Novos Povoadores®

Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

PT cria 700 empregos em Castelo Branco


"O Grupo Portugal Telecom vai abrir em Castelo Branco um centro de atendimento que abre portas à criação de cerca de sete centenas de postos de trabalho. Um acordo recente com a câmara albicastrense permite não só o avanço deste empreendimento como o arranque das obras de rebaixamento do actual edifício da empresa na cidade, no âmbito do Programa Polis.
Uma dupla-operação que a edilidade recebe de braços abertos.


A Portugal Telecom e a Câmara de Castelo Branco vão assinar na próxima semana um protocolo que vai abrir portas à instalação de um centro de atendimento (call center) daquela empresa na cidade albicastrense. Um equipamento que logo à partida garante a criação de cerca de sete centenas de postos de trabalho, uma vez que é uma estrutura que irá funcionar durante 24 horas com 266 posições de atendimento.
De acordo com aquilo que “Reconquista” conseguiu apurar, os “call centers” são centrais onde as chamadas são processadas ou recebidas e que tanto podem estar ao serviço da própria Portugal Telecom como de outras empresas a quem esta presta serviços. Aliás, este factor é considerado hoje em dia por diversos especialistas como “uma ferramenta altamente competitiva, em segmentos como telemarketing, vendas a retalho, serviços financeiros, pesquisas de mercados e tratamentos de inquéritos, entre outros”. Com diversos “call centers” espalhados pelo país (em cidades como Porto, Coimbra, Évora ou Bragança) o certo é que o de Castelo Branco vai ser o maior fora de Lisboa e a importância desta operação vai fazer deslocar à cidade albicastrense o actual presidente executivo da PT, Miguel Horta e Costa, para se sentar à mesa com os responsáveis autárquicos locais. Em reuniões prévias com o presidente da câmara Joaquim Morão ficou tudo acertado para a instalação deste centro em Castelo Branco, bem como os procedimentos a tomar daqui em diante para o rebaixamento do actual edifício PT na cidade, uma obra envolvida na operação Polis que ainda decorre. Segundo apurámos, essas obras no edifício não condicionam a abertura do “call center”, uma vez que pela sua dimensão este equipamento será colocado em funcionamento noutra zona da cidade. A câmara, segundo confirma ao “Reconquista” Joaquim Morão, está ainda a equacionar qual o melhor local para o instalar, dentro dos equipamentos que tem disponíveis em zonas centrais da urbe albicastrense.
A importância dos “call centers” Numa altura em que as novas tecnologias são avidamente disputadas como armas de competitividade entre empresas, e até entre cidades, a criação deste centro em Castelo Branco vem criar diversos impactos positivos na região, sendo o mais visível à partida, como atestam várias fontes, o do número de postos de trabalho que fixa na cidade. Os próprios responsáveis da PT Contact (empresa do Grupo PT que explora este mercado), num jantar que decorreu com empresários da região na passada semana (ver peça ao lado) destacavam a sua actualidade como “sendo locais onde se disponibiliza a melhor tecnologia de última geração para agilizar e operacionalizar as acções ali desenvolvidas”. Na prática, hoje em dia, já muita gente entrou em contacto com centros deste género, sem o saber, porque quando se telefona para a PT ou para outra empresa na realidade a pessoa não sabe se o atendimento está a ser feito naquele local ou num centro de atendimento especializado. “Podemos criar valor aos nossos clientes”, refere um responsável da PT Contact, “fidelizando e melhorando os níveis de interacção com os seus clientes”. Ou seja, para além de servir a própria estratégia da PT, “se uma outra qualquer empresa quiser nós podemos trabalhar para ela e inclusivamente instalar um centro de contactos dentro das suas próprias instalações com material e pessoal nosso”.
Para Joaquim Morão, esta operação com a PT é duplamente feliz para Castelo Branco. Cria emprego e concretiza a aspiração há muito desejada de resolver a questão do edifício da empresa nesta cidade, considerado unanimemente como um mamarracho. “Empenhámo-nos bastante nesta dupla-operação, sobretudo nesta nova questão do «call center» já que vai certamente gerar fixação de pessoas e mais desenvolvimento numa área de futuro”, refere o autarca, acrescentando que “temos revolucionado a cidade em muitos aspectos, temos contribuído para a criação de emprego, mas pela sua dimensão este é um empreendimento que vai deixar uma marca muito positiva”.
A resolução da questão do edifício merece-lhe também uma palavra:
“recentemente apresentámos em Assembleia Municipal a solução final para aquele espaço que vai rebaixar o edifício e requalificar a praça envolvente, ficando a cidade a ganhar uma nova zona”. A concluir adianta que “este é um excelente acordo para Castelo Branco e para a própria empresa”.
José Júlio Cruz"

