA, no Médio Oriente, um pouco por todo o mundo, e pergunto se podemos agora falar de inovação social na Europa?
[sorriso] Sim, a Europa tem de mobilizar a criatividade colectiva para inovar. Tem grandes tradições de inovação social: das universidades abertas ao movimento cooperativo, da world wide web ao Linux. A actual crise pode ser um ponto de viragem, uma oportunidade de destruição criativa, com emergência de novos actores. As respostas à crise têm de combinar preocupações de curso prazo com preocupações de médio prazo. Isso significa inovar não só nos produtos, mas também em áreas como a saúde e as doenças crónicas ou o envelhecimento da população. A maior parte dos países tem-se centrado muito em corrigir os erros do passado, em vez de em preparar o futuro. "Fixing the future" é aliás o tema de um movimento que ajudei a lançar, com Geoff Mulgan e outros. O documento pode ser subscrito em www.fixingthefuture.eu. A Europa deve ser o sítio onde o futuro acontece primeiro. O presidente da Comissão Europeia deve ser o nosso Chief Innovation Officer.

De que falamos quando falamos de futuro?
De novos padrões de consumo, pois o consumidor tem hoje aspirações diferentes, muito marcados pela ideia de sustentabilidade. Andar de bicicleta era marginal, hoje em Londres e em muitas outras cidades é um movimento imparável e o que parece mal é ainda ter carro. Trabalhar de casa ainda é marginal, mas daqui a alguns anos boa parte das empresas entenderá que trabalho é o que se faz e não onde se está. E quando falamos de futuro falamos de novos sectores de actividade, como o "ageing". Os serviços para a população sénior são provavelmente o sector com maior potencial de crescimento na Europa. Somos um continente em processo acelerado de envelhecimento. Cerca de 18% da população tem mais de 65 anos e daqui a 30 anos será um terço. Não estamos minimamente preparados para isso. Não se trata da bomba demográfica que muitos anunciam, trata-se, a meu ver, de uma grande oportunidade. Um mercado formidável sedento de novas propostas de valor.

Também pode ser uma grande oportunidade de transformação?
Sim, em múltiplas dimensões. A sociedade incentiva as pessoas a reformarem-se demasiado cedo, não as prepara adequadamente para a reforma. Há um declive abrupto que não faz nenhum sentido. É obrigatório interrogarmo-nos sobre como aproveitar o talento dos seniores, que se reformam ainda com 15 a 20 anos de vida pela frente. Como aumentar ou manter a autonomia das pessoas mais velhas, permitindo que se mantenham mais tempo nas suas casas e nas suas comunidades, transformando as suas habitações em centros de dia descentralizados. As cidades são desertos de afectividade.

A lógica que prevalece ainda é uma lógica de utilidade?
É fundamental desenvolver a capacidade das pessoas de continuarem a participar na sua comunidade, continuarem a sentir que são úteis. Esse sentimento é essencial para manterem o sentido de vida. Não basta acrescentar anos de vida, importa acrescentar vida aos anos. Os mais velhos têm de deixar de ser clientes e passar a ser produtores. Deixar de ser cidadãos passivos e passar a ser participantes. Há uma grande diferença entre "fazer para" e "fazer com".

No campo da inovação há por vezes o drama do excesso de ideias e da sua eficácia?
É importante criar o ambiente para que surjam sempre muitas ideias e dar oportunidade a que as mesmas sejam testadas, em pequena escala. Aprender com o que resulta e com o que não resulta também é essencial. A sociedade portuguesa está cheia de observatórios formais, mas subequipada de verdadeiros sensores sociais.

Os políticos e os dirigentes são sensores?
Os políticos do passado são sobretudo megafones. Querem transmitir uma mensagem mas ouvem pouco, salvo através de focus groups. Os políticos do presente e do futuro têm de orquestrar a inteligência colectiva. Têm de saber passar por cima da redoma que os envolve, captar a imaginação e envolver os cidadãos na construção do futuro. Devem impor-se pela confiança e não pelo temor reverencial. O seu desígnio não é um conceito de justiça meramente formal, mas o desenvolvimento das capacidades (no sentido de Aymarta Sen) para que cada um atinja o seu potencial.

Fala dos políticos em geral?
Sim, não apenas dos portugueses. A capacidade de ser sensor e orquestrador está pouco desenvolvida porque a sociedade está organizada na lógica de comando e controlo. Isso verifica-se nas relações laborais e também nas relações entre representantes e representados.

Qual seria a lógica adequada?
A própria gestão das organizações, uma das tecnologias sociais mais importantes, tem de ser totalmente reinventada. Baseia-se nos pressupostos do século XIX: como aumentar a eficiência de operações de rotina. Hoje as organizações têm de ser espaços de trabalho mais adaptáveis, mais inovadores e mais inspiradores. Se os anos 80/90 foram os anos da inovação nas empresas, nos produtos e nos processos, estou convencido de que as próximas décadas vão representar os tempos da inovação social. Foi por isso que aceitei presidir à Social Innovation Exchange, que reúne gente de todo o mundo e nasceu com o apoio da Cisco.

Para fazer o quê, exactamente?
Para encontrar respostas para algumas das questões que estamos a viver, como a pobreza infantil, um fenómeno assustadoramente generalizado mesmo nos países mais ricos, o envelhecimento da população, a degradação ambiental, a hiperdiversidade nas cidades, as doenças crónicas (como diabetes, demência, obesidade, etc.), hoje em dia responsáveis por 80% dos custos da saúde. Todos estes problemas complexos requerem respostas novas, que mobilizem a inteligência colectiva e envolvam os utilizadores (co-criação). A internet permite hoje modelos de inovação aberta e torna mais fácil mobilizar a inteligência distribuída. Tem-se abusado da palavra inovação, mas inovação significa liberdade, partilha de informação, colaboração, rasgo, iniciativa, tolerância e aprendizagem do fracasso.

Quem vai na linha da frente e tem mais essa capacidade?
Uma das faces importantes desta crise deve ser destacar a relevância do terceiro sector. Em Inglaterra as organizações não governamentais na área social (o terceiro sector) empregam 1 milhão e 400 mil pessoas, em Portugal cerca de 250 mil. Ora isto é várias vezes a indústria automóvel, várias vezes a área financeira, várias vezes as utilities. A inovação social cria novos mercados. Em toda a Europa, o défice público disparou e isso significa que na fase da retoma os países vão ter de prestar mais serviços com menos recursos. Há milhares de instituições com provas dadas nas áreas sociais e que podem desenvolver com qualidade um conjunto de serviços públicos. Estão próximos e têm a confiança das populações, têm capacidade e fazem--no com eficiência em termos de custos.

Pode dar exemplos, mais uma vez?
Uma das propostas que fazemos nestas recomendações na União Europeia é justamente dar importância à inovação no sector público. Um exemplo interessante no Reino Unido: as organizações do terceiro sector que se queiram candidatar a prestar serviços públicos em áreas como a educação, a saúde, o ambiente, os serviços para os seniores, têm a possibilidade de recorrer a um fundo (Future Builders) que lhes permite assumir empréstimos a longo prazo com uma taxa de juros simbólica para se capacitarem plenamente para este novo desafio. Na prática estamos a olhar para o serviço público numa lógica mais vasta. Há um conjunto de laboratórios de inovação no sector público, espécie de incubadoras para testar novas ideias numa lógica de inovação aberta. Defendemos que pelo menos um por cento do orçamento de cada ministério deve ser investido em fundos de inovação aberta. O tipo de investimentos apoiado pelo fundo de inovação do Serviço Nacional de Saúde inglês é um bom exemplo.

Isso é uma revolução.
É o fim da lógica de comando e controlo e a assunção plena de uma lógica de rede, de participação e envolvimento de entidades que estão mais próximas das pessoas e das comunidades na prestação de serviços públicos.

in Diário I

O modelo de negócio móvel: factores para o sucesso futuro

Novos concorrentes nas áreas dos Media e da Internet têm cruzado as fronteiras que os separavam das telecomunicações, afectando os modelos de negócio tradicionais e reduzindo a margem de manobra dos incumbentes. Pensar de forma...

Novos concorrentes nas áreas dos Media e da Internet têm cruzado as fronteiras que os separavam das telecomunicações, afectando os modelos de negócio tradicionais e reduzindo a margem de manobra dos incumbentes. Pensar de forma orientada ao consumidor pode ser a chave para um alto desempenho na indústria das telecomunicações móveis.

Em dez anos, a indústria de telecomunicações móveis cresceu mais de dez vezes, com base em novas tecnologias, dispositivos e em serviços mais rápidos e inovadores. Actualmente, vive um clima de incerteza em relação ao futuro, caracterizado por concorrência generalizada e menores receitas médias por utilizador. A inexistência de um caminho de evolução claro propiciou o surgimento de novos "players" na área dos Media e da Internet, que ameaçam o modelo de negócio existente.

A realidade tem passado pelo mercado de voz e "messaging" e por uma incapacidade no domínio da Internet como gerador de valor, que forçaram os operadores a privilegiar tácticas de curto prazo para manter o crescimento, como sejam o ajuste de "pricing" para aumentar as receitas, ou o enfoque na captura de clientes a rivais, através de tarifários e/ou equipamentos apelativos. Num mercado amadurecido, estas tácticas não são sustentáveis; o máximo que se poderá ambicionar com elas são receitas incrementais adicionais suficientes para cobrir os custos.

Os novos "players" estão a capturar valor na convergência das indústrias de Media, telecomunicações e de Internet, e os operadores de telecomunicações, que dominam o acesso às infra-estruturas de rede, necessitam de promover uma reflexão sobre a indústria, sob o risco de se tornarem meros transmissores de sinal.

É necessário por isso encontrar e aprender rapidamente novas formas e territórios onde o êxito seja possível. Para além de permanecerem atentos às movimentações tecnológicas, devem procurar antecipar quais as alterações no modelo de negócio que um processo deste âmbito poderá gerar.

Na Accenture identificámos um conjunto de pistas para o êxito futuro das organizações pertencentes a este mercado, que qualificámos como factores de sucesso.

Inovar através da perspectiva dos consumidores
Um dos factores-chave para o sucesso consistirá na utilização da visão do cliente para promover a inovação, garantindo o desenvolvimento de produtos e serviços com maior probabilidade de procura. As empresas, ao desenvolverem soluções (por exemplo "machine-to-machine" como serviços mais eficientes para o transporte de mercadorias, gestão de frotas), deverão perspectivar o que estas representam para os clientes e qual a vantagem competitiva que originam.

Alavancar a experiência do consumidor
O enfoque no consumidor exige também a interpretação dos ciclos de experiência de utilização dos produtos e serviços. Assumindo a satisfação do cliente como a soma do conjunto de todas as experiências (e.g. produtos, serviços) com o conjunto de todas as expectativas (e.g. valores, comportamentos), algumas tendências de procura relevantes são: simplicidade, conveniência e usabilidade no produto (oferta de conteúdo de fácil utilização), transparência no "pricing" (controlo e simplicidade nos preços), controlo sobre conteúdo (abertura dos "walled gardens" através do acesso, sem restrições a conteúdos).

Desenvolver a capacidade de adaptação às necessidades dos consumidores
As ofertas de serviços são cada vez mais orientadas para um grande número de pequenos segmentos de consumidores, com pacotes diferenciados. É o modelo de distribuição "Long Tail", onde o mercado de produtos pouco populares é superior ao dos grandes êxitos (exemplos são a Amazon ou a Netflix).

Estes segmentos de consumidores são comunidades de interesses mútuos que para além de consumirem conteúdos, também os criam e partilham. As empresas de telecomunicações necessitam de interiorizar este conceito e dirigir as suas ofertas para esses "clusters" de indivíduos.

Conjugando o conceito de comunidades com o de "portal social", os operadores deparam-se com desafios para explorar os limites da tecnologia disponível, ampliando as suas ofertas com "user generated content" como blogues, "video-based services" (e.g. alojamento de vídeos, "mobile TV"), entre outros.

Procurar valor na agregação, alavancagem de inovação e eficiência
As empresas de telecomunicações deverão conseguir operar de forma eficiente nos mercados. A eficiência nas operações facilita o sucesso no "mass market", enquanto a inovação irá apelar aos mercados "high end".

A eficiência operacional deverá partir de uma alteração da visão dos indicadores de "performance" tradicionais, dando prioridade ao custo de servir um consumidor individual.

Quantos mais forem os serviços utilizados pelo cliente, maiores serão os custos de produção, comercialização e operação. Isso implicará revisitar processos de desenvolvimento para reduzir o custo de "ownership" e proteger o investimento. Os novos "players" conseguem-no e, ao expandirem os seus modelos de negócio, utilizam naturalmente estes conceitos na tomada de decisão. A redução do custo final do iPhone, dado que o utilizador é cliente do iTunes e potencial comprador de acessórios e serviços Apple, é disso exemplo.

Os operadores de telecomunicações têm vantagens competitivas que não devem ser subestimadas (tecnologia instalada e capacidade "core" do negócio), e, ao repensar a estratégia de inovação e de enfoque no cliente de telecomunicações, poderão chegar efectivamente a um alto desempenho, apesar do conturbado ambiente, num futuro próximo, das telecomunicações móveis.


* Em colaboração com Daniel Fernandes, "Analyst" da Accenture da área de Estratégia, na divisão de "Management Consulting"

"Senior Manager" da Accenture
da área de Estratégia na divisão de "Management Consulting"

in Jornal de Negócios, Emanuel Agostinho

As Escolas matam a criatividade?

33 famílias serão Novos Povoadores do interior em Setembro

por Ana Tomás Ribeiro



Há 277 municípios a precisar de recursos humanos. E famílias de grandes cidades a quererem mudar de vida. O projecto Novos Povoadores é o ponto de encontro.

Há 277 municípios a precisar de recursos humanos qualificados e de gente empreendedora capaz de criar projectos geradores de emprego, com efeito multiplicador, e de competir a nível internacional. E há certamente famílias nos grande centros urbanos com vontade de mudarem para a província, para desenvolver um projecto próprio tendo mais qualidade de vida.

Foi nisto que Frederico Lucas pensou quando decidiu desafiar dois amigos, a Ana Linhares, socióloga, e o Alexandre Ferraz, técnico de uma associação de desenvolvimento local em Trancoso, para criarem conjuntamente o projecto Novos Povoadores (divulgado pela Visão há duas semanas), que tem como objectivo encontrar, nos grandes centros urbanos, candidatos à altura das necessidades regionais. Depois era preciso encontrar um parceiro que os ajudasse a pôr em prática o desafio. Encontraram o Intec - Instituto de Tecnologia Comportamental. Assim, o projecto só começou a ser posto em prática em Dezembro.

De então para cá já se candidataram 25 famílias. "Mas daqui por um mês já devemos ter 100 candidaturas. Uma estimativa que faço de acordo com o número de contactos que temos recebido", explica Frederico Lucas.

