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Mark Zuckerberg. O senhor Facebook nasceu para ser líder


O criador do site mais visitado nos Estados Unidos assumiu desde o início o controlo da empresa. O segredo do seu sucesso resume-se a uma palavra: liderança

Em Julho de 2006, um miúdo de 22 anos encontrou-se com o veterano Terry Semel, CEO da mítica Yahoo!, para discutir a venda da sua pequena start-up. Semel ofereceu-lhe mil milhões de dólares (750 milhões de euros) pela rede social só para estudantes que tinha criado dois anos antes. Primeiro o miúdo de 22 anos disse que sim, mas o acordo era apenas verbal. Quando Semel baixou a oferta para 600 milhões e depois voltou a subi-la, o miúdo pensou duas vezes e voltou atrás. Afinal não. Não queria vender a sua pequena start-up por uns impressionantes mil milhões de dólares. Esse miúdo era Mark Zuckerberg e essa rede era o Facebook.

Ninguém queria acreditar no que ele tinha feito; as críticas choveram de todos os lados. Chamaram-lhe de tudo - de presunçoso para baixo. Era de loucos que alguém com 22 anos batesse a porta na cara a um magnata que lhe oferecia mil milhões de dólares. Mas Zuckerberg tinha uma visão muito concreta do que queria para o Facebook e nenhum outro saberia executá-la como ele.

Na altura, o Facebook estava limitado à comunidade estudantil e tinha apenas sete milhões de utilizadores. Hoje, quatro anos depois, ultrapassa os 500 milhões de utilizadores e já é o site mais visitado nos EUA - passou o Google em Agosto. Neste momento, os investidores avaliam o Facebook em nada menos do que 33,7 mil milhões de dólares (25,2 mil milhões de euros). Quem é que é presunçoso agora?

Perceber como Zuckerberg fez isto é fascinante. É certo que a rede social foi recebendo generosas injecções de capital nos anos seguintes, incluindo a entrada de 240 milhões de dólares da Microsoft, que comprou 1% da empresa em 2007. Mas tudo se resume a uma palavra: liderança. Zuckerberg, que fundou o Facebook quando tinha 20 anos, é um líder nato.

Ao contrário do que fizeram os criadores da Google, que entregaram a direcção executiva da empresa a uma pessoa de fora, Zuckerberg assumiu desde o início o controlo da empresa, seguindo um modelo "à la" Bill Gates na Microsoft. Tudo o que acontece de novo no Facebook vem da sua cabeça ou passa pelo seu crivo. Ao longo dos últimos anos, tem cometido vários erros que lhe podiam ter custado caro - mas veio sempre assumir a responsabilidade e controlar os danos. Pessoalmente. Como qualquer líder faria.

A sua característica mais valiosa? Saber rodear-se dos melhores entre os melhores de Silicon Valley. É impossível contar pelos dedos das mãos a quantidade de executivos que foi buscar à Google, a rainha dos motores de busca, onde toda a gente quer trabalhar - ou queria. Para começar, conseguiu convencer Shely Sandberg a deixar a Google e a tornar-se número dois do Facebook - feito que realizou durante uma festa de Natal e, mais tarde, nas pausas para café no Fórum Económico Mundial em Davos. Um CEO de 23 anos a convencer uma veterana de 38 a colaborar com ele só pode ter sido delicioso.

De lá para cá, foi uma sangria total. As contratações cirúrgicas seleccionaram os melhores de empresas como a Yahoo!, Genentech, Mozilla, Bebo, Microsoft, além do regulador de telecomunicações FTC e de um antigo conselheiro da Casa Branca. Até o melhor cozinheiro da Google, Josef Desimone, Zuckerberg foi buscar.

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