Plano de promoção turística conta com 50 milhões de euros
Mon, Feb 26 2007 08:51
| Cultura, Desenvolvimento Local
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O Plano de Promoção tem a garantia de que nos próximos três anos contará com níveis de apoio no mínimo idênticos aos agora anunciados. Parte do dinheiro, segundo o DN apurou, será aplicado na promoção da Marca Portugal, estando o restante vinculado às regiões de turismo e à realização de eventos. Segundo as mesmas fontes, por cada euro de contribuição privada, as entidades públicas locais deverão avançar com idêntica quantia, enquanto o Turismo de Portugal deverá despender quatro euros. Segundo o Governo, as novas regras, que contemplam lógicas de "concentração e selectividade do investimento", pre- vêem igualmente "mecanismos mais exigentes de acompanhamento e avaliação" da actuação das agências regionais.
O Governo garante que o Plano de Promoção "visa sustentar a dinâmica de crescimento do turismo português registada em 2006". Tem por missão "indicar os mercados externos a contemplar prioritariamente, os produtos turísticos a privilegiar em cada região e no todo nacional e os instrumentos promo- cionais mais apropriados".
O PENT, apresentado em Janeiro de 2006, visa assegurar, no horizonte de 2015, um aumento da contribuição do turismo para o PIB, bem como incrementar o emprego qualificado. Divide-se em cinco eixos estratégicos. O primeiro, denominado "território, destinos e produtos", identifica dez pólos de atractividade, que vão desde a gastro- nomia e vinho até ao tradicional sol e mar, passando pelo turismo cultural e paisagístico, o turismo de natureza, os congressos de negócios ou o golfe. Saúde e bem-estar, turismo residência, promoção das cidades e actividades náuticas compõem o port-fólio identificado. "Marcas e mercados", "Qualificação e recursos", "Distribuição e comercialização" e "Inovação e conhecimento são os restantes eixos do PENT.
in DN, Márcio Alves Candoso
"Famílias pedem à banca 58 milhões por dia"
Sat, Feb 24 2007 08:47
| Actualidade
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O semanário EXPRESSO faz hoje referência ao crescimento do endividamento das familias portuguesas.
Recordo-me que nos finais dos anos 90, o aumento do endividamento das famílias era uma manchete frequente.
A dúvida surge no momento desta notícia: Como é que nos dias de hoje pode existir esse aumento de endividamento não produtivo, estando a economia numa fase letárgica?

Por outras palavras: Estaremos a "consumir" de forma sustentável? Estarão as opções de consumo/vida do passado compativeis com o actual estado económico?
Serão os subúrbios solução para a redução dos custos de vida? Qual o custo económico e em tempo dispendido com transportes para o acesso aos centros empresariais?
Onde está, em Portugal, a qualidade de vida? A que preços?
Recordo-me que nos finais dos anos 90, o aumento do endividamento das famílias era uma manchete frequente.
A dúvida surge no momento desta notícia: Como é que nos dias de hoje pode existir esse aumento de endividamento não produtivo, estando a economia numa fase letárgica?

Por outras palavras: Estaremos a "consumir" de forma sustentável? Estarão as opções de consumo/vida do passado compativeis com o actual estado económico?
Serão os subúrbios solução para a redução dos custos de vida? Qual o custo económico e em tempo dispendido com transportes para o acesso aos centros empresariais?
Onde está, em Portugal, a qualidade de vida? A que preços?
Alfredo Sfeir-Younis
Thu, Feb 22 2007 02:34
| Educação e Conhecimento, Globalização
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Onde é que Portugal vai estar em 2020?
Se decidir jogar o jogo da globalização, deixar fazer, deixar passar, vai estar numa pobreza tremenda e sem perspectivas.
Como é que pode inverter esse caminho?
Primeiro: mudar radicalmente a educação, para que não seja apenas orientada para o trabalho, mas para a identidade do País.(...)
Segundo: a saúde não pode ser só a adaptação do ser humano à toxicidade , através de medicamentos, tem que se aproveitar os grandes recursos naturais, como as termas.
Terceiro: valorizar, pagar, difundir a cultura, de forma a que os artistas tenham orgulho do que fazem e possam mostrar e ensinar o seu trabalho, e não seja apenas os economistas a receber bons salários.
«Intelligence» à francesa
Sat, Feb 17 2007 09:05
| Globalização
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A diferença fundamental com a abordagem norte-americana da «intelligence» competitiva resume-se numa frase: “Aos americanos falta-lhes a análise comparada, para olharem em profundidade para o contexto - histórico, cultural, civilizacional, geográfico, jurídico. Por isso, a grelha «standard» da análise concorrencial americana, que muita gente importa, falha, diz-nos Christian Harbulot, 54 anos.