Para garantir o sucesso da família na sua nova vida, um dos membros do casal deverá ter um emprego assegurado, quer por via da transferência da sua actual entidade empregadora ou de uma entidade da região que o venha previamente a contratar. O outro membro da família terá de desenvolver um projecto empreendedor, para o qual conta, desde logo, com apoios de várias entidades, incluindo do próprio município.

Contudo, das cem famílias que deverão ser candidatas dentro de um mês, só um terço concretizará a mudança. Ou seja, 33.

De acordo com o cálculos de um dos mentores do projecto, "a maioria vai desistir ou prorrogar a decisão a meio do processo de aproximação à nova realidade. Um processo que pretendemos fazer de uma forma lenta, e com várias etapas, para que os candidatos se apercebam de todos os prós e contra" (ver caixa com passo a passo). Os que vão desistir, diz Frederico Lucas, fazem-no essencialmente por questões culturais. As que se mantêm mudam-se no começo do próximo ano lectivo, em Setembro, para uma cidade ligada por auto-estrada. Porque os mentores do projecto Novos Povoadores querem iniciar a experiência piloto num centro urbano de fácil acesso. Em cima da mesa estão várias hipóteses: Castelo Branco, Évora, Abrantes. Uma ilha nos Açores também está a ser estudada.

Entre as 15 famílias que já estão em processo de avaliação, há casais sem filhos e famílias numeroas (com 5 pessoas ), muitos profissionais da comunicação, marketing, engenheiros e projectistas, bem como emigrantes que regressaram ao país e querem investir em projectos de turismo rural.

in DN

Conhecida a primeira finalista do "Melhor Emprego do Mundo"

Com mais de 150 mil votos, uma jovem de Taiwan foi a preferida dos internautas que votaram nos candidatos ao melhor emprego do mundo. Os outros 10 finalistas, escolhidos pelo Turismo de Queensland, só serão conhecidos para a semana. Veja o VÍDEO da vencedora



Fechada a votação, a candidata Clare Wang, de Taiwan, foi a escolhida pelos internautas, com mais de 151 mil votos. No total, serão 11 finalistas a terem a possibilidade de se deslocarem à Austrália para a última etapa, uma entrevista. Os 10 que faltam são escolhidos pelo Turismo de Queensland e anunciados apenas a 2 de Abril.

O emprego, esse é "duro": Seis meses de contrato, 100 mil dólares, casa de sonho na paradisíaca ilha de Hamilton e a difícil missão de assegurar algumas tarefas básicas e relatar a experiência num blogue.

Candidataram-se 34 mil pessoas e os 50 primeiros selecionados foram anunciados na terça-feira, 3 de Março. (Vale a pena espreitar a lista dos finalistas para ver a criatividade dos vídeos dos candidatos).

Entre esses 50 pré-selecionados, oriundos de 22 países, encontra-se um angariador de fundos para caridade, um instrutor de dança, um fisioterapeuta, um chef, um DJ, um cientista, um actor, estudantes, jornalistas e intérpretes.

O vencedor será anunciado no dia 6 de Maio.

in Visão

As novas indústrias do próximo futuro



Existe uma grande convicção no sentido do surgimento de um novo paradigma de desenvolvimento no período que se seguirá à actual crise económica e financeira global. A grande interrogação que se coloca aos decisores empresarias reside na determinação dos sectores que vão crescer, dos que se vão

Existe uma grande convicção no sentido do surgimento de um novo paradigma de desenvolvimento no período que se seguirá à actual crise económica e financeira global.

A grande interrogação que se coloca aos decisores empresarias reside na determinação dos sectores que vão crescer, dos que se vão reduzir e dos novos sectores de actividade económica que surgirão ou se afirmarão de uma forma significativa.

Correndo os riscos associados às previsões, particularmente altos em períodos de elevada turbulência e de transição, considero útil desenvolver algumas reflexões em torno das indústrias potenciais do futuro próximo, que permita a discussão e o estabelecimento de caminhos para o futuro das empresas portuguesas.

Neste exercício prospectivo, as actividades empresariais que se evidenciarão no futuro próximo, serão, em minha opinião, agrupadas em torno das seguintes áreas:



• Indústrias da sustentabilidade que integrarão os "clusters" ligadas ligados às novas formas de conservação e produção de energia e de protecção do ambiente, onde se incluirão as unidades ligadas à energia eólica, células fotovoltaicas, carros eléctricos, novos materiais compósitos, componentes electrónicos….

• Indústrias da saúde e bem-estar, integrando as unidades da área da bioquímica e farmacêutica, equipamentos hospitalares, materiais recicláveis, novos sistemas de tratamento e prevenção de doenças, clínicas especializadas…

• Indústrias do entretenimento e da qualidade de vida, integrando as áreas do turismo, desporto, cultura, dos conteúdos multimédia…

• Indústrias da produtividade e da eficiência, integrando as tecnologias de informação e comunicação, a indústria informática, os novos sistemas de criação, transporte e distribuição de informação…

• Indústrias da geografia, integrando a "customização" das diferentes tecnologias para diferentes geografias, com especial relevo para as tecnologias tropicais que permitam o desenvolvimento da agricultura, pecuária, medicina… dos países de África e de outras regiões menos desenvolvidas.

Assistiremos, simultaneamente, ao declínio ou redução da actividade de um conjunto de sectores, com graus elevados de ineficiência produtiva, associados a um modelo de consumo intensivo, tais como a indústria automóvel, imobiliária e electrónica de consumo tradicional, assim como ao decréscimo de rendibilidade de sectores que apostaram numa diferenciação artificial não suportada no "value for money" dos seus produtos. Nestes sectores assistiremos a uma alteração qualitativa significativa do portefólio de produtos que o mercado virá a aceitar.

Os sinais que a economia americana emitirá nos próximos meses vão ser fundamentais para testar e corrigir estas projecções, e para a construção de opções sólidas para o futuro da actividade produtiva portuguesa. Neste aspecto, especial atenção deve ser dada aos programas de investigação aplicada das universidades americanas de referência, já que os mesmos ditarão as grandes linhas de desenvolvimento tecnológico e empresarial para o próximo futuro.

Em relação aos sectores tradicionais de consumo das famílias - têxtil, vestuário, mobiliário, decoração, etc., verificar-se-á uma maior sensibilidade ao preço pelo que serão essenciais os esforços de aumento de produtividade e redução de custos. As famílias tenderão a afectar uma parte menor do seu rendimento disponível a este tipo de produtos, concentrando o rendimento remanescente nas novas áreas atrás referidas ligadas à saúde e qualidade de vida, aos quais exigirão um elevado índice do "value for money".

Os próximos tempos vão ser tempos de reflexão e estudo intensivo. Não são, tradicionalmente, as áreas preferenciais de aplicação de recursos dos nossos agentes empresariais. Mas terão de passar a ser!

in JN, Luís Todo Bom

Don Tapscott em Lisboa (CCB)

Don Tapscott - co-autor do best seller WIKINOMICS - vem a Lisboa no âmbito da conferência de Abertura do Ano Europeu da Criatividade e Inovação.

A abertura oficial do Ano Europeu da Criatividade e Inovação em Portugal decorrerá no dia 3 de Fevereiro, no Centro Cultural de Belém, sala Luís de Freitas Branco, em Lisboa.

11h00 ‐ Sessão de Abertura
Carlos Zorrinho ‐ Coordenador Nacional do AECI
Representante da Comissão Europeia
11h45 ‐ Don Tapscott ‐ “Governação 2.0: Como a geração Internet está a mudar a
governação, a inovação e a democracia”
12h45‐ Almoço
14h30 – Workshop: Aplicações da Criatividade e da Inovação
Dinamização: Arminda Neves (Coordenadora Adjunta da Estratégia de Lisboa), Alexandra Sá Carvalho
(Representação da Comissão Europeia em Portugal)
1ª parte: Aprender, Inventar Imaginar, Cooperar
Leonel Moura – Artista plástico, Representante Português no lançamento do Ano Europeu da Criatividade e
Inovação – “ A nova cultura do Séc XXI”
Dulce Maria Santa Marta Soure – Directora da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro – “A criatividade na
aprendizagem”
Elvira Fortunato – Directora do CENIMAT ‐ Centro de Investigação em Materiais da FCT/ UNL , Laboratório
Associado I3N – Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação ‐ “O Papel do Futuro”
Teresa Ricou – Directora do Chapitô – “As artes e as novas tecnologias – uma boa conjunção no combate à
exclusão”
Manuel Brandão Alves – Professor Catedrático no ISEG “O microcrédito: Uma experiência económica e
socialmente Inovadora”
Debate
16h00‐ 16h15 – Pausa café
2ª parte: Comunicar, Criar, Realizar, Viver
Augusto Mateus, Professor no ISEG ‐ “ Cultura, criatividade, competitividade”
Nuno Gaioso Ribeiro, Presidente N‐Partner – “Capital de risco e as indústrias criativas”
Jorge Cerveira Pinto – Agência INOVA – “Arte, cultura e indústrias criativas: Uma realidade de valor,
sustentabilidade e desenvolvimento”
António Câmara – Ydreams – “Realizar nas empresas do futuro”
António Cunha, Presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e Júlio Mendes, Verador na Câmara
Municipal de Guimarães – “Guimarães: O futuro tem um coração antigo”
Debate
17h30 Encerramento: Conclusões e Perspectivas

Mais informações em Criar2009

José Maria Prazeres Pós-de-Mina nomeado pela revista OneWorld


The mayor of one of Portugal's smallest and poorest municipalities has launched one of the largest green business initiatives in the world, and now he's spearheading an eight-country project to create communities run entirely on renewable energy.

Artigo completo sobre a nomeação das personalidades do ano pela revista ambientalista OneWorld

Viver na Cidade ou no Campo?!


Professor catedrático na Universidade do Minho, José Mendes tem estudado a dinâmica das cidades e o ordenamento do território. Em 1999 publicou o estudo 'Onde viver em Portugal - uma análise de qualidade de vida nas capitais de distrito'. À GINGKO sistematizou as vantagens e desvantagens da vida nos grandes centros e nos meios mais pequenos. Solução? Desenvolver as cidades médias.

GINGKO - Depois do êxodo rural, há quem fuja dos grandes centros. É possível conciliar a cidade e o campo?

José Mendes - A questão campo versus cidade é hoje mais pertinente do que nunca. Avanços recentes no domínio das comunicações e da desmaterialização das actividades permitem alimentar a ideia de que é possível a qualquer um manter-se profissionalmente activo e integrado e, simultaneamente, viver fora dos meios congestionados das grandes urbes. Isto é verdade e... não é verdade.

G - O que distingue os dois meios?

JG - Num extremo estão as grandes cidades onde tudo acontece: os negócios, as oportunidades, os eventos, a cultura, o entretenimento, as melhores escolas. E também o congestionamento, o tráfego, a poluição, e a habitação mais cara. No outro extremo está o campo onde nada acontece: nem negócios, nem oportunidades, nem eventos, nem cultura, nem entretenimento, nem boas escolas. E também não há congestionamento, nem tráfego nem poluição, e a habitação é mais barata.

G - Onde se vive melhor?

JG - Depende do conceito de qualidade de vida. Se os almoços de negócios e as peças de teatro estão na rota da minha qualidade de vida, então quero estar na grande cidade. Se acho que as horas desperdiçadas em filas de tráfego ou o ruído ensurdecedor das ruas carregadas de tráfego arruínam a minha qualidade de vida, então quero viver na tranquilidade do campo. Mas, se preciso de almoços de negócios e também não quero estar horas dentro do automóvel em filas infindáveis? Bom, aí a questão não é líquida.

G - Qual a solução?

JG - A solução ideal seria que as grandes cidades funcionassem de forma mais sustentável, com bons transportes públicos, muitos parques, esquemas de acalmia de tráfego, pistas cicláveis, regras de controlo de poluição e ruído. Ou ter áreas rurais com boa acessibilidade, boas escolas, banda larga e eventos culturais. Isso é possível? Talvez. Cidades como Viena, Copenhaga ou Sydney deram passos importantes nesse sentido. Áreas rurais de alguns países nórdicos também evoluíram favoravelmente. Nem umas nem outras fazem o pleno. No balanço da contabilização da qualidade de vida, as cidades, mesmo as megacidades, continuam a levar vantagem. Isto porque o Homem é uma espécie com comportamentos e necessidades marcadamente sociais, que vive e se realiza através da interacção, do movimento, da riqueza e da sinergia que resulta da concentração de pessoas e de actividades. O campo pode ser tranquilizador e ter o rótulo de inspirador, mas é na cidade que nasce a criatividade, que se forjam os artistas e as obras que referenciam a nossa existência.

G - Portanto, o melhor é viver em cidades?

JG - Apesar de tudo, mesmo com as cidades a levar vantagem enquanto destino da nossa felicidade e garante da nossa qualidade de vida, a poluição e as filas de trânsito continuam lá. E ninguém gosta delas. Enquanto não temos cidades ideais, se é que algum dia existirão, a solução mais equilibrada é viver nas cidades médias. Têm hoje muito do que se encontra de bom nas grandes cidades e pouco do que se encontra de mau nessas mesmas cidades. Os recursos virtuais, a banda larga na cidade média, colmatam muito do que um profissional activo e cidadão exigente precisa para se realizar.

G - E onde se vive melhor em Portugal?

JG - Nas cidades médias. Temos cidades médias? Sim e não. Sim porque existe Braga, Coimbra e Aveiro, com elevadíssimo potencial, apenas parcialmente realizado. Não porque não há uma política de cidades médias em Portugal, o que faz com que as três referidas estejam muito aquém do potencial que encerram, e que outras como Évora e Faro simplesmente não descolem. E porque é precisa uma política de cidades médias em Portugal? Porque é a melhor solução para o país e, sobretudo, para Lisboa e Porto. É nas cidades médias que reside boa parte do nosso futuro. Que lufada de ar fresco seria para este país, se nas eleições autárquicas de 2009 os candidatos deixassem na gaveta os planos de mais infra-estruturas e apresentassem visões e propostas centrados na qualidade de vida e na competitividade das suas cidades.

in Gingko

Causas Sociais

... veja como o marketing de causas sociais pode aumentar exponencialmente as vendas em 74%, como revela o Cone/Duke University Behavioral Study 2008, validando que o marketing social pode influenciar significativamente a escolha do consumidor, resultando em receitas de milhões de dólares para as marcas.

Conclusões principais:
- aumento exponencial das vendas (74% e 28%) em 2 categorias de produtos de marketing de causas sociais
- 78% sente que as empresas devem manter as suas iniciativas de filantropia ou mesmo aumentá-las durante períodos económicos mais difíceis
- 79% mudaria de marca se associada a uma boa causa (contra 66% em 1993)
- educação 80%, desenvolvimento económico 80% e saúde 79% estão no topo das prioridades

O estudo de Evolução de Causas 2008 da Cone revela que "os consumidores querem sentir uma ligação entre a temática e a organização não lucrativa que preencha as suas necessidades pessoais" (Alisan DaSilva, EVP, Cone):
- 84% quer seleccionar a sua própria causa
- 83% afirma que a relevância pessoal é chave
- 80% acredita que organizações não lucrativas associadas a campanhas é importante
- 77% afirma que incentivos práticos de envolvimento, como tempo ou dinheiro, são importantes
- 65% afirma que incentivos emocionais de envolvimento, como fazê-los sentir-se melhor ou aliviar a culpa de compras, são importantes.