Fonte: Reconquista

Inovação & Inclusão: "Roteiro para a Ciência"


Inicia-se hoje a rúbrica "Inovação & Inclusão" no blogue Beira Medieval(*).
Esta rúbrica merecerá todas as terças feiras um desenvolvimento sobre esta temática, demonstrando que a aplicação mais nobre para a inovação tecnológica é a inclusão territorial do Interior na projecto económico português.
O futuro da mesma será ditado pelo interesse que obtiver da sua parte! :-)

Já usei no passado um "Roteiro" do Presidente da República para um post, que foi curiosamente o mais comentado até hoje.

Numa óptica pessoal, as temáticas lançadas pelas "altas figuras do estado" devem ser exploradas pelos grupos minoritários para demonstrar a necessidade de medidas mobilizadores de desenvolvimento. No caso concreto do Blogue Medieval, a temática da inclusão é um excelente rastilho para demonstrar que a homogeneização do território nacional é a medida necessária para a desejada competitividade de Portugal.

Com isto, adianto que o primeiro post será dedicado ao Roteiro para a Ciência!


(*) Blogue inicial onde se iniciou a rúbrica que é actualmente nome de um blogue próprio

Presidencia Aberta: Roteiro para a Inclusão e Contra a Pobreza



No âmbito da primeira presidência aberta, Cavaco Silva surpreendeu os autarcas com declarações concisas sobre as necessidades REAIS para o desenvolvimento integrado do país.
O maior responsável pela remodelação de equipamentos sociais em Portugal disse que as prioridades actuais passam pela intervenção social. Em concreto, pela inclusão social de jovens e idosos.
Por outro lado, referiu a necessidade de medidas estruturantes para a competitividade económica do interior do país.

Foi aqui que inovou: A competitividade portuguesa passa pela homogeneização do território, explorando as vantagens regionais das diferentes organizações. E, aliando intituições regionais ao vigor de outras mais competitivas, poderemos encontrar um caminho para sermos mais fortes.



Por outras palavras, o sucesso económico português passa por parcerias inter-regionais heterogéneas, permitindo a optimização de recursos humanos e financeiros. Além da partilha de conhecimentos!

A pergunta que se coloca é: Em que medida podem as Câmaras promover esses projectos, sem a utilização de MAIS recursos financeiros?

"Apimentando" um pouco mais: Que saidas profissionais pode esperar a "GERAÇÃO DO CONHECIMENTO" no INTERIOR?

Interioridade: Vantagem ou desvantagem?



A propósito do post sobre a evolução da população de Trancoso, iniciou-se uma interessante discussão que venho retomar.
A questão que se coloca é se, nos próximos 20 anos, a "interioridade" é genericamente um factor de diferenciação positiva ou negativa!
Esta minha dúvida advém da constatação que os decisores nas médias organizações vivem cada vez mais a centenas de kilometros dos seus escritórios, convertendo as tradicionais reuniões em teleconferência ou em conferência telefónica.

Alguns dados que vale a pena revelar: O tráfego rodoviário de ligeiros nas autoestradas revela deslocações para os grandes centros entre as 18 horas de domingo e as 10 horas da manhã de segunda. Tráfego no sentido inverso entre as 18 horas de QUARTA FEIRA e as 24 horas de sexta feira. Sendo que entre quarta e quinta feira fazem o circuito inverso 50% dos automobilistas que na noite de domingo se deslocaram para os grandes centros urbanos.
O intercidades e a Rede Expresso revelam os mesmos dados...
Os empresários nacionais de grandes organizações trabalham habitualmente um a dois dias por semana apartir das suas residências. Tratando-se de empresários que têm conseguido encontrar novas oportunidades de negócio para este periodo de estagnação económica em Portugal, não creio que estejam a "dormir" nesses dias de ausência ás suas sedes profissionais.
A reflexão que estes dados nos merece é se não estamos perante uma nova tendência de êxodo urbano (seiscentas referências em lingua portuguesa) sendo as cidades do interior as beneficiárias desse êxodo.

