Novos Povoadores®

Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

E se de repente alguem lhe pedisse ... uma cunha?

"A lei da cunha prolifera e prospera num sistema que acusa muita burocracia e um défice de meritocracia.(...) O caminho mais fácil é o atalho: se a inovação é uma atitude (a mais estóica) a cunha também o é, e parece que já demonstramos [em Portugal] muito mais experiência em aplicar a segunda."

Texto completo em inovar.te nº3, página 98.

Inovar.te - Nº3

Já está nas bancas o nº 3 da Inovar.te.

Uma revista sobre a inovação, não especificamente tecnológica, e sem elitismos.

Leitura obrigatória a empreendedores, gestores de territórios e estudantes das áreas de economia e de comunicação.

Antonio Barreto

Extrato da entrevista ao Expresso.

Somos os piores dos melhores?

Os mais pobres dos mais ricos, os mais incultos dos cultos, os obsoletos dos modernos. Essa insatisfação é o abismo que vai do que temos àquilo que gostaríamos de ter ou de ser. Vivemos também obcecados com o atraso. Até eu próprio! Eu seria incapaz de dizer qualquer coisa sem dizer que lá fora estão muito mais adiantados. Isto talvez seja comum a toda a gente.

É aí que se identifica com os portugueses?

Sim. Mas eu tenho uma obsessão mais forte que é o desperdício. Os portugueses são dos povos que mais desperdiça. Desde a paisagem ao mar, à floresta, ao dinheiro, aos orçamentos públicos. Desperdiça-se, desperdiça-se…

Como justifica esse desperdício?

Falta a organização, falta a experiência. Temos ainda essa sensação de atraso e de pobreza relativa, e uma vontade de tentar matar a carência secular, que gera uma enorme preocupação no curto prazo: fazer depressa, para ganhar depressa, para ter depressa. Por que é que os países ricos, como a Suíça, desperdiçam tão pouco? Porque é tudo feito sem precipitação.

Ventos da Ibéria



Os espanhóis estão em tudo: na televisão, na banca, na indústria, nos serviços

Para quem leia jornais todos os dias, o fenómeno é incontornável: só se fala da Espanha. Há financiamentos e parcerias, fusões e aquisições, compras e ameaços. O importante é estar. E os espanhóis estão em tudo: na televisão, na banca, na indústria, nos serviços. O tema é redondo: mercado ibérico, economia ibérica, iberismo. E os inquéritos tornaram-se inevitáveis: concorda com a criação da Ibéria? Mas esta é uma coluna de economia, não de política. Fui ver de onde sopra o vento.

Olhando o último quinquénio, verifica-se que o PIB espanhol cresceu a um ritmo de 3,2% ao ano, mais ou menos o dobro da Zona Euro e quase seis vezes o paupérrimo crescimento português. E, se alargarmos o horizonte, o impacto é ainda maior. Há dez anos, o rendimento «per capita» espanhol era igual a 80% da média europeia; hoje é igual a 93%. Mas, no mesmo período, o equivalente português regrediu de 70% para 66%. Que fez a Espanha, e nós não fizemos, para alcançar este sucesso?

Primeiro que tudo, aumentou o PIB potencial. E fê-lo de duas maneiras: por um lado, apostando num modelo que privilegiava o emprego - a taxa de desemprego, que chegou a ultrapassar os 20% da população activa, está hoje na casa dos 7%, em linha com os padrões europeus; por outro, dotando a estrutura produtiva dos capitais necessários - o crescimento do investimento, no seu pico mais alto, chegou a exceder o dobro do crescimento do produto. Melhor era impossível.

Mas, como sabemos, ter potencial não chega. É preciso utilizá-lo. E aqui entra a segunda vaga. A Espanha, beneficiando do facto de ter uma taxa de desemprego muito elevada, controlou exemplarmente os salários, fazendo acréscimos em linha com a inflação e retendo os ganhos de produtividade para embaratecer os produtos. A batalha da competitividade, decisiva nesta fase, foi exemplarmente ganha. E as contas públicas, controladas até ao milímetro, fazem hoje inveja aos melhores.

Tudo bem então em Espanha? Não. De há uns tempos a esta parte, nuvens negras começaram a toldar o horizonte. Primeiro, a componente emprego ficou mais difícil e o crescimento teve de se virar para a produtividade. Depois, a inflação disparou, sugerindo sobreaquecimento e desequilibrando a balança de transacções correntes. E, por último, sobreveio a crise do imobiliário, uma bomba-relógio à beira da explosão. A Espanha de hoje tem semelhanças com o Portugal de 2000. Mas nós falhámos. Será ela capaz de dar a volta por cima?

Eis os ventos que passam. Faz sentido um mercado ibérico? Ele já existe, nas relações de troca que se fazem todos os dias. E uma economia ibérica, no sentido em que duas forças se juntam para criar uma força comum? Nada a opor: o importante é que haja serviços de qualidade a um preço justo, independentemente de quem vier a prestá-los. Então uma Ibéria país? Bom… Não sei… Talvez… Esperem um bocadinho… Senti um calafrio aqui dentro... Serão efeitos de Aljubarrota?...

Claro que isto não é racional. É bloqueio. Mas Ibéria não: eu gosto de ser português.

in Semanário Expresso, Daniel Amaral

Gato Fedorento - Assim não

Contas Regionais do INE: Norte perde peso na economia portuguesa

A economia portuguesa cresceu 0,7 por cento em termos médios entre 2000 e 2003, com a região Norte a perder peso no valor da riqueza criada, segundo as contas regionais do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgadas.

Em termos nominais, o produto interno bruto (PIB) subiu 4,3 por cento nos três anos entre 2000 e 2003, e em termos reais (ou seja, descontando a inflação) subiu 0,7 por cento.

O Norte cresceu menos do que a média, perdendo peso no conjunto da riqueza criada internamente, enquanto a Madeira, os Açores, o Algarve e o Centro registaram taxas de crescimento superiores à média. As regiões Norte e de Lisboa representam, juntas, cerca de 65 por cento do PIB português e 63 por cento do emprego total.

Rendimento disponível subiu 4,8 por cento

O rendimento disponível das famílias portuguesas melhorou 4,8 por cento entre 2000 e 2003, crescendo a um ritmo superior ao da economia, segundo as contas divulgadas pelo INE, com dados definitivos para o período 2000-2003 e preliminares para 2004.

O crescimento do rendimento disponível foi mais elevado no Algarve (6,9 por cento) e na Madeira (6,6 por cento) e mais baixo no Norte (4,1 por cento) e Centro (4,5 por cento), com estas duas últimas regiões a afastarem-se da média nacional.

Os dados do Valor Acrescentado Bruto, uma medida do valor da produção, mostra que a importância do sector primário (inclui a agricultura) baixou nesses três anos, tendo aumentado a do secundário (indústria) e terciário (serviços).

Lisboa é única região com riqueza por habitante acima da média da UE

Lisboa foi a única região do país que conseguiu ultrapassar a riqueza média gerada por habitante no conjunto da União Europeia, entre 2000 e 2004, aproximando-se dos 110 por cento, medida em paridades de poder de compra.

As contas regionais hoje divulgadas mostram que Portugal gerou nesses quatro anos uma riqueza (PIB) por habitante de 77 por cento da produzida pela União Europeia a 25 Estados-membros,.

No Norte, uma região com muitas disparidades, o PIB por habitante em paridades de poder de compra não foi além de 62 por cento da média UE, apresentando-se como a região com maior afastamento face aos parceiros comunitários.