+info em http://www.coneinc.com

Se ainda não encontrou uma boa causa a que se associar, deixo a sugestão: Colabore connosco, ajudando-nos a inspirar a mudança através do apoio a iniciativas de Educação e Promoção da Saúde.

Rui Martins
rui.martins@dianova.pt

Os Neo-Rurais

Fotografia de João Espinho


"Todo e qualquer pedaço de território é uma espécie de cristal multifacetado com faces de contornos e nitidez muito variáveis: é um território com um determinado tipo de povoamento, uma estrutura produtiva, alguns activos patrimoniais, um conjunto paisagístico e um acervo simbólico. O nosso ângulo de visão, feito de saber técnico e profissional, é, geralmente, unidimensional, pelo que, na maioria dos casos, subestimamos a importância real da nossa observação. E, no entanto, a engenharia biofísica, a engenharia do ambiente, a arquitectura paisagística, a biologia e a botânica, mas, também, a geografia e a história, a literatura local e regional, são, em conjunto, capazes de operar pequenos milagres naqueles pedaços de território, aparentemente tão agrestes. Quer dizer, uma pequena cirurgia pode transformar um território hostil num território ameno. Uma severidade numa amenidade.

Se não respeitarmos o lema do desenvolvimento rural, a consequência parece inevitável: ajustamento económico sem conservação e diversificação de actividades conduz à formação de espaços rurais devolutos e territórios insustentáveis. Podemos, mesmo, estar à beira de mais um círculo vicioso de abandono e desertificação. Para inverter esta tendência, é preciso agir, simultaneamente e persistentemente, na economia da produção primária, na economia da conservação agro-ambiental e na economia da diversificação agro-rural."

Este excerto pertence à apresentação do Prof. António Covas que se vai realizar na Universidade de Évora nos próximos dias 16, 17 e 18 de Outubro e que gentilmente cedeu antecipadamente para publicação.

Apresentação completa

Guimarães: Avepark cria 750 empregos em 2008 e chega aos 1500 em 2009



Manuel Mota, que é também vice-reitor da Universidade do Minho, refutou a tese, defendida pela União de Sindicatos de Braga, de que a maioria dos empregos criados são "precários e temporários", garantindo que "nesta fase, está já garantido um retorno social de 20 por cento do investimento, e de 50 por cento em matéria económica".

O Avepark, onde foram investidos 15 milhões de euros, foi hoje inaugurado nas Caldas das Taipas pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

O vice-reitor Manuel Mota afirmou que, com as empresas já instaladas, o retorno financeiro do investimento está, também, garantido, refutando, assim, as críticas da CGTP, que acusou há dias o Estado de "investir dinheiro público em trabalho precário, enquanto há dezenas de empresas em falência no Vale do Ave".

O Parque de Ciência acolhe o Instituto Europeu de Excelência em Medicina Regenerativa de Tecidos, em que trabalham 120 investigadores, oito empresas da incubadora da Universidade do Minho, a SpinPark, e as empresas 3B`s - ligada ao Instituto Europeu, CRH - Consultoria e Valorização em Recursos Humanos, e Ortos, que se dedica ao fabrico de cadeiras de rodas de nova geração.

Na ocasião, o secretário de Estado leu uma mensagem do primeiro-ministro José Sócrates, na qual se enaltece o trabalho de parceria entre os promotores do projecto, a Câmara de Guimarães, a Universidade do Minho e a Associação de Parques de Ciência e Tecnologia do Porto.

O governante considerou que "o Avepark responde aos desafios de índole tecnológica que a economia tem de enfrentar nos mercados nacional e internacional, fundamental para a sua competitividade".

Manuel Mota disse à Lusa que as empresas que se vão instalar no Avepark, "operam nas áreas das tecnologias da informação, dos novos produtos, das nanotecnologias e das biotecnologias".

Frisou que o interesse das empresas no Avepark deriva da ligação à Universidade do Minho e, também, "da existência na região de Braga, do chamado `Silicon Valley português`, com 600 empresas de `software`, algumas com dimensão internacional".

Afirmou que a região do Minho "é a mais atractiva do país para o investimento, já que conjuga um vasto conjunto de infra-estruturas, com destaque para as tecnológicas de banda larga" e com o facto de ainda ter acesso aos fundos comunitários.

"Quando o projecto estiver concluído, daqui a dez anos, teremos 150 a 200 empresas no Avepark, com cinco mil empregos altamente qualificados", vaticinou. O investigador universitário sublinhou que, nessa fase, o Produto Bruto da região será aumentado, só através do Avepark, em mais de 200 milhões de euros anuais.

O Parque está instalado em 80 hectares de terrenos nas Caldas das Taipas em pleno Vale do Ave.

O projecto, que recebeu um subsídio governamental de 3,2 milhões de euros, é uma sociedade constituída pela Câmara de Guimarães, com 51 por cento do capital, pela Universidade do Minho, a Associação Industrial do Minho e a Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (com 15 por cento, cada) e pela Associação Industrial e Comercial de Guimarães, com quatro por cento.

O investimento total em infra-estruturas atinge os 15 milhões de euros, verba a que haverá que somar os 10 milhões do valor dos terrenos doados pela Câmara e os investimentos feitos pelos privados.

LUSA, LM.

Portugal como destino de nearshoring

Portugal está numa fase decisiva do seu percurso como nação competitiva, viável economicamente e com perspectivas de qualidade de vida para os seus cidadãos. Está mais do que visto que o modelo económico baseado no baixo valor acrescentado está esgotado, bem como a actividade rentista tradicional. As elites económicas e empresariais nacionais necessitam de uma forte renovação, que inpute massa crítica que entenda e posicione o país na nova configuração da economia global.

Mais não será dizer que é preciso uma aposta séria no desenvolvimento e reforço do capital intelectual português que mude estruturalmente o padrão de especialização da nossa economia. Um reforço que não passa por alocar só mais dinheiro na educação ou dar computadores. É preciso agir mais na zona entre o final da cadeia de valor do ensino e o início da do mercado de trabalho.

Um dos desafios nessa «buffer zone» está em conseguir que Portugal seja um destino atractivo para o nearshoring, ou seja, a deslocalização de actividades de médio-alto valor acrescentado de economias mais desenvolvidas (I&D, desenvolvimento de software, call-centers, design, etc).

Para que tal aconteça, é preciso que:

1 - o Ministério da Economia simplifique a burocracia dos licenciamentos e na atribuição de incentivos financeiros atribuídos aos investimentos estrangeiros.

2 - criar parques de nearshoring junto das universidades e dos parques de ciência e tecnologia, para facilitar o acesso à massa crítica e gerar laços efectivos de entre as cadeias de valor do sistema de ensino e empresarial

3 - promover Portugal como destino competitivo de nearshoring, ao ponto deste conceito se confundir com o próprio país

4 - «se não consegues vencê-los, junta-te a eles»: constituir parcerias com a Irlanda e a Índia, oferecendo Portugal como mecanismo de entrada para mercados estratégicos da América do Sul, África e Europa (vide este artigo de JNR na Janela na Web)


in Capital Intelectual, Ruben Eiras

Aviões no Sul, computadores no Norte


Duas fábricas de componentes de aviões em Évora; consórcio com a Intel para fazer PCs em zona a anunciar

A empresa brasileira Embraer vai instalar duas fábricas de componentes para aviões, em Évora, criando mais de 3500 postos de trabalho directos. O anúncio oficial é feito hoje, às 10:30 horas, no CCB, pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo director presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, na presença do presidente brasileiro Lula da Silva.

Segundo o Expresso apurou, serão investidos de início 148 milhões de euros em instalações que terão capacidade para produzir componentes para 13 a 14 aviões por mês. O investimento contempla, igualmente, a ligação a universidades portuguesas para a concepção, engenharia e desenvolvimento de aeronaves.

Segundo o ministro da Economia, Manuel Pinho, “este é um grande investimento tecnológico que só tem paralelo com a AutoEuropa”, a fábrica da Volkswagen em Palmela.

A Embraer é o terceiro maior fabricante de aviões a nível mundial, depois dos gigantes Boeing e Airbus. As unidades industriais de Évora - as primeiras desta empresa na Europa - deverão começar a produzir em 2011. A primeira, no fabrico de estruturas, maquinação e montagem de peças metálicas para asas; a segunda, para conjuntos em materiais compósitos das caudas de aviões como os Embraer 170, 190 e Legacy (jactos executivos).

O primeiro passo para as negociações entre o Governo português e a Embraer foi dado, em Agosto de 2006, quando José Sócrates visitou a sede da empresa brasileira, a cerca de 100 quilómetros de São Paulo. Na época, o primeiro-ministro regressou de mãos vazias, mas seguiram-se quase dois anos de negociação em torno do reforço dos investimentos dos brasileiros na OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal (da qual controlam 65% do capital, em associação com a EADS/Airbus). As negociações foram fechadas na quinta-feira, dia 17, tendo o ministro da Economia cancelado a sua deslocação a Angola para se reunir com os investidores brasileiros.

“O maior desafio será o de incentivar a participação portuguesa no projecto do cargueiro militar C-390, um avião que está a despertar o interesse do Brasil e de alguns países da América do Sul”, declarou ao Expresso Eduardo Bonini, presidente executivo da OGMA. A confirmar-se esta participação, Portugal poderá optar pelo Embraer C-290 para substituir os Hércules C-130, ao serviço da Força Aérea há mais de 30 anos.


Fábrica de computadores

Na quarta-feira José Sócrates recebe a visita de Craig Barrett, presidente da Intel, que será um dos parceiros num novo consórcio de fabricação de computadores pessoais de baixo custo.

O projecto, que terá nome português, conta ainda com a participação de empresas nacionais (J.P. Sá Couto e Infolândia). O Expresso apurou que a fábrica será instalada no Norte do país, aproveitando as competências existentes nas universidades do Minho, Porto e Aveiro.

Além do mercado interno, ligado ao programa e-Escolas, o objectivo é desenvolver um «cluster» exportador deste tipo de equipamentos, idênticos aos que já são distribuídos aos alunos do secundário. Venezuela e Líbia são os primeiros mercados garantidos, na sequência das vistas de Hugo Chávez a Lisboa e de Sócrates a Trípoli.

in Expresso, Alexandre Coutinho, Cristina Figueiredo e João Ramos

Visão Periférica e Strategic Early Warning


Quantos gestores e empresários ouviram até hoje a palavra “surpreendentemente” ou a expressão “fomos apanhados de surpresa”, referindo-se à performance da sua organização?

Aceitando que o factor surpresa não se pode eliminar, podemos no entanto, evitá-lo criando e mantendo um sistema de strategic early warning (SEW).

E, em que consiste um SEW?
Trata-se de um sistema de visão periférica que coloca a organização a olhar para todos os ângulos e não apenas para o seu mercado tradicional e stakeholders.

Tradicionalmente, uma organização monitorizava a sua indústria, o seu mercado e os seus stakeholders. Hoje, numa era de mudanças rápidas e de partilha instantânea de conhecimento, isso tornou-se insuficiente para garantir o sucesso e a sobrevivência das organizações. Hoje, mais do que nunca se impõe o que chamamos: Visão Periférica.

Vejamos o caso concreto de uma empresa que tem bons indicadores económicos, os resultados estão óptimos, os clientes satisfeitos, mantém um controlo de gestão eficaz e com ferramentas de análise de indústria avançadas. Perfeito. Está no bom caminho, diríamos. Pode continuar assim.

Mas é este cenário que, historicamente tem colocado as maiores empresas do mundo em dificuldades quando, “surpreendentemente”, surgem novas e alternativas formas de fazer. E que não vêm dos concorrentes óbvios, porque esses estão a ser monitorizados. Vêm habitualmente de players novos que aparecem no mercado com novos paradigmas.

Os sinais habitualmente estão lá mas são negligenciados por vários motivos ou, pura e simplesmente ignorados.

Ben Gilad (professor de estratégia e competitive intelligence) aponta as “Convicções dos Gestores” como um dos factores de insucesso devido à não interpretação de sinais precoces do mercado. Porquê? Porque os gestores de topo chegam ao topo precisamente pelos seus êxitos e pelos sucessos alcançados. Logo, existem nas suas mentes determinadas premissas para o sucesso.
Perante uma situação nova, a tendência é para aplicar conhecimentos e prática anteriores. E, na maioria dos casos em que existe dissonância de mercado, é necessário olhar para os sinais do mercado sem preconceitos, dogmas ou ideias preconcebidas. Precisamente porque se tratam de novos paradigmas.
Só com um olhar aberto se conseguem cartografar os perigos actuais, os perigos eminentes e as oportunidades que advêm do perigo.

Falamos muito na gestão do risco mas gerimos de facto o risco estratégico?
Olhemos para as áreas funcionais das empresas: área operacional, área financeira e área de marketing e/ou comunicação. Focamos a gestão do risco aí, ou seja, analisamos o risco das operações, analisamos o risco financeiro e analisamos o risco de imagem ou reputação. E podemos dizer que a maioria das organizações estão preparadas para enfrentar contrariedades nestas áreas.

E o risco estratégico? Quantas dessas organizações gerem de facto o risco estratégico? Quem, nos organogramas é responsável por essa gestão do risco?
E, quando falamos de risco estratégico falamos de risco de vida transversal a todas as áreas da empresa, falamos de um risco que envolve a interacção da empresa com o mercado actual e potencial em que actua assim como toda a envolvente directa e indirecta.

Muitas vezes uma empresa que segue o seu caminho de forma segura e estável vem a verificar mais tarde que estava em dissonância de mercado sem se aperceber, ou seja, não se adaptou às alterações que se perfilaram lentamente no seu mercado.
É esta a empresa que acabará dizendo que foi surpreendida por uma nova tecnologia, por um novo operador de mercado, pela redução das margens, etc.

Um sistema de visão periférica bem implementado evita muitas destas surpresas. Não se pode dizer que evite os maus resultados ou o colapso de empresas, mas evita certamente a surpresa. E, o que se faz com a identificação dos sinais precoces será certamente diferente do que se fará com base no desconhecimento.

Uma empresa com visão periférica olha para todos os cantos de si mesma, para os concorrentes e para o mercado como um todo. Esta vigilância permanente dará os alertas necessários a tempo de mudar o que houver a mudar. E isso faz toda a diferença.