Por outras palavras, se exemplos como o Burgo Medieval de Colleta Di Castel Bianco (na foto) não irão polvilhar o nosso território nacional.

e-Aldeia



Colleta Di Castel Bianco é um burgo medieval em Itália.
Abandonada pelos seus habitantes, que se foram deslocando para o litoral, esta aldeia foi posteriormente adquirida por um fundo imobiliário para desenvolver um conceito inovador: Aldeia Digital

O conceito é simples: Longe da confusão das grandes cidades, venha viver ou passar uns dias a uma aldeia que está ligada ao mundo. Isto significa que este burgo medieval tem assegurada ligação de banda larga de internet e televisão permitindo que decisores, gestores e criativos possam teletrabalhar para as suas organizações a partir de um lugar com características deslumbrantes.

Estando o nosso país repleto de aldeias abandonadas, com acesso à banda larga, este conceito tem todas as condições para se propagar em Portugal.

O Espírito da Descoberta

Terminou hoje o 1º Evento da Fundação para as Artes, Ciências e Tecnologias – Observatório – “O Espírito da Descoberta”, que teve lugar na cidade de Trancoso. Contou com a presença de personalidades das mais variadas disciplinas e de diferentes países, tais como: EUA, Hungria, Itália, Holanda, Polónia, Inglaterra, Suíça, Portugal e Brasil.

Entre estes os oradores, estiveram René Berger, Joseph Brenner, Gonçalo Furtado, Alex Adriaaseen, Roy Ascott, Marcos Novak, Gyorgy Darvas, Giorgio Alberti e António Cerveira Pinto

Para além das conferências, tiveram ainda lugar três exposições de importância internacional: Dove Bradshaw de Nova Iorque, cujos trabalhos integram os acervos de Metropolitan Museum MOMA Whitney entre outros; Monika Weiss, nascida na Polónia, celebre artista, actualmente professora na Universidade de Washington; Francesco Mariotti, Suíço, cujos trabalhos têm estado presentes em eventos como bienal de Veneza, Documenta de Kassel, Bienal de São Paulo entre outros, há mais de 40 anos...


Nessa ocasião foi ainda apresentado o projecto de arquitectura do Museu do Design do Tempo, da autoria do Arqº Emanuel Dimas de Melo Pimenta
A planteia foi preenchida por artistas, filósofos e cientistas.

Estas iniciativas surgem na continuidade da constituição da Fundação para as Artes, Ciências e Tecnologias – Observatório, em Dezembro 2005, entre a Câmara Municipal de Trancoso e o Arqº Emanuel Dimas Melo Pimenta. O objectivo desta fundação é o de tornar Trancoso num centro planetário para a reflexão sobre artes, descobertas cientificas e filosofia.












Viagem a Lisboa

Estive na passada semana em Lisboa para realizar um conjunto de reuniões.
A primeira surpresa é que a conversa com a Presidente da empresa foi por video-conferência porque está a viver em Serpa.
Depois, para os vários interlocutores a preocupação era em saber como é que poderiam fazer como eu, isto é, trabalhar nas suas organizações apartir da sua terra no interior do país...

Quando sai de uma reunião, estive 30 minutos para andar 5 kms. Depois disso tive uma operação stop onde fiquei retido 10 minutos. A seguir, já na IC 19, fui o primeiro carro a livrar-se de um choque em cadeia que envolveu 10 viaturas.

Para quê palavras! É o resultado de um mau planeamento naquela terra mal frequentada...

Aumento dos combustiveis

Os combustiveis não param de aumentar.
Uma importante percentagem do salário de todos nós vai direitinho para as gasolineiras.
E, não sendo Portugal produtor de petróleo, o défice da balança comercial aumenta de cada vez que um português "enche o depósito"!