Autor de várias obras sobre o tema, o fundador da Escola de Guerra Económica (uma escola de negócios centrada no tema da «intelligence») justifica assim o porquê de uma “linha” autónoma, francesa, na matéria.
Essa diferença de enfoque repercute-se, tanto na recolha de informação estratégica e na decisão de acções de influência e posicionamento no campo da internacionalização das empresas, como na diplomacia económica oficial, seja ela governamental ou, inclusive, das instituições de um dado território (região, pólo de competitividade, município) ou «cluster».
“O contexto histórico e cultural do que investigamos é peculiar a cada caso. Se olharmos às potências que se movem hoje em dia no xadrez mundial, elas não têm as mesmas raízes nem os mesmos objectivos. Uma abordagem linear e generalista não serve de grande coisa, ou pode levar a erros grosseiros”, remata o fundador da Escola, que, fazendo jus ao nome, não fica longe do «campus» da Escola Militar francesa, ao fundo do Campo de Marte, no centro de Paris.
“A análise americana falha muito na compreensão dos fenómenos assimétricos”, reforça Harbulot. Estes hoje em dia não são exclusivos do terreno geopolítico e militar, mas já há muito invadiram a área da própria ‘microeconomia’.
Não é uma dança de salão
Inesperadamente saltam para o mercado novos constrangimentos - ecológicos, bioéticos, civilizacionais - com os quais os gestores não estão habituados a lidar.
Também a emergência - não só dos BRIC como de muitos outros países outrora englobados na designação Terceiro Mundo - “é muito mal compreendida: há dificuldade em perceber como eles funcionam, e como tomar decisões”.
Inclusive, muita gente não entende que muitos grupos e multinacionais dos países emergentes, mas também de países ‘ocidentais’, actuam concertadamente com os objectivos de potência do seu próprio país.
Por isso, diz o chefe da EGE, uma escola que faz este ano dez anos: “A «intelligence» implica combate, não é propriamente uma dança de salão”. E não tem dúvidas: “Tem de se ser agressivo se se quer estar na ofensiva”. E, nesta postura, há um ingrediente fundamental: “antecipar, ser pró-activo”.
O paradoxo francês
Mas a crítica à ‘linha’ americana não significa que Harbulot esteja satisfeito com o que se passa dentro de casa: “A cultura francesa empresarial não é uma cultura de partilha. Isso é histórico entre nós. Temos poucas lógicas de cooperação e há, ainda, uma cultura de segredo nos meios patronais. Muitos decisores continuam a achar que o que é sigiloso e está escondido tem mais valor”. O que leva o fundador da Escola de Guerra Económica a ironizar: “É uma contradição bem francesa. Temos uma ferramenta de «intelligence» mais rigorosa, mas temos uma antiquada cultura patronal. Será que isso é próprio dos latinos?”.
in Expresso, Jorge Nascimento Rodrigues
Hamburgo é a primeira cidade europeia em 3D no Google Earth
Wed, Feb 14 2007 06:57
| Educação e Conhecimento, Globalização
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Ao todo, serão mais de dois mil os edifícios que poderão ser visitados a 30 centímetros de distância virtual, naquela que será a primeira cidade europeia em 3D na conhecida ferramenta.
Ainda não existem datas para Hamburgo estar acessível online, mas sabe-se que o nível de detalhe com que serão apresentados os edifícios será surpreendente.
A escolha da cidade alemã aconteceu graças aos esforços desenvolvidos pelo município, em conjunto com iniciativa privada local, que abordou o Google no sentido de avançar com a ideia.
Actualmente, só cidades norte-americanas podem ser vistas em detalhe no Google Earth, embora na maior parte dos casos somente alguns edifícios estão acessíveis em pormenor, como é exemplo a Golden Gate em São Francisco.
As cidades europeias desenhadas em 3D não são novidade, uma vez que, por exemplo, Paris ou Florença já estão no Cybercity, no entanto, encontram-se apenas acessíveis em dvd. Hamburgo será a primeira a estar ao alcance de qualquer um que possua a ferramenta Google Earth.
in Semanário SOL
António Borges critica projectos como Ota e TGV
Tue, Feb 13 2007 02:22
| Ordenamento ou falta dele
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O economista António Borges criticou quinta-feira à noite a vontade do Governo em construir o aeroporto da Ota e o comboio de alta velocidade TGV.
Perante centena e meia de pessoas, no jantar- conferência da Liga de Amigos da Casa Museu João Soares, em Leiria, o ex-governador do Banco de Portugal, advertiu que «é preciso muito cuidado, porque quando se canaliza a energia do País para certos projectos, está-se necessariamente a descurar outros».