É baseado nesta premissa que as grandes organizações de todo o mundo, criaram os seus próprio sistemas de SEW que, funcionando de forma transversal a todas as áreas funcionais da organização, são o radar e suporte da definição de estratégias e tácticas de sucesso.


in Machete, Fátima Rebelo

Automóvel: Portugal é um dos primeiros mercados de aposta da Renault-Nissan para comercializar veículos eléctricos

Portugal será um dos primeiros mercados mundiais onde serão introduzidos os modelos veículos eléctricos da aliança Renault-Nissan, no âmbito do memorando de entendimento que o governo assina com o grupo quarta-feira.
De acordo com o protocolo, a Renault-Nissan vai comercializar em larga escala veículos eléctricos para os consumidores portugueses a partir de 2010.

A cerimónia de assinatura do memorando de entendimento contará com as presenças do primeiro-ministro, José Sócrates, do ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, e do presidente e CEO da Nissan e da Renault, entre outros.

O Governo português vai estudar conjuntamente com a Renault-Nissan a forma de criar condições adequadas para os veículos eléctricos serem uma oferta atractiva para os consumidores portugueses, as infra-estruturas e organizações necessárias para criar uma ampla rede de estações de carga para os veículso eléctricos, a nível nacional, e identificar os canais mais eficazes de comunicação e educação para sensibilizar para a importância destes modelos, que permitem reduzir as emissões.

A escolha de Portugal acontece numa altura em que o Governo aposta em assumir a liderança em termos de desenvolvimento sustentável e na diversificação de fontes de energia renovável.

As negociações entre o Governo e a Renault-Nissan arrancaram em Maio e com este protocolo o objectivo será promover a mobilidade com zero emissões no país.

A assinatura deste memorando surge numa altura em que os países procuram alternativas aos combustíveis, atendendo à escalada dos preços e a uma maior aposta das empresas e dos governos em medidas de redução de emissões de CO2.

Em meados de Junho, o Conselho Europeu introduziu uma proposta de Portugal sobre o apoio europeu ao desenvolvimento de tecnologias alternativas ao petróleo, nomeadamente os veículos eléctricos.

"A Europa precisa de mostrar músculo político e decisão política relativamente ao dos combustíveis. É isso que os cidadãos europeus e a economia europeia esperam", afirmou na altura José Sócrates à entrada para o Conselho Europeu.

"Acho que é este o momento para dizermos ao mercado petrolífero que a Europa não aceita que esta situação de dependência do petróleo se mantenha e, para isso, temos que dar uma oportunidade a alternativas de transporte, nomeadamente os carros eléctricos", acrescentou o primeiro-ministro.

in RTP

Novo Portugal: um DESÍGNIO de Conhecimento

Portugal, Pólo Global e Criativo do Conhecimento

Em 2028 Portugal deverá ter atingido o 20º lugar entre os países mais desenvolvidos. Sermos um pólo Global implica estarmos abertos ao mundo, fixar mais riqueza, mais pessoas qualificadas e usar as redes globais em nosso proveito. Sermos um pólo de Conhecimento Criativo (CC) implica romper com um modelo de ensino assente na repetição e assumir um modelo de ensino assente na Paixão Criativa. Conhecimento Criativo (CC) é sinónimo de inovação, colaboração e partilha.
Do Conhecimento à Acção


A Importância da Literacia, Ensino Secundário e I&D

Em 2008 Portugal está em 29º lugar entre as sociedades mais desenvolvidas do planeta. Para atingir o 20º lugar entre os países mais desenvolvidos, Portugal terá de alcançar uma taxa de literacia e de escolaridade secundária de 98% e aumentar para 2,5% o PIB destinado à I&D.

A criação de hábitos de trabalho em rede, adoptando modelos colaborativos de criatividade e inovação.

O actual modelo económico do conhecimento baseia-se na interacção entre governo, associações empresariais e sindicatos, muitas vezes a trabalhar isoladamente. Importa incluir no modelo económico do conhecimento também as universidades, as start-ups e as grandes empresas, bem como organizações de inovação social, num esquema de funcionamento assente em redes colaborativas. Dessa interacção obter-se-á uma diminuição dos bloqueios à acção e maior capacidade de colaboração, de análise prospectiva, de inovar políticas e incentivos.

As parcerias para atingir focos de competitividade.

A excessiva concentração de I&D na esfera pública aconselha ao desenvolvimento de parcerias público-privadas, potenciando o desenvolvimento de redes, clusters, pólos de competitividade, ecossistemas e estratégias empresariais da ciência, ensino e tecnologia. O aumento para 2,5% do PIB para I&D deve querer dizer mais capacidade de investimento financeiro do sector privado e maior racionalização financeira do sector público.

Divulgar em Portugal o conhecimento feito em Portugal.

O conhecimento só é produtivo se for alvo de uso. Deve-se institucionalizar o benchmarking na área do conhecimento científico, tecnológico e da inovação, que permita difundir o muito conhecimento já produzido em Portugal. Só dessa forma se estimula a apropriação do conhecimento pelos agentes económicos privados e se obtém capacidade de alavancagem de mercados pelo sector público.

As Necessárias Redes entre a Universidade, a Banca e a Empresa.

Fazer das boas ideias negócios bem sucedidos, incentivando o capital de risco, onde licenciados têm espaço para instalar start-ups em universidades e serem financiados pela banca. A promoção de um modelo de colaboração onde a universidade fornece espaço e apoio administrativo em troca de 1/5 do capital social da empresa. Os inovadores ficam com 3/5 do capital e o banco apoiante 1/5. Necessitam-se em Portugal redes UBE (Universidade-Banca-Empresas) efectivas e funcionais.

Porque é preciso partilhar e divulgar conhecimento.

A mera protecção de conhecimento através de patentes e propriedade industrial, apesar de ainda poder ser aperfeiçoada, já não é suficiente. É necessário estimular a disseminação de conhecimento base, a partir do qual se possam construir novas realidades. Da mesma forma, cada instituição deve perceber os ganhos potenciais com a existência de mecanismos internos que estimulem o aparecimento de novas ideias. Os modelos de inovação disruptiva e incremental em conjugação com o Open Source aconselham hoje a uma gestão da abertura do conhecimento como fonte de geração de riqueza em todas as sociedades líderes.

Aprender a aprender. Criar experimentando e errando.

Mais do que reproduzir conhecimento já existente, importa premiar insights, ideias novas, sinergias criativas, boas práticas e processos criativos. Para isso é necessário dar novas perspectivas ao sistema de ensino, que deve ser um espaço aberto à discussão e ao desenvolvimento do raciocínio próprio. A leitura, as artes e as ciências são instrumentos para estimular a análise e a criatividade, factores fundamentais para a inovação e para um modelo de ensino assente no conhecimento criativo (CC).

Porque as tecnologias de informação são básicas.

No quadro do ensino das tecnologias de informação, é fundamental ir além do ensino instrumental do uso e atingir um ensino que promova a criação digital (design e construção), a capacidade de criar redes e a programação básica em computador. Tal como o ensino de inglês, a programação básica e as lógicas de pesquisa e validação da informação devem integrar os objectivos do ensino básico.

in Novo Portugal

Congresso do Empreendedorismo Social



Vai realizar-se no próximo dia 15 e 16 de Maio no Centro de Cultural de Cascais o Congresso do Empreendedorismo Social.

Quem é Empreendedor Social?

Em Portugal, confunde-se frequentemente empreendedorismo social com caridade. Ainda está por assimilar este novo conceito: aquele que implementa projectos de intervenção social de uma forma sustentável.

O empreendedor social é alguém que reconhece um problema social e utiliza os princípios de empreendedorismo para organizar, criar e gerir empreendimentos que promovem transformação social. É um agente de mudança social, aproveitando oportunidades para a melhoria dos sistemas, inventando e disseminando novas abordagens e soluções sustentáveis que criam valor social.

Cafés de SP viram escritórios online


Crescem opções para trabalhar fora do ambiente tradicional

O escritório do designer gráfico Daniel Arantes é o mundo. Aos 23 anos, recém-formado e ainda morando com os pais em um apartamento no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, ele trabalha com amigos em uma cafeteria dessas com acesso sem fio à internet. Faz trabalhos para uma revista produzida em Barcelona, tem um site colaborativo com outros designers ingleses e americanos, teve dois desenhos publicados num livro japonês e já foi convidado até para trabalhar em Lisboa e Paris. "Aprendi um pouco de espanhol só pelos e-mails trocados com os profissionais da Espanha", conta ele. "Quando fui convidado para trabalhar na França, eu nem consegui entender o e-mail e achei que era propaganda. O bom disso tudo é que tenho a liberdade de trabalhar do jeito que quero e ter a rotina que me dá vontade."

Talvez os vocábulos "trabalho" e "rotina" logo necessitem de uma definição um pouquinho diferente nos Aurélios. Ao juntar essas duas palavras numa mesma frase, logo se pensa em baias apertadas, chefes, horários, reuniões, relatórios de produtividade, departamento de recursos humanos, máquinas de café solúvel e todos os outros rituais e discursos da vida corporativa. Mas algo já está mudando nessas percepções, numa velocidade superior ao que muita gente está conseguindo perceber ou mesmo acompanhar. Diversos escritórios da cidade já relaxaram seus expedientes, principalmente as empresas "pontocom", sempre tentando transformar seus ambientes em lugares mais criativos. Na Predicta, por exemplo, uma empresa de tecnologia na Vila Olímpia, zona sul, os funcionários podem jogar videogame na televisão de plasma no meio do expediente e pegar uma cerveja na máquina de refrigerantes.

A tecnologia também está fazendo muitas pessoas virarem os próprios chefes e trabalharem por conta, sem perder com isso a troca de idéias e de experiências típica dos escritórios. Em cafeterias como Starbucks, Suplicy e Fran?s Café, é cada vez mais comum ver grupos trabalhando em seus laptops enquanto tomam um cappuccino. "Tem gente que cansou de ficar em casa trabalhando sozinho, enfurnado, e agora faz amigos em cafés e tem a chance de trocar conhecimento com outros profissionais iguais a ele", diz Henrique Bussacos, administrador de empresas que se cansou do ambiente corporativo e agora mantém um site com a ajuda de free lancers que se encontram semanalmente no café da Livraria da Vila, na Vila Madalena. "Vira quase um escritório casual."

EXPERIÊNCIA INOVADORA

No começo de 2008, São Paulo terá uma das experiências mais inovadoras no quesito "novas formas de trabalhar". A exemplo de Londres e Berlim, a cidade ganhará um Hub SP, uma espécie de escritório comunitário com internet sem fio, onde qualquer um pode levar seu computador e trabalhar lá. O local já está em construção, no número 409 da Rua Bela Cintra. Conforme palavras de seus idealizadores, o Hub será um espaço para conectar pessoas, alavancar projetos inovadores e inspirar transformações.

"Poucas vezes uma idéia genial surge na frente do computador, dentro de uma corporação", diz Pablo Handl, principal organizador do Hub. Para trabalhar lá, seja qual for seu projeto, será preciso pagar uma espécie de "taxa de estacionamento" - no início, mesmo que seja para ficar o dia inteiro, esse valor não deve passar dos R$ 400 mensais. "Queremos ter um espaço onde essas idéias apareçam naturalmente, onde as pessoas conversem, troquem informações. É o escritório do futuro para incubar as organizações do futuro."

in Estadao.Com.Br, Rodrigo Brancatelli

Como é que vive um engenheiro do ambiente?

Lâmpadas, só das fluorescentes, e um ecoponto na marquise. São os primeiros sinais de que nos encontrámos em terreno protegido. A casa de Pedro Santos, director-delegado da agência “EDV Energia” e presidente da Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA), podia ser a de qualquer um. O engenheiro vive desde Setembro do ano passado num apartamento pequeno de um prédio antigo. “É emprestada”, diz, até concluir a casa que está a construir no bairro do Espadanal. Essa sim, “a verdadeira casa ecológica”. Mas voltemos ao apartamento pequeno.

“Hoje ter comportamentos ambientais significa poupar muito dinheiro”, afirma o engenheiro. As facturas de electricidade demonstram-no. Por cada dois meses, a família Santos, composta por dois adultos e duas crianças, gasta apenas 44 euros. A fórmula está em pequenos pormenores.

Na cozinha, os electrodomésticos são todos de classe A, ou seja, mais eficientes em termos energéticos. “São mais caros mas a diferença não é assim tão grande quanto isso”, justifica. A louça só se lava na máquina e a roupa só quando o tambor está a abarrotar. Ambos os equipamentos só funcionam à noite, durante um período de horas em que a electricidade é mais barata. É o chamado tarifário bihorário.

Passemos ao escritório. Os cartuchos da impressora são recarregáveis, assim como as pilhas. Os primeiros servem perfeitamente para uso corrente e custam menos de metade do preço dos originais. Quanto às pilhas, Pedro Santos já não se lembra da última vez que teve que comprar um pack. “É um investimento que claramente compensa”, assegura, com o carregador na mão.

O papel, como não poderia deixar de ser, também é reciclado. “E hoje até já não se distingue do papel normal, porque também é branco”. “É mais caro”, reconhece o engenheiro, “mas não muito e, de futuro, cada vez menos. A produção não o justifica e a tendência é que estes produtos sejam mais baratos, com o surgimento de taxas diferenciadoras positivas”.

O único equipamento electrónico em modo stand by na casa é a caixa da televisão por cabo. “Porque é um aparelho mais frágil, temos evitado o ligar e desligar”, justifica Pedro Santos. Todos os outros estão desligados.

Um dia por semana a trabalhar a partir de casa

Para o engenheiro, o aquecimento e as deslocações para o trabalho são actualmente os únicos impedimentos a um comportamento totalmente sustentável.

Em relação ao primeiro, a intervenção para uma melhor distribuição do calor deveria ser feita na própria construção da casa. Para quem tiver uma lareira, Pedro Santos recomenda a instalação de um recuperador de calor. “Com menos lenha aquecemos muito mais a casa e é um investimento que voltou a ter benefícios fiscais”, explica.

As deslocações para o local de trabalho, em Oliveira de Azeméis, são mais difíceis de fazer sem prejudicar o ambiente. Por isso, a mobilidade e os transportes são das temáticas que mais têm ocupado os técnicos da agência de energia. “Se na Linha do Vale do Vouga houvesse mais frequência de comboios, - já nem falo na qualidade - as pessoas utilizavam-na”, assegura Pedro Santos.

Ainda assim, a EDV Energia encontrou uma forma de dar o exemplo, ao ceder aos seus funcionários um dia por semana para trabalhar a partir de casa. “Poupa-se no combustível, protege-se o ambiente e promove-se o teletrabalho”, afirma o director. “Como a nossa gestão é por objectivos, o importante é que o trabalho apareça feito e bem feito”, justifica.

Casa “verdadeiramente ecológica”

Na sua nova casa, no Bairro do Espadanal, Pedro Santos pretende aplicar tudo aquilo que apregoa.

A residência aproveitará ao máximo a luz natural, assumindo um posição favorável ao sol, e será sustentada pelos melhores materiais do ponto de vista ambiental. A arquitecta escolhida pela família Santos, especializada em arquitectura bioclimática, assegurará esses dois pontos.