A pergunta que se segue é: O que estamos a fazer para reduzir essa dependência? O que estamos a fazer para melhorar o ar que respiramos?

"Nada" é a resposta certa.

...E será que não existe solução?!

Deixo o link para uma entrevista de Jorge Nascimento Rodrigues, onde julgo estar um MOTIVO PARA DEBATE EM TODAS AS ESCOLAS.

Intercidades (novamente)!


Há 4 meses atrás que o meu admirado intercidades falhou comigo. Deixou-me no destino com 1h30m de atraso. Fiz na altura a respectiva reclamação de reembolso a que tinha direito.
Creio que tal atraso mereceria uma ideminização superior aos 30% que efectuaram. Mas em todo o caso lá chegou o cheque...

Ernani e o Turismo


Na véspera do colóquio da AENE Beira sobre Comércio Tradicional, venho transcrever o artigo de Sérgio Figueiredo do Jornal de Negócios.

"Ouve-se, há pelo menos meia década, dizer que o modelo económico português está esgotado. Que não é possível competir a partir de baixos salários. Que é preciso subir na cadeia de valor. Que pata-ti-patata... Mas, quando uma empresa têxtil fecha para abrir na Roménia, o pessoal espanta-se de surpresa.

Quando se constata que, dos grandes projectos, da grande indústria, da produção em grande escala, nem um único parou por cá na última década, é como se fosse uma maldição inexplicável.

Não é. Ou melhor, pode ser uma maldição, mas não é nada inexplicável. Nem sequer de imprevisível. Nada do que está a acontecer à nossa economia é surpreendente. Só que quem foi capaz de perceber o «esgotamento do modelo» recusa, agora, aceitar as consequências.

O país, a Europa, afinal, chegou ao fim de uma linha e não adianta ignorar o significado disso. Menos ainda iludir-nos com a conjuntura, dizendo que o pior já passou. É mentira. Mal começou. Aliás, se alguma coisa segura pode ser dita em relação aos próximos anos, é que vai piorar.

A deslocalização industrial para a Ásia vai continuar. O desemprego industrial, no velhinho sector secundário, continuará a subir. Um país não vai à falência. Mas pode empobrecer. É esse processo que está em curso. Para reverter isso, não há outra alternativa: criar riqueza.

É uma verdade de La Palice, mas às vezes parece que ninguém se lembra disso: temos de procurar aquilo em que o país tem possibilidade de gerar valor, criar riqueza, regressar à prosperidade.
É aqui que entra o turismo e Ernâni Lopes.

O economista, porque apresentou ontem o melhor e o mais completo estudo até agora feito sobre este sector. E o sector porque, no estudo do economista, surge como uma dessas apostas, indiscutíveis, fundamentadas, que o país tem de fazer, neste processo de descontinuidade que a economia portuguesa está a sofrer.

O Turismo. O Ambiente. As Cidades e o Desenvolvimento. Serviços de valor acrescentado. E, acrescenta Ernâni Lopes, provavelmente a economia do mar.

«Reinventando o turismo em Portugal» é um calhamaço de 900 e tal páginas, o produto de dois anos de trabalho de uma equipa de três dezenas de pessoas. Não deve ser lido, mas estudado.

Porque foge às banalidades de sempre. Porque coloca o turismo no lugar em que ele deve estar – não um «caso à parte» do sistema, o alfa e o omega do nosso futuro, a resposta a todos os nossos problemas, que, como se sabe é a melhor maneira de não responder a coisa alguma.

Há dois anos, quando me falaram desta intenção da Confederação do Turismo, torci o nariz. Um mega-estudo, com aquela mega-visão do autor, uma mega-missão, para tudo acabar como o socialismo: dentro da gaveta. Se o inferno está cheio de boas intenções, os nossos cemitérios estão repletos de grandes estudos sobre a economia.

Só que «este» está vivo. E «este» dá-nos uma agenda para uma geração. As carpideiras do regime que parem de chorar o que está condenado, aquilo que não depende da nossa vontade: o têxtil que sai, o IDE que não vem. É um país novo, aquele que Ernâni propõe. Era bom que saísse do livro."
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