Para António Borges, o nosso problema fundamental «é o das empresas, da competitividade, que é onde temos de apostar e depois, se isso correr bem, então vamos às infra-estruturas».
«Os grandes projectos públicos continuam a ser identificados como sinónimo de progresso. Toda a gente gosta de ter boas estradas, comboios rápidos ou belíssimos aeroportos, mas não é isso que vai resolver os problemas das empresas, da concorrência, da manutenção dos postos de trabalho», reafirmou.
O vice-presidente do banco de investimento Goldman Sachs lembrou que «o país europeu que tem tido mais crescimento económico é a Irlanda, que praticamente não tem auto-estradas, tem um aeroporto que é uma vergonha e não tem um único comboio rápido».
O economista exemplificou também com Inglaterra, país onde vive actualmente, apontando os aeroportos da área de Londres, «onde os aeroportos são uma coisa sinistra, mas eles não constroem novos, quando muito limitam-se a ampliá-los».
Diário Digital / Lusa
Perante centena e meia de pessoas, no jantar- conferência da Liga de Amigos da Casa Museu João Soares, em Leiria, o ex-governador do Banco de Portugal, advertiu que «é preciso muito cuidado, porque quando se canaliza a energia do País para certos projectos, está-se necessariamente a descurar outros».
Para António Borges, o nosso problema fundamental «é o das empresas, da competitividade, que é onde temos de apostar e depois, se isso correr bem, então vamos às infra-estruturas».
«Os grandes projectos públicos continuam a ser identificados como sinónimo de progresso. Toda a gente gosta de ter boas estradas, comboios rápidos ou belíssimos aeroportos, mas não é isso que vai resolver os problemas das empresas, da concorrência, da manutenção dos postos de trabalho», reafirmou.
O vice-presidente do banco de investimento Goldman Sachs lembrou que «o país europeu que tem tido mais crescimento económico é a Irlanda, que praticamente não tem auto-estradas, tem um aeroporto que é uma vergonha e não tem um único comboio rápido».
O economista exemplificou também com Inglaterra, país onde vive actualmente, apontando os aeroportos da área de Londres, «onde os aeroportos são uma coisa sinistra, mas eles não constroem novos, quando muito limitam-se a ampliá-los».
Diário Digital / Lusa
Peso do VAB dos sectores de média-alta e alta tecnologia no total do VAB, 2001
Mon, Feb 12 2007 10:44
| Globalização
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Referendo sobre a Interrupçao Voluntaria da Gravidez
Mon, Feb 12 2007 01:18
| Actualidade
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A esperança da Formação Profissional...
Sun, Feb 11 2007 08:34
| Desenvolvimento Local, Empregabilidade, Globalização
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Não são ainda conhecidas as reacções dos parceiros sociais à proposta de reforma da formação profissional que o Governo apresentou hoje na Concertação Social. O Programa Operacional do Potencial Humano prevê mobilizar 6,1 mil milhões de euros, ou seja, 28% dos fundos estruturais da União Europeia para o período de 2007 a 2013 afectos ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
É unanimemente reconhecido o défice de trabalhadores qualificados em Portugal e a diferença de produtividade entre a média nacional e a média da União Europeia. É uma realidade esmagadora!
Sabemos também que o QREN é o último pacote de ajudas comunitárias que Portugal irá receber com o objectivo de financiar o desenvolvimento estrutural e sustentável e a competitividade.
Quem é que não tem presente o fracasso da utilização dos fundos comunitários na educação e formação, os escândalos à volta do Fundo Social Europeu e a falta de transparência e ausência de exigência na sua afectação, o descalabro dos resultados não obtidos?
Independentemente das alterações que o Governo pretende introduzir nos critérios de elegibilidade da formação a financiar e no modelo institucional da sua gestão, diria que é fundamental que a concretização do Programa Operacional do Potencial Humano, e em particular da reforma da formação profissional, se mova por critérios de resultados e não se cai de novo no esquema de "financiar" tudo e todos.
Para tal, são condições exigir responsabilidade na utilização dos fundos públicos, através por exemplo da partilha de custos entre o público e o privado, e dispor de mecanismos efectivos de controlo de resultados e de prestação de contas.
Nunca é demais lembrar os erros cometidos no passado e a necessidade e urgência de uma rigorosa e criteriosa utilização destes fundos, numa derradeira corrida contra o tempo, transformando esta última oportunidade num verdadeiro desafio nacional.
Espero para ver que garantias é que o Governo vai apresentar para assegurar a transformação do padrão de qualidade do nosso nível de educação e formação, que se apresenta hoje altamente desqualificante para Portugal.
Aqui, as políticas públicas têm uma palavra a dizer!
in Quarta República, Margarida Corrêa de Aguiar