Para além disso, serão instalados equipamentos que reencaminham as águas pluviais para usos posteriores, nomeadamente no autoclismo e no sistema de rega. Uma caldeira de biomassa alimentará o sistema de aquecimento central e um painel solar térmico aquecerá a água.

A família está a ponderar ainda a aquisição de um painel solar fotovoltaico, que não só abasteceria a casa de energia, mas poderia também ser rentabilizado, através da venda à rede. “É algo que ainda não decidimos, porque é um equipamento que custa entre 20 e 25 mil euros”.

Será também no Espadanal, que Pedro Santos pretende recorrer à compostagem doméstica para se livrar dos restos de comida. Com um custo que não ultrapassa os 30 euros, o compustor faz a reciclagem dos dejectos, convertendo-os em adube natural que pode ser utilizado no jardim. “Os nossos avós já o faziam, mas para um buraco no jardim”, recorda.

in Jornal Labor, Anabela S. Carvalho

Sugestão de Leitura

Deputados PS recomendam criação sistema dinamização parcerias e apoio à gestão das PME`s

Lisboa, 09 Fev (Lusa) - Deputados socialistas entregaram esta semana no Parlamento um projecto de resolução que recomenda ao Governo a criação de um sistema de dinamização de parcerias e apoio à gestão das Pequenas e Médias Empresas, no âmbito do QREN.

"O objectivo é criar um interface interactivo, dinâmico, que não seja apenas um ponto de prestação de informação aos empresários das PME e aos potenciais empreendedores. É fundamental que assuma uma atitude flexível e pro-activa, suportada num modelo de intervenção dinâmico", lê-se no diploma que tem a deputada Paula Nobre de Deus como primeira subscritora e ao qual a Lusa teve acesso.

Por isso, é referido no documento, o sistema deverá ter duas dimensões: por um lado assegurar assistência técnica nas fases de pré e pós candidatura e, por outro, deverá ir ao encontro do empresário através de um plano de contacto.

No diploma, os deputados socialistas defendem ainda que "um sistema de apoio desta natureza deve privilegiar a capacidade instalada, numa lógica de articulação local em que se envolvam administração central, autarquias locais e associações empresarias bem como outras organizações da sociedade civil, ao nível da gestão de candidaturas e incentivos às empresas aproveitando a estrutura da administração pública central e local já existentes".

"A heterogeneidade das soluções que vierem a ser encontradas deve contribuir para aproximar o QREN dos cidadãos, das empresas e das organizações, em geral. A existência de um sistema de dinamização de parcerias e de apoio no processo de candidaturas, à gestão, próximo, acessível e dinâmico, preferencialmente em cada concelho do país que, de forma eficaz e eficiente dê uma resposta às PME promovendo o crescimento da economia portuguesa", lê-se ainda no projecto de resolução.

No texto do diploma, os deputados socialistas salientam o "papel da maior importância na estrutura empresarial portuguesa" desempenhado pelas PME`s, recordando que entre 2000 e 2005 conseguiram gerar, por ano, e em média, aproximadamente mais 77,2 mil postos de trabalho e mais 3,4 mil milhões de euros de negócios, em termos reais.

Estes números, acrescentam, representam um resultado seis vezes superior ao das grandes empresas em matéria de emprego e 1,7 vezes superior em matéria de facturação.

"Em 2005 operavam em Portugal perto de 297 mil PME, as quais geravam cerca de 2,1 milhões de postos de trabalho e mais de 170,3 mil milhões de euros de facturação. Isto significa que as PME representavam então 99,6 por cento das sociedades do país, sendo geradoras 75,2 por cento dos empregos e realizando mais de metade dos negócios (56,4 por cento) empresariais", é ainda referido.

in RTP

O QUE FAZER COM A MARCA PORTUGAL? Contributos de Tiago Forjaz e Nick Knight


Confesso-me um apaixonado por Portugal e pelo talento português. Quando há uns anos tive a oportunidade de estudar lá fora em escolas de referência soube nessa altura apreciar de fora a nossa personalidade única enquanto povo, bem como a riqueza imensa da nossa herança cultural, ambiental e gastronómica.
Foi nessa qualidade e com alguma expectativa que recebi a “nova imagem” de Portugal, que penso dar um (pequeno) passo no que nos pode levar a formar uma opinião de um país mais moderno e atraente, e que nos poderá trazer também uma componente mais sexy de turismo e investimento a um país com muito para dar… mas esperava bastante mais…
E aqui começa o que verdadeiramente vos queria dizer: tal como uma imagem televisiva é feita por milhares de pontos no écran chamados pixéis também a marca Portugal é constituída hoje por mais de 10 milhões de pessoas (contam já o Deco e o Pepe…), assentes no legado histórico dos grandes portugueses que fizeram desta uma nação única que perdura. E a marca Portugal não é nem pode ser uma campanha fotográfica espalhada em grandes cartazes, mesmo que eu aprecie particularmente o estilo do Sr. Nick Knight. Tem que ser muito mais… tem que ser, por exemplo, o ecoar repetido do nosso hino cantado pelo Vasco Uva e pelos restantes Lobos. Tem que ser o salpicar salgado das ondas de Sagres invocando o infante D. Henrique.
Tem que ser o esforço colectivo de uma consciência nacional do que nos torna únicos, do que nos faz diferentes no mundo, do que conquistámos, do que temos para conquistar (as marcas criam-se a olhar o futuro), do que ambicionamos como nação. A marca Portugal que nos vai levar longe começa com a projecção do nosso talento nacional. E aqui o Sr. Nick Knight e o João Wengorovius da BBDO que me desculpem mas tenho que dar maiores créditos por exemplo ao Tiago Forjaz e à equipa da Jason Associates pela grande iniciativa que estão a levar a cabo com o StarTracker (ver www.thestartracker.com ). Aí estou a ver a Marca Portugal a dar saltos em frente.
O StarTracker, que é uma plataforma de network entre os jovens talentos portugueses, introduzidos por convite pelos méritos que os actuais membros lhes reconhecem, faz muito pela marca Portugal. Basta ver os vídeos das reuniões de talento português em Londres ou Paris ou Madrid para percebermos onde estão depositadas as sementes do futuro da Marca Portugal… cada português faz parte da marca Portugal. É uma legítima expressão e extensão da nossa marca colectiva. O que o Tiago Forjaz fez é extraordinário, pela simplicidade da iniciativa (as melhores ideias são sempre as mais simples e as mais objectivas…) e pelo que está a proporcionar aos nossos talentos lá fora em termos de contactos pessoais, que acredito irão contribuir para novos projectos que levem Portugal bem longe.
Mais do que vermos a Marca Portugal em fotos está a viver-se assim a Marca Portugal, está a descobrir-se quem somos na verdade. Temos com orgulho uma nova nação que começa a querer ver-se ao espelho. E que está a gostar do que vê…
Somos um país de descobridores. Sempre o fomos e vamos continuar a ser. Descobrimos um país onde ninguém o via. Descobrimos caminhos marítimos para novas riquezas e novas glórias. Descobrimos a Europa e estamos a fazer muito por ela. Talvez o nosso grande desígnio para o séc. XXI seja a descoberta de nós próprios enquanto povo. Daqui a 10 ou 20 anos a Marca Portugal, através de cada português, irá viver novos tempos de afirmação no mundo pela consistência da nossa mensagem individual. Espero estar cá por muitos anos para ver em pleno o que está a ser começado agora.
Sr. Nick Knight, apareça por cá daqui a uns anos mas traga muitos rolos. Vai ter de tirar muito mais fotos de figuras brilhantes para conseguir ilustrar Portugal…

in PÚBLICO, Miguel Coelho

ANÁLISE | “New Urbanism”

É uma evidência que as preocupações ambientais estão na ordem do dia. Questões como o aquecimento global e as alterações climáticas fazem hoje parte das preocupações de uma considerável parte da população.

Estas preocupações fazem-se sentir mais rapidamente nos ambientes onde cada vez mais as pessoas vivem, ou seja nas cidades, elas próprias, como organismo primariamente comandado por acções humanas, grandes motivadores dos efeitos globais do efeito de estufa, devido à massiva quantidade de emissões de gases provocadores daquele efeito.

O ambiente urbano é por isso um dos aspectos que imediatamente carece de ser repensado, nomeadamente na forma de estar na cidade e de usar a cidade. As nossas dependências e os nossos vícios.

Na arquitectura, as preocupações em torno da construção sustentável começam a dar os primeiros passos. Alguns arquitectos e urbanistas, com por exemplo o gabinete liderado por Andrés Duany (DPZ), começam já a pensar mais além. Não basta termos casas ambientalmente sustentáveis se por outro lado continuamos altamente dependentes do automóvel, que por sua vez é utilizado para viagens diárias para o trabalho.

O “novo urbanismo” que começa a despontar nos Estados Unidos da América vai ao encontro destas ideias. Todo o espaço construído e não construído (e não só os edifícios por si) deverão ser sustentáveis do ponto de vista ambiental. E não só, por que a nossa saúde e bem-esar também agradecem.

Esta nova filosofia de organização do território assenta em aglomerados de média densidade (que evite por um lado uma dispersão desmesurada da ocupação e o seu congestionamento urbano por outro). Estes aglomerados deverão estar organizados de forma a que habitações, escritórios, lojas e equipamentos estejam acessíveis minimizando a necessidade de utilização do automóvel. Para isso, será igualmente necessário um eficiente sistema de transportes.

Toda esta forma de pensar a organização das cidades e o seu sucesso, está dependente de uma alteração profunda nos modos de vida que estão profundamente enraizados nas nossas sociedades. Portanto, a forma como procuraremos alterar esses hábitos será talvez a tarefa mais difícil.

in Cidade Surpreendente

Reinserção: O rei do caroço de cereja


É assim que Zé Miguel é conhecido entre os presos de Sintra, que o ajudam a fazer as almofadas que está a vender com sucesso na Internet

Os filhos costumavam brincar debaixo do edredão com a almofada de caroços de cereja feita pela avó, no mais puro deleite. “Um dia ocorreu-me, ao olhar para eles, que se a almofada os divertia tanto e lhes dava um prazer tão genuíno é porque também devia ser algo de bom para outras pessoas”, refere José Miguel Amorim (ou Zé Miguel, como prefere ser chamado). Foi assim que nasceu o site www.ricoxete.com, dedicado à venda de almofadas de caroços de cereja, e uma oportunidade de vida para Zé Miguel, que estava há algum tempo desempregado.

Após “uns 50 telefonemas”, Zé Miguel conseguiu montar toda a operação. Registou uma patente e abasteceu-se de 10 toneladas de caroço de cereja, cuja limpeza está a cargo dos reclusos do Estabelecimento Prisional de Sintra, onde já é conhecido pelo ‘senhor do caroço’. Ele próprio escolheu os tecidos das almofadas e ‘adjudicou’ a sua execução às reclusas de Tires, tendo-lhes também oferecido duas máquinas de costura. “É uma experiência muito gratificante trabalhar com pessoas que estão presas”, refere Zé Miguel. “Dá para sentir que de alguma forma estou a colaborar para a reinserção social dessas pessoas”. E garante que uma parcela dos €26,5 do preço por almofada vai direitinho para estes reclusos.

Do que Zé Miguel não estava à espera era do sucesso imediato das almofadas de caroços de cereja - que, aquecidas um minuto no microondas, substituem os habituais sacos de água quente. O Spa Six Senses do hotel Penha Longa, em Sintra, apressou-se a fazer uma encomenda para fins de massagens. O telemóvel, divulgado no site, não tem parado de tocar com inúmeros pedidos. “Ligou-me um senhor a dizer que a filha com quinze dias de vida fica toda satisfeita com o calor da almofada. Eu até me calei. Só lhe dei os parabéns”.


Outra surpresa veio de conversas com médicos, fisioterapeutas e osteopatas, que lhe falaram de diversos efeitos benéficos desta almofada, em particular ao nível da termoterapia. Zé Miguel prefere classificar as tradicionais almofadas que reinventou para consumo moderno como um “produto inovador, honesto, biológico, biodegradável, hipoalergénico e totalmente feito em Portugal”.


Venda nos balcões CTT

Na execução das elegantes embalagens pretas nota-se o cunho do Zé Miguel, que já foi «designer» gráfico no jornal ‘Público’ e se assume como um “homem dos sete instrumentos» (também é formador de condução defensiva de motoristas que transportam matérias perigosas). Mariana, a filha de 8 anos, é que “resolveu o problema do marketing”. “Ia a passar quando vi que ela estava a fazer o trabalho de casa”. A redacção da Mariana, ‘O Jardim das Cerejeiras’, figura agora dentro das embalagens das almofadas num papel preto brilhante com letras brancas.

Os CTT já se mostraram interessados em vender as almofadas de caroços de cereja nos seus 1080 balcões em todo o país. “Será uma forma de chegar ao povo real, que não tem acesso à Internet”, faz notar. Se Zé Miguel arriscou tudo ao produzir 10 mil almofadas de uma assentada, também viu abrir-se uma caixa de Pandora com solicitações inesperadas. “Qualquer dia estou a vender na Rússia. Não sei onde isto irá parar”.

Expresso, Conceição Antunes

Em Bragança há mais que alheiras

Reivindica o melhor para a tua terra é o desafio do Sapo aos 308 concelhos de Portugal

O Sapo adaptou o desafio de John F. Kennedy para picar os habitantes dos 308 concelhos portugueses. A célebre frase do “não perguntes o que o teu país pode fazer por si, mas o que tu podes fazer pelo teu país” transformou-se em “não te contentes com pouco, reivindica mais espaço para a tua terra e divulga o que o teu concelho tem de melhor”. Assim, nem só de ovos moles vive Aveiro nem só de alheiras vive Bragança.

Daqui a duas semanas, o Sapo vai ser visto a colar cartazes para convocar os habitantes dos concelhos portugueses a dotarem-se de iniciativa e aproveitarem o espaço do portal para divulgar toda a informação relevante sobre as suas regiões. A agência Norma Jean é a autora da campanha de publicidade que se propõe a disseminar o chamado jornalismo de cidadania entre os portugueses. Notícias, fotografias e blogues poderão ser divulgados através do Sapo.

Cansados de verem as grandes metrópoles internacionais a terem mais espaço informativo nos «media» nacionais, Abílio Martins, administrador do Sapo diz que esta é uma campanha “brutalmente positiva”, que “aproveita o humor para convocar a população a partilhar os seus interesses com a comunidade de utilizadores do Sapo”.

Esta campanha - que estará presente nos órgãos de comunicação social regionais - visa divulgar as potencialidades do Sapo Local, com conteúdos adaptados à realidade de cada concelho. Também os emigrantes e as populações de outros concelhos poderão, através do Sapo Local, ter melhor percepção das especificidades das localidades. A explicação é que, ao ser conhecido e partilhado, o Sapo Local transforma os portugueses em produtores de conteúdos e integra as comunidades dispersas.

Com cerca de 500 mil visitantes, a vertente local do Sapo pretende funcionar, cada vez mais, como um sítio de referência, conhecido por agregar toda a informação disponível sobre uma área e, além disso, por estar aberto à actualização permanente. No fundo, o objectivo é funcionar como um fórum, com troca de informações sobre todas as localidades do país.

Além disso, as ferramentas tecnológicas do Sapo permitem que cada utilizador reconfigure a página local de acordo com a sua preferência.

in Expresso

Sonhar acordado


O afastamento da realidade dificulta muitas vezes o desenvolvimento da inovação
Decorreu na semana passada, no âmbito da presidência portuguesa, a PorTI2007, uma mostra de Tecnologias de Informação que contou com a presença de um número significativo de empresas e universidades.

O programa destacou a apresentação da robótica portuguesa, com demonstrações de aplicações diversas incluindo o jogo de futebol, actividade de grande impacto no panorama científico nacional. Não há hoje universidade que se preze que não tenha um robô, de preferência que saiba jogar futebol.

Multiplicam-se entretanto as iniciativas e os aderentes ao Second Life onde, num mundo virtual, se pode aceder a diferentes tipos de actividades que proporcionam lazer e divertimento.

É impressionante a nossa capacidade de adesão e de envolvimento de recursos em temas que estão na moda, independentemente da sua eventual utilidade, o que demonstra uma apetência nata para a aventura e para a descoberta.

Contudo, para se conseguir competir no mercado global, é preciso não só ter a capacidade de criar produtos e serviços inovadores mas também de assegurar a sua evolução e manutenção. Quanto maior é o sucesso de um determinado produto ou serviço, maiores são os requisitos e o esforço para garantir a sua correcta operação e manutenção.

Se é relativamente fácil mobilizar recursos para a descoberta, para trabalhar naquilo que é novo ou que está na moda, torna-se muito mais difícil atraí-los para tarefas de consolidação e suporte a produtos já existentes. Dado que a grande maioria das inovações são do tipo incremental, as oportunidades para que elas ocorram surgem normalmente das tentativas de resolução de problemas concretos. Assim, o afastamento da realidade dificulta muitas vezes o desenvolvimento da inovação.

Não basta sonhar. É preciso conseguir sonhar acordado, transformando os sonhos em realidade.

in Expresso, Paulo Nordeste, Presidente Executivo da PT Inovação

John Wilson, Inside Out, Executive Coatching


"Quando o chefe não delega, o resto da equipa acomoda-se e chega a acreditar que não lhe pagam para ter ideias ou para pensar. É perigoso."

Biogás

Na vila de Mauenheim, no Sul da Alemanha, o agricultor Ralf Keller tinha um problema com o excesso de desperdícios, pois todos os dias fermenta 10 toneladas de cereais, uma tonelada de milho e quatro toneladas de estrume, o que gera uma energia de dois milhões de kilowatt (KW) por hora. Esta é a quantidade de energia libertada pela sua planta de biogás, ou seja, o equivalente a 180 mil litros de óleo/ano e que podiam ser utilizados para aquecer as casas da vila no Inverno.
A fim de utilizar a energia desperdiçada, Keller fez uma parceria com uma empresa local de energia solar, a Solarcomplex, que construiu 2,5 quilómetros de cilindros subterrâneos que transportam agora esta energia aos habitantes de 400 casas para aquecimento. Estes consumidores pagam 4,9 cêntimos por KW, um valor muito mais baixo em comparação com o preço do óleo.

São inúmeras as pequenas vilas candidatas a este sistema, embora tenham inimigos pela frente. Os poderosos gigantes de energia como a E.on, a RWE ou a Vattenfall já começaram a pensar em soluções para este novo tipo de concorrência.

DN Online

Biomassa

O BCSD Portugal com o patrocínio da Sonae Indústria, lançou a versão portuguesa da Publicação Biomassa do WBCSD.

A Biomassa, a mais antiga forma de energia renovável, tem sido utilizada desde há milhares de anos.

Contudo, a sua taxa de utilização relativa decresceu com o aumento da utilização de combustíveis fósseis. Actualmente, cerca de
13% do abastecimento mundial de energia primária é garantido pela biomassa, mas existem grandes diferenças regionais: nos países desenvolvidos cerca de 3% das suas necessidades energéticas são garantidas pela biomassa, enquanto que no continente africano a taxa varia entre os 70-90%.

Com o crescente protagonismo dos efeitos ambientais, tais como as alterações climáticas, por todo o lado o Homem está a redescobrir as vantagens da biomassa:

  • A redução das emissões de carbono, se geridas (durante a produção, transporte e utilização) de forma sustentável;
  • O aumento da segurança energética pela diversificação das fontes de energia e utilização de fontes locais;
  • A criação de proveitos adicionais para os sectores agrícola e florestal;
  • A redução de resíduos.

Gestão do conhecimento no parlamento finlandês



O Parlamento da Finlândia implementou recentemente um sistema de gestão do conhecimento e para o efeito definiu qual era o papel do deputado na sociedade do conhecimento.

Neste documento, «Developing and Implementing Knowledege Management in the Parliament of Finland», estão definidas as competências de conhecimento de um deputado, a sua missão de conhecimento para com a sociedade e a metodologia que deve desenvolver para implementá-la.

Os finlandeses praticam o que pregam.

in Capital Intelectual

A revolução das micro-algas



A empresa portuguesa Necton é uma das pioneiras mundiais na tecnologia de produção de micro-algas para o fabrico de biocombustíveis. E quer conquistar o mercado das maiores empresas nacionais emissoras de dióxido carbono (CO2)


São plantas unicelulares que se duplicam no prazo de 1 a 5 dias, sendo a sua produtividade 200 a 300 vezes superior à das plantas terrestres. Têm uma capacidade de acumulação de lípidos que pode atingir 60% a 70% do seu peso seco, um valor muito superior ao das sementes de soja (20%) e de girassol (40%). E cada tonelada produzida consome duas toneladas de CO2, isto é, 10 a 20 vezes mais do que as plantas terrestres.

As micro-algas parecem ser um autêntico ovo de Colombo, mas não existe ainda a produção em larga escala desta alternativa amiga do Ambiente, porque a tecnologia para a concretizar está ainda a dar os primeiros passos.

"Destruir a indústria local pode ser bom"



Especialista nas áreas da tecnologia e inovação, Ed Steinmuller, de 55 anos, diz que a qualificação da mão-de-obra, proporcionada pela presença de multinacionais, só tem vantagens quando o conhecimento adquirido é aplicado noutros contextos.


O medo do empreendedorismo é um obstáculo sério à inovação e, mais do que programas de incentivos, é preciso perceber porque é que temos medo de falhar, diz Ed Steinmuller. O professor da SPRU - Science and Technology Policy Research, da Universidade de Sussex, Reino Unido, esteve em Portugal e concedeu ao PÚBLICO uma entrevista onde defende que a globalização, ao destruir a indústria local, pode ajudar um país a competir num cenário mundial

Até que ponto a tecnologia é essencial para inovar?
Durante muito tempo, pensou-se que a inovação estava relacionada com a tecnologia. No entanto, pode ter a ver com mudanças numa empresa, com a forma como pensamos, ou seja, tem também uma dimensão cognitiva. Vivemos numa era em que a economia desempenha um papel dominante no discurso sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Muitas mudanças nas empresas envolvem o uso destas tecnologias e, por isso, dizemos que estão relacionadas tecnologicamente. No fundo, tem a ver com a forma como usamos o papel e a caneta ou o "laptop".
Significa, então, que para obter mais quota de mercado não é essencial usar tecnologia intensiva?
Depende do sector. Nas indústrias científicas não se pode ser competitivo internacionalmente sem a utilização profunda de conhecimento e utilização de tecnologia e ciência. Nas indústrias mais tradicionais, as mudanças organizacionais são tão ou mais importantes do que a introdução de qualquer tipo de nova tecnologia.

Os japoneses são famosos por terem melhorado a produtividade do sistema de produção sem utilizar as TIC. Aliás, fazem-no sem recorrer à electrónica. Utilizam, por exemplo, sistemas de cartões de papel. Pensa em tecnologia quando se fala num processo como este?

Não, mas se pensar, por exemplo, em empresas como a Toyota, a tecnologia é indissociável.
Sim, mas a verdade é que a Toyota tem tudo a ver com pessoas e pouco a ver com tecnologia. O que os administradores da empresa fizeram foi pensar que nunca iriam igualar os norte-americanos em termos de capacidade de investimento e equipamento para produzir em massa. Tiveram, então, de usar os recursos humanos de forma mais produtiva e estabeleceram formas de produção em que cada trabalhador faz múltiplas tarefas. Só depois chega a tecnologia.

Hoje são os fabricantes norte-americanos a imitar o sistema de produção da Toyota. Onde é que está a inovação?
Podemos mesmo dizer que copiaram a Toyota. Há uns anos escrevi um artigo com o meu colega Nathan Rosenberg chamado "Why are Americans Such Poor Imitators?" (Porque é que os americanos são tão maus imitadores), para a "American Economic Review". Concluímos que ser capaz de imitar é fundamental para o progresso tecnológico. E, imitar bem, normalmente implica uma adaptação à cultura e à tradição local.

Todos os países querem ter no seu território multinacionais que tragam a tão esperada inovação. Será mesmo obrigatório dar contrapartidas?

Os governos não têm necessariamente de oferecer vantagens e benefícios às empresas para que se instalem no seu País, mas há muitos sítios no mundo onde isso acontece. Por isso, é preciso decidir se vale a pena ou não entrar nesta competição.
Dou um exemplo: Em finais dos anos 90, houve na Costa Rica uma espécie de saldos para a instalação de unidades tecnológicas. Do género "é tudo gratuito se vierem viver connosco". Em Março de 1998, a Intel abriu duas unidades fabris e um centro de distribuição que geraram 3500 postos de trabalho. Esperava-se que houvesse actividades tecnológicas, mas a verdade é que esta é uma fábrica de trabalho intensivo e uma operação com pouca tecnologia (ou com tecnologia importada).

Os postos de trabalho criados não são um benefício suficiente?
Não, porque neste caso as expectativas não se concretizaram no que diz respeito aos efeitos indirectos.

Que efeitos são esses?
A mão-de-obra local obtém formação, não graças a um conhecimento específico, mas graças à experiência que ganha ao trabalhar num ambiente tecnológico. Essa experiência muda a visão que os trabalhadores têm da indústria e estimula-os a aplicar esses conhecimentos noutros contextos. Em alguns locais, esse conhecimento morre com as pessoas, nunca encontra terreno fértil para crescer, mas noutros torna-se na base de crescimento para novos negócios.

E porque é que nuns países o conhecimento desaparece com as pessoas?
Há dois factores. Um é o medo do empreendedorismo, que envolve riscos e o fracasso, que é visto por toda a rede social. Outro factor, prende-se com o facto de, no esforço de proporcionar igualdade, o Governo estabelecer leis específicas, restritivas, e esse ambiente pode pesar no nascimento de novas empresas.

Países como Portugal devem estimular a actividade empreendedora para sobreviver no mundo global?
Penso que é uma questão quer de reflexão individual, quer de acções governamentais. É preciso pensar: Qual é a nossa situação actual? Até que ponto queremos apostar no empreendedorismo e em novas iniciativas? Se quisermos, de facto, apoiar o nascimento de novas empresas é preciso perceber o que é que, na nossa sociedade, está a atrasar o processo.

Há culturas mais propensas a inovar?
A inovação é um processo social, envolve pessoas, linguagem, percepção e, por isso, difere de cultura para cultura. Podemos imaginar o mesmo, mas a forma como o fazemos difere e depende de uma linguagem cultural específica.

A educação tem um papel fundamental?
Sem dúvida. Haverá sempre alguém, em qualquer ponto do mundo, que se destaca e traz novas ideias. A questão é saber se tiveram a oportunidade de implementar essas ideias no seu próprio país ou se tiveram de ir para outro local.

Que papel desempenha o Estado na estimulação da inovação?
O que um Governo pode fazer é encorajar os que desafiam as normas socialmente aceites. Em qualquer sociedade há pessoas que acreditam nas suas ideias e ignoram o que os outros pensam. Essa pessoa seguirá em frente se tiver uma oportunidade. O Estado pode ter um papel a desempenhar.

Mas o empreendedorismo depende mais das pessoas e das ideias do que do Estado...
Acredito que sim. Criam-se programas e incentivos com mais frequência do que seria desejável e pensa-se que as pessoas não vão fazer nada se não tiverem um empurrão. Em vez de oferecer subsídios, devemos focar-nos nas razões que levam os indivíduos a não ter uma atitude empreendedora. O que difere uma sociedade da outra são as barreiras à mudança.

Pensa que globalização é uma ameaça à inovação?
Sem dúvida.

De que forma?
Destrói a indústria local. E se esta não existe, não há recursos para investir em inovação.

Que oportunidades podemos, então, explorar?
Destruir a indústria local pode ser uma coisa boa.

Uma coisa boa?
Sim.

Porque, assim, teremos de criar outro tipo de indústria que possa competir de forma global?
Exactamente.

Ou seja, regressamos ao mesmo tema. Temos de falhar primeiro para mudar.
O medo de falhar é um impedimento à mudança. A globalização aumenta as oportunidades de especialização. No caso concreto de Portugal, é preciso mais oportunidades para aprofundar a especialização. O futuro não passa pela competitividade salarial.

[01-06-2007] [ Ana Rute Silva, Público ]

Patent Search

Mais uma surpresa da Google.
Com esta ferramenta é possível pesquisar as patentes nos EUA.

Numa Era em que o conhecimento é o factor diferenciador, a possibilidade de consulta a patentes semelhantes às diversas áreas de estudo é uma enorme mais valia para o conhecimento individual e colectivo.

Mais uma boa notícia das terras de Mountain View!

Bridging the Broadband Gap



Realizou-se no passado dia 14 e 15 de Maio em Bruxelas a conferência "Bridging the Broadband Gap", cujo objectivo foi o de sensibilizar os governos regionais para a importância da cobertura de banda larga nas regiões rurais.

Entre as conclusões configura a importância dessa cobertura na "Diversificação das actvidades económicas [no meio rural] para a criação de emprego e para uma melhor utilização das tecnologias de informação, nomeadamente para a dinamização de teletrabalho e para o suporte à criação e manutenção de actividades económicas em zonas rurais"

Bill and Steve



Juntar estes dois senhores é uma proeza.

forbes.com

Seminário sobre biocombustíveis


A Confederação dos Agricultores de Portugal vai realizar a 5 de Junho, em Santarém, um seminário subordinado ao tema "Biocombustíveis Líquidos e as Oportunidades para a Agricultura Nacional".
A 6 de Junho e em conjunto com a Federação dos Produtores Florestais de Portugal e o grupo Portucel Soporcel levam a cabo, no âmbito do programa da Feira Nacional de Agricultura de 2007, o seminário Aproveitamento de Biomassa Florestal para Fins Energéticos (ficha de inscrição).

Abaixo Filosofia Garfield

"A noção de que a investigação e o conhecimento são inúteis, e de que nem a investigação nem o conhecimento (nem as ideias) se comem, ou não se comem logo no dia seguinte, está na origem do atávico atraso português. E ironicamente, também da nossa barriga vazia."

Manuel António Pina
Esta frase decora o topo do Inovação ... dá que pensar!

Resumindo, a filosofia Garfield não dá bons frutos!!! É necessário apostar no conhecimento e procupar-se com o que nos rodeia, mesmo que aparentemente não nos diga respeito.



O problema está detectado (falta de investigação e conhecimento). Esta falha tem a agravante de estes dois conceitos serem traves-mestras do futuro, não fosse esta a Sociedade do Conhecimento e do Saber ...

Portugal ocupa o 34º posto, entre 125, no Fórum Económico Mundial. As causas apontadas para esta classificação são:
  1. falta de sofisticação nos negócios,
  2. fracos processos produtivos,
  3. deficientes estratégias de Marketing,
  4. receio em delegar.
Solução reinventar as nossas organizações.

Cinco princípios fundamentais, para sobreviver aos mercados em constante mutação:
  1. Melhorar as condições de trabalho: segurança, higiene, saúde

  2. Criar estruturas organizacionais que confiram maior autonomia aos colaboradores

  3. Apostar na progressão nas carreiras com base no mérito

  4. Estabelecer horários flexíveis

  5. Aproveitar as potencialidades das novas tecnologias ao nível: da gestão, da organização e da formação.

Estes princípios não são mera teoria, são linhas orientadoras provenientes da prática ... O mundo mudou ... ou se entende isso ou se encosta, que atrás vem gente.


"O negócio hoje não é dinheiro, é informação"
Peter Druker

Augusto Mateus


O Prof. Augusto Mateus deu uma entrevista ao programa Balanço & Contas da RTP2.

Um vídeo a não perder.

Louco, génio e humano (racional e sentimental)- Tríade da Inovador

“Aqui estão os malucos, os desajustados, os rebeldes, os causadores de problemas, o pino redondo no buraco quadrado, aqueles que vêem as coisas diferentes. Eles não seguem as regras, eles não tem nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, não concordar com eles, você pode glorificá-los ou odiá-los, mas você não pode ignorá-los, porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana em frente, e enquanto alguns os vê como malucos, nós vemos gênios, porque as pessoas que são malucas o suficente para pensar que podem mudar o mundo, são justamente as pessoas que irão fazê-lo.”

Apple Computer, Setembro de 1997.

Acompanhando o espirito mais ligeiro do Frederico, que até nos trouxe um poema, deixo este anúcio penso ser inspirador ...

Inovar, ser louco, ser génio, rebater o comum, caminhar pelas veredas abandonadas, procurar ser mais, ser tudo no pouco que se faz ...

... estas são idéias soltas que me ficam ao ver esta publicidade! ... penso que inovar passa por uma agregação delas todas. Inovar não é algo apenas racional, tem muito de sentimento, de inspiração ... de humano.

Poema de Joao Ferreira(*)




Inovar é um desafio permanente
Colocado a cada dia e a cada hora
Inovar é caminhar um passo à frente
Aceitar o risco que é latente
É espalhar ideias de mil formas

Inovar não é mais do que parir
Um fruto de um sonho cor de rosa
Inovar é dar corpo e dar formato
Ao bizarro, absurdo e caricato
Conjugado numa ideia luminosa

Nós temos de ser postos à prova
Assume o risco
Inova...


(*) Taxista em Lisboa

in Inovar.te 4

"Europa precisa de novos desafios ao nível da ciência e inovação"

Desenvolvimento e Inovação
"Europa precisa de novos desafios ao nível da ciência e inovação"
A ideia foi defendida pelo comissário europeu para a Sociedade de Informação que entende que a Europa deve continuar a desenvolver esforços no sentido de se tornar o território mais competitivo do mundo.

Carlos Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico, defendeu ontem em Guimarães a ideia de uma Capital Europeia da Inovação como uma forma de incentivar a investigação e a inovação no território europeu.

Para além de Carlos Zorrinho, esteve também presente o secretário de Estado da Ciência e da Tecnologia, e ainda o comissário europeu para a Sociedade de Informação, num encontro que reuniu em Guimarães representantes de 15 laboratórios europeus de investigação (os chamados Living Labs).

As várias intervenções do encontro focaram de forma transversal a necessidade de aproximar o desenvolvimento tecnológico e a inovação dos cidadãos, promovendo o crescimento e a criação de emprego – objectivos fundamentais da Estratégia de Lisboa.

A rede europeia de Living Labs pretende ser uma oportunidade importante para alcançar aqueles objectivos, mediante o estabelecimento de desafios concretos. O comissário Ulf Dahsten lançou exemplos como a criação de sistemas de energia e de transportes não poluentes ou ainda a necessidade de criar um sistema de saúde inovador que tenha em consideração o aumento da população idosa em toda a União Europeia.

O seminário decorre até amanhã, 23 de Maio.

in reflexodigital.com

Estado é quem mais investe nos SIG

Além das instituições estatais, também as empresas de telecomunicações, banca e utilities começam a recorrer aos serviços georreferenciados disponibilizados a partir da Internet

Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são uma importante ferramenta de apoio à tomada de decisão e servem de complemento a várias outras aplicações, como sistemas de gestão integrados, business intelligence ou aplicações customer relationship management.

Das inúmeras vantagens que se podem enumerar à utilização dos SIG, a valorização da informação sobre o território nacional para a criação ou implementação de legislação nas mais diversas áreas é um dos factores de destaque. É importante que um Estado conheça a realidade do seu território ao detalhe. Só desta forma é que em muitas situações é possível actuar em conformidade com o interesse público.



Texto completo em Semana Informática

Ivity

Nasceu a Ivity Brand Corp,S.A., uma nova empresa especialista em criação, gestão de marcas e programas de inovação, pelas mãos de Carlos Coelho e Paulo Rocha.

Carlos Coelho e Paulo Rocha, os criadores da Novodesign, em 1985, e da Brandia, em 2002, lançam, a partir de hoje, o seu novo projecto, após 14 meses de ausência do mercado, por imperativos contratuais.

Surge assim a Ivity, uma empresa portuguesa com um espírito internacional.
Para os fundadores, esta não é apenas mais uma agência de publicidade. Aliás, não é uma agência de publicidade no sentido tradicional do termo. Estes pretendem colocar todo o conhecimento desenvolvido ao longo dos últimos 20 anos ao serviço de quem pretenda investir seriamente na sua marca. A nova empresa vai ter todas as valências necessárias à criação, gestão, monitorização e implementação de programas integrados de marca, ou seja, o centro do trabalho a desenvolver será sempre a marca.

Com a Ivity, nascem também muitas aspirações, os dois criativos afirmam que tudo vão fazer para que, nos próximos anos, voltem a ser líderes de mercado, tornando-se, novamente, numa referência nacional na criação e gestão de marcas. Além disso, querem começar já com projectos internacionais, em quase todos os continentes.

Para Carlos Coelho, os concorrentes serão todas as empresas que levarem muito a sério a criação e gestão de marcas e, nesse sentido, acredita que o mercado está globalmente carente, uma vez que ainda existem muito poucas. Assim, diz que, sem nenhum desrespeito pelo talento de inúmeros profissionais que estão espalhados pelo mercado, considera que os principais concorrentes serão as grandes casas internacionais de branding e inovação como a Saffron ou a IDEO e ainda um conjunto de factores que muito o entristecem e que parecem difíceis de eliminar: o improviso (no mau sentido do termo), a ignorância, a falta de ambição e o temor ao risco.

O investimento inicial será de 250 mil euros e poderá ascender a 1 milhão, caso no primeiro semestre sejam contractualizados um número de clientes que assim o justifique. O crescimento da empresa será feito de acordo com as exigências especifícas de cada cliente, uma vez que as relações contratuais terão um período mínimo de 18 meses.

O capital inicial foi subscrito na sua totalidade por Paulo Rocha e Carlos Coelho, estando, no entanto, desde já previsto que possam existir outros accionistas, sendo que ambos entendem que a empresa deverá ter como principais accionistas os seus funcionários.

in Marketing on line

Biocombustíveis relançam agricultura



NEGÓCIOS VERDES A chegada dos biocombustíveis aos depósitos dos nossos automóveis está a originar uma corrida à produção de cereais e oleaginosas. Os projectos inovadores sucedem-se

O discurso político em torno da emergência dos biocombustíveis ia subindo de tom, e Fernando Penha, 58 anos, engenheiro agrónomo de formação, sabia que corria contra o tempo para provar que em Portugal aquela planta também poderia vingar e ser rentável do ponto de vista da exploração em grande escala.

A colza, uma crucífera da família da couve e do nabo, produz uma vagem cujos grãos contêm um elevado teor de óleo e é considerada uma das matérias-primas mais adequadas à produção de biodiesel. No entanto, não havia (e ainda não há) tradição desta cultura em Portugal.

Fernando Penha decidiu que ia preencher essa lacuna e não perdeu tempo. Visitou vários países europeus onde a colza é cultivada com sucesso, marcou presença em algumas feiras e eventos ligados ao sector agrícola e, em 2005, regressou de Paris entusiasmado com certos resultados que acabara de ver.

texto completo em Expresso

Casa em Leytron, Suiça de Nunatak Architects









Rede Cidades Medias



O CIUMED, projecto financiado pelo programa comunitário INTERREG IIIB SUDOE, que decorreu entre Janeiro de 2003 e Novembro de 2005, teve como objectivo principal contribuir para a promoção, no sudoeste europeu, de um sistema policêntrico e equilibrado de cidades capaz de transmitir a todos os municípios, por mais pequenos que fossem, os impulsos do desenvolvimento económico e do bem-estar social.

Portugal inside

O modelo israelita


Embora a maioria das tecnológicas nacionais prefira começar por conquistar referências no mercado interno, há alguns empresários que defendem o chamado modelo israelita - que tem dado origem a numerosas empresas de sucesso internacional - que passa por (quase) ignorar o mercado interno, apostar tudo no mercado evoluído e com escala, como os Estados Unidos. Essa é a opinião de Paulo Rosado, director-geral da Outsystems. “Quando se tem produtos testados e inovadores a nível internacional deve-se fazer todos os esforços e entrar o mais rapidamente possível no mercado norte-americano. Trabalhar no mercado nacional para ter escala e referências pode ser uma perda de tempo”, defende Paulo Rosado.

texto completo em Expresso

LIDOCAR


Cada vez se torna necessário LIDOCAR ...

Mas o que é isso de lidocar?

Lidocar é uma nova palavra ou melhor um acrónimo. Reúne as várias facetas fundamentais do fenómeno empreendedorismo e traduz como funciona a mente de um empreendedor.
Lucro
Inovação
Dinamismo
Oportunidades
Criatividade
Autonomia
Risco

A nossa sociedade não tem carência de talentos, mas talvez o tenha de empreendorismo, é bom que esta nova palavra entre nos dicionários e inspire as acções dos portugueses.

Seja positivo e Lidoque sem esquecer que o insucesso faz parte da actividade empreendedora, não desista ...

Engenharia natural

A Engenharia natural utiliza técnicas ainda pouco conhecidas e utilizadas em Portugal, ao contrário de outro países europeus.

Sao técnicas baseadas em critérios mecânicos, biológicos e ecológicos, que se caracterizam pela utilização conjunta de materiais de construção vivos e inertes.

Utilizados na estabilização e controlo de erosão em margens de linhas de água ou em taludes de redes viárias. Renaturalização, quando se pretende repor as condições naturais do local através da implementação de vegetação autóctone. Paisagísticos, quando se pretende enquadrar a intervenção com a zona circundante.
São uma boa alternativa ás técnicas agressivas, que utilizam o betão, quer em termos ambientais e paisagísticos como económicos.

Mais informação em Apena e Engenharia Verde

Ideia retirada aqui.

"Quem nao muda vira poste"

VIGORA há 30 anos um pacto de regime sobre a lei laboral em Portugal. Um pacto de silêncio, sustentado por falta de coragem política e pela nossa tradicional tendência para nos «encostarmos» às instituições e aos direitos adquiridos. Nenhum partido, nenhum líder ou governo ousou sequer propor o debate sério sobre este tema.

texto completo em Expresso

"O Novo Capital" III

"Portugal precisa de se tornar Plano. Portugal precisa de ganhar Rede. Portugal precisa de entrar na Rede. Portugal precisa de passar a estar na Rede. Não é um acto administrativo. Não se faz por Decreto. Faz-se dia-a-dia. No interior, no litoral. Muito nas Cidades, mas também nas zonas rurais. Cada vez menos em Lisboa. Cada vez mais nos quilómetros do território. Andar em Portugal é perceber que a oportunidade da Competitividade não está perdida. Mais quenunca, está em cima da mesa, Não a qualquer preço. Com e para as pessoas. Com a coesão social."

in "O Novo Capital" de Francisco Jaime Quesado, edição RESXXI

Inovar.te na Prova Oral

Vasco Sousa e André Sousa estiveram no Programa da Prova Oral a falar sobre inovação.

Um programa a não perder.

Networking



Decorreu esta manhã a conferência «Policies for regional innovation clusters» na Comissão de Coordenação da Região Centro, apresentada pelo norueguês Arne Isaksen.

Foram enumeradas as "boas práticas" das políticas de dinamização/constituição de clusters e apresentados os casos de sucesso na Noruega, medidos pelos nrs. de trabalhadores que afectam: Dezenas de milhares em alguns casos!

Aparentemente, não existe qualquer impossibilidade de Portugal constituir nos seus territórios diversos tipos de clusters. Aliás, existe um obstáculo. APENAS UM: INCAPACIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DE "NETWORKING"

Portugal ainda vive a fase em que considera o vizinho da frente é o seu concorrente, e por isso dorme com os seus conhecimentos debaixo da almofada. Um dia, daqui a muitos anos, vamos descobrir que os nossos concorrentes mais próximos moram a 1000 kms da nossa sede e que esses, tomaram conta do mercado porque constituíram parcerias locais, regionais, nacionais e continentais.

Identificado o óbice do atraso estrutural de Portugal, vamos combatê-lo:

PROCURE PARCEIROS PARA PARTILHAR CONHECIMENTO

PARTICIPE EM "MAILING LISTS", NÃO AS UTILIZANDO APENAS PARA SABER O QUE OS OUTROS PENSAM

SEJA POSITIVO: PENSE GLOBAL

"O Novo Capital" II

"A Europa está em Mudança. Portugal está à Espera. Nos ciclos turbulentos da globalização, eficiência é sinónimo de actuação estruturada e sustentada. Portugal tem uma oportunidade única de fazer da "governância regional" um acto decisivo no sucesso da construção duma sociedade do conhecimento competitiva e justa que todos ambicionamos."

in "O Novo Capital" de Francisco Jaime Quesado, edição RESXXI

"O Novo Capital" de Francisco Jaime Quesado



"(...) Não se pode conceber uma aposta na competitividade estratégica do país sem entender e atender à coesão territorial, sendo por isso decisivo o sentido das efectivas apostas de desenvolvimento regional de consolidação de "clusters de conhecimento" sustentados.

O papel das pessoas é decisivo. São cada vez mais necessários "actores do conhecimento" capazes de induzir dinâmicas de diferenciação qualitativa nos territórios. Capazes de conciliar uma necessária boa coordenação das opções centrais com as capacidades de criatividade local. Capazes de dar sentido à "vantagem competitiva" de Portugal, numa sociedade que se pretende em rede."


Leitura recomendada.
Edções ResXXI

Comando de elite portugues desembarca na baía do Seixal

Acçoes de visibilidade!

Segundo uma notícia de hoje no Público, o Primeiro Ministro Finlandês envolveu-se num qualquer romance que saiu publicado pela respectiva parceira. Tanto quanto me lembro, esta prática anda cada vez mais difundida em nome de um mercado literário àvido em fofocas domésticas.
Mas, há um elemento curioso neste caso. A relação desenvolveu-se fundamentalmente em trocas de sms e o seu término também foi comunicado por esta via.
Incrivel! Estes tipos, que são a economia NOKIA, até nos romances "do chinelo" promovem os seus produtos.

Did you know...?

Algo que todos deveríamos saber.

Premio COTEC


"O Prémio COTEC, no valor de 100 mil euros, que tem o patrocínio do Banco BPI, visa distinguir uma PME portuguesa que se tenha destacado no panorama nacional pelo seu envolvimento num projecto inovador."

A COTEC Portugal é uma associação empresarial sem fins lucrativos que tem como missão promover o aumento da competitividade das empresas localizadas em Portugal através do desenvolvimento e difusão de uma cultura e de uma prática de inovação.

texto completo em Diário Económico

As Cidades e a Inovação


É esta difusão em rede da "inovação" que se pode dinamizar com o projecto da "Capital Europeia da Inovação", reconhecendo que quando se fala de "inovação" está a falar-se de "organizar" objectivamente o processo da "inovação" criando as infra-estruturas necessárias e as redes relacionais adequadas à consolidação duma "pulsão" inovadora através da Europa.

Estamos a falar de uma convergência entre o processo político – a gestão da cidade e das suas áreas de influência – e o processo económico – o reforço das condições de competitividade da região e das empresas nela localizadas.

Artigo interessante que confronta o actual modelo de desenvolvimento com a Estratégia de Lisboa.

Mais uma síntese de conceitos!

"future is not about technology, is about emotion"

Trancoso vai ser «cidade biológica»

Vai ser a primeira em Portugal a acolher projecto e uma das primeiras do mundo
O Tribunal Europeu do Ambiente anunciou este sábado que vai instalar um projecto-piloto em Trancoso com vista à elaboração de uma «cidade biológica», informou à Agência Lusa o seu director no final de um encontro anual.

Segundo Emanuel Dimas de Melo Pimenta, arquitecto e músico, no encontro que decorreu entre quinta-feira e sábado naquela cidade, ficou estabelecido «colocar um projecto piloto em Trancoso, para a elaboração de uma cidade biológica, a primeira em Portugal e talvez umas das primeiras do mundo».

O projecto, adiantou, deverá avançar ainda este ano e será coordenado pelo arquitecto António Cerveira Pinto.

«Poderá - precisou - servir de base para o projecto que ele tem para Lisboa, que visa transformar a cidade e a região do Vale do Tejo na 1ª Grande Área Metropolitana Sustentável da Europa».

A ideia do arquitecto, projectada para ser desenvolvida na era pós-petrolífera, assenta na utilização de energias e meios de transporte alternativos e na «penalização de todas as industrias produtoras de CO2», como revelou durante o encontro anual daquele Tribunal, onde expôs o projecto, que está englobado na acção «O Grande Estuário».

O projecto baseia-se num novo conceito energético que prevê a reconversão de toda a economia da região da capital e numa clara aposta em desportos e actividades não poluentes, bem como o recurso a meios de transporte «amigos do ambiente».

Outra das decisões dos participantes no encontro internacional - realizado sob o tema «As Origens do Futuro» - está relacionada com a criação de um observatório «de todos os processos ambientais e sociais, a expandir entre a Índia, os Estados Unidos da América e Portugal», indicou Emanuel Dimas de Melo Pimenta.

A acção a desenvolver «nos próximos meses» servirá «para compreender as mudanças das nossas sociedades a todos os níveis e descobrir novos caminhos em termos ambientais».

in "Diário Digital"

Investimento em equipamentos cria défice no crescimento global de Serviços de TI em Portugal

O ritmo de crescimento para o sector de Tecnologias de Informação no mercado nacional é superior à média registada no resto da Europa o que leva a IDC a prever que entre 2005 e 2009 o investimento no sector leve a um crescimento acumulado de mais de 40 por cento em Portugal, mais 10 por cento do que é esperado no resto da Europa ao longo do mesmo período.

Contudo, é o mercado de equipamentos que obtém maior investimento por parte das empresas nacionais, superando os 54 por cento face aos "34 por cento da média europeia". Esta é uma realidade que tende a agravar com o aumento do peso específico do hardware, que deverá atingir os 60 por cento em 2009, em detrimento do sector de serviços, ou seja, o contrário do que se pode observar na Europa, onde este sector ocupa uma posição dominante.

A IDC reforça a sua previsão ao referir que, excluindo os serviços de outsourcing, o crescimento global dos serviços de TI entre 2005 e 2009 é seis por cento inferior aos valores registados nos restantes países europeus.

Estima-se que discrepância de investimentos entre os dois sectores acarrete impactos negativos ao nível da actividade dos fornecedores de TI, que obtêm "margens de lucros mais reduzidas na comercialização de equipamentos que em prestações de serviços", e nos índices de produtividade e competitividade dentro da comunidade utilizadora, já que a falta de investimentos gera "um fraco nível de definição estratégica e de planeamento", o que para a IDC é reflexo da lacuna estrutural existente no segmento empresarial português.

Paralelamente, também os investimentos em software representam valores superiores aos registados na média europeia, embora estejam abaixo dos números requeridos para a recuperação do atraso tecnológico e de organização. Mais uma vez, o crescimento neste segmento, é impulsionado pela actualização tecnológica e não tanto pela necessidade de investimento em aplicações e ferramentas de desenvolvimento.

Para 2006, a IDC, estima que o mercado global de TI seja dominado por um crescimento moderado, onde os principais players serão obrigados a repensar a sua "oferta de produtos e serviços em função das oportunidades de fusão e aquisição" e as estratégias de inovação - ao nível de clientes, de modelos de distribuição e de venda -, "adequados a um ambiente competitivo e em rápida mutação".

Contudo espera-se que as TIC obtenham um crescimento moderado, o que se reflecte junto dos fornecedores que apostam em novos produtos e serviços, mais modelos de negócio e "novos tipos de relacionamento com a comunidade utilizadora".

A aquisição de pequenas empresas, com especializações em determinados segmentos de mercado, assim como as fusões entre organizações continuarão a desempenhar um papel relevante junto do redimensionamento das empresas fornecedoras.

Prevê-se que o modelo Open Innovation venha potenciar a criatividade a partir de fontes externas à empresa, o que poderá trazer grandes mudanças ao nível de vários segmentos, "desde o open source até outras comunidades mais fechadas", já que, utiliza os benefícios da Internet para "acelerar o aumento da produtividade, constituindo uma importante contrapartida aos efeitos igualizadores da globalização", diz a consultora.

São esperadas novas versões de implementação online de aplicações por parte dos líderes de software aplicacional e estima-se que o "efeito Google" venha a expandir-se o que implica um impacto ao nível dos modelos de distribuição de software, agregação de conteúdos, publicidade, comunicações e media. Também os sectores financeiros, de transportes, de viagens ou de leilões iram sentir os reflexos desta tendência tecnológica, diz a IDC.

No entanto, a previsão aponta para a supremacia da tecnologia na oferta de serviços às empresas e aos consumidores, o que aumenta o "número de fabricantes de equipamentos extra-informática e o aumento da oferta de BPO".
in tek.sapo.pt

Na rota da inovação

A capacidade de integrar tecnologias e gerar soluções para problemas complexos constitui um nicho de negócio em que Portugal pode ter cada vez mais reconhecimento e visibilidade global.


Não foi por acaso que a Comissão Europeia escolheu Portugal para organizar conjuntamente o primeiro Seminário de Alto Nível sobre boas práticas no âmbito da Agenda de Lisboa. Sob o lema ‘Excelência e Parcerias para uma Europa Inovadora’, uma dezena de boas práticas foram apresentadas. Dessas, duas são portuguesas. A primeira resulta da promoção de condições favoráveis à criação de empresas inovadoras, domínio em que Portugal foi recentemente classificado como ‘Top reformer’ pelo Banco Mundial. A segunda, partilhada com Espanha, é a criação de um Instituto Internacional de Investigação no domínio da Nanotecnologia, que reunirá 200 investigadores de alto nível - 1/3 portugueses, 1/3 espanhóis e 1/3 recrutados a nível mundial.

Também não foi por acaso que Portugal foi escolhido para a realização em Dezembro da Cimeira Europeia de Capital de Risco, na qual 200 investidores e instituições de investimento de toda a Europa discutirão tendências emergentes nos mercados das biotecnologias, das tecnologias da informação e da energia e interagirão com 150 empresas inovadoras - entre as quais 50 portuguesas - em busca de financiamento. Esse evento, que congrega em simultâneo quatro iniciativas no domínio do capital de risco e um concurso de empresas inovadoras, marca uma nova etapa na relação da economia portuguesa com as faixas mais dinâmicas da economia europeia e mundial.

O desenvolvimento acelerado do processo de globalização colocou Portugal - uma pequena economia aberta e fortemente exposta ao comércio internacional - perante um extraordinário desafio de modernização. Sem poder continuar a competir com base nos baixos custos dos factores de produção e sem dispor de uma base de qualificação capaz de fazer a diferença, Portugal apostou numa agenda de inovação e de modernização tecnológica, de forma a poder intervir no jogo da competitividade em pé de igualdade com as economias mais desenvolvidas.

Com o Plano Tecnológico e a resposta estimulante que instituições e sociedade civil têm dado à sua agenda, Portugal pode ambicionar ter de novo uma palavra a dizer como território de oportunidade e inovação. Na recente visita a Espanha, o Presidente da República surpreendeu o Rei de Espanha oferecendo-lhe um produto inovador de concepção portuguesa. Aí testemunhei como muitos empresários portugueses inovadores surpreenderam os espanhóis pela qualidade dos seus projectos e propostas de negócio. A capacidade de integrar tecnologias e gerar soluções para problemas complexos constitui um nicho de negócio em que Portugal pode ter cada vez mais reconhecimento e visibilidade global.

in Expresso, Carlos Zorrinho, Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico

Regiões Inovadoras na Europa



"A rede de Regiões Inovadoras na Europa é uma plataforma de colaboração e intercâmbio de experiências entre regiões que estão em desenvolvimento ou a implementar estratégias de inovação com abrangência regional.(...)"

Visita obrigatória a quem se interessa por desenvolvimento regional.

Um regresso às origens

Agricultura biológica é âncora do Valmonte, que tem Espanha como meta

As videiras acabaram de ser vindimadas na quinta de Borba com 27 hectares que alberga o Hotel Valmonte. Os hóspedes também foram convidados a apanhar e a pisar uvas. “O vinho é um elemento fundamental do nosso conceito turístico de regresso às origens”, esclarece Artur Lourenço, o empresário que transformou um ermitério do séc. XVIII “que era uma ruína” num hotel de charme com 14 quartos, após investir de 2 milhões de euros “sem quaisquer ajudas”.

A grande marca do projecto hoteleiro é a agricultura orgânica que lhe serve de suporte. Além de vinho, aquela quinta produz azeite e todo o tipo de legumes e frutas, como maçãs, nêsperas, figos, ameixas, romãs ou melões “com estrume de cabra ou ovelha”, inteiramente para consumo dos hóspedes. “Tudo o que se come aqui são produtos naturais e é feito por cozinheiras do antigamente. Os ovos são das nossas galinhas e o porco preto do nosso vizinho”.

O Hotel Valmonte inaugura oficialmente em Novembro, e se tiver boa aceitação irá marcar o arranque de uma cadeia, que pode vir a abrir umas seis unidades em Espanha, segundo os cálculos do empresário. “Dentro de um ano já saberei se o conceito funciona. Mas julgo que poderá chegar a quatro hotéis em Portugal”, adianta Artur Lourenço, que já identificou o Douro como local privilegiado para outro hotel com o mesmo tipo de atmosfera.

Neste projecto, cuja marca também está nas obras de arte espalhadas pelas salas, no Spa com vista para as laranjeiras ou na simpatia do pessoal alentejano - para não falar nas plantações de lúcia-lima, alfazema ou rosmaninho que dão o nome aos quartos -, os turistas espanhóis são um mercado-alvo.

Proprietário da Sittis, empresa de motivação humana com escritórios em Portugal e Espanha, Artur Lourenço já garantiu a ocupação do hotel em Borba por vários meses com formação para quadros de grandes companhias. Também aqui se marca a diferença: “Despimo-los todos logo na recepção, tiramos-lhes os telemóveis, brincos e relógios. Vão ter de sobreviver como se fossem monges e fazer a sua própria comida. No fim deste retiro, vão repensar a sua actividade com outros olhos”.



in EXPRESSO, Conceição Antunes

Promoção Regional



A publicidade em atrelados de grandes dimensões não é nova. Antes pelo contrário, faz parte da tradição que "digam" algo do género "Sociedade Portuguesa de Mudanças e Tranportes - Viúva Nascimento" "Transportes Nacionais e Internacionais"!
O inovador nesta campanha de Óbidos é que se trata da promoção regional apoiada por agentes empresariais locais. São as sinergias a funcionar, entre interesses públicos e privados, que podem potenciar resultados inovadores para um concelho marcadamente Turístico.

Car-Sharing



Li hoje na Revista Grande Reportagem, que está nos seus últimos numeros de existência, um artigo sobre um novo conceito de partilha de viaturas nas grandes cidades europeias.
Pelo que percebi, existe uma organização tipo "gestão de condominios" que gere um conjunto de viaturas, propriedade de um alargado nr. de proprietários (30 por cada viatura), estacionadas em ruas pré determinadas.
Essas viaturas podem ser requisitadas a qualquer momento e no acto da requisição é indicada a hora de devolução no mesmo local.
Ora em Portugal, onde o "são só dez minutos" impera, este sistema estaria condenado ao fracasso caso não venha a existir um sistema altamente condenatório aos "atrasados".

As vantagens obvias deste sistema são ambientais, face à redução de viaturas nas grandes cidades, e económicas uma vez que "lá fora" este sistema tem uma joia anual entre os 200 e os 650 euros anuais em função do nivel de utilização.

Resta acrescentar que na cidade do Porto esta iniciativa está a ser desenvolvida com a participação dos STCP (transportes colectivos do Porto). E esta hein?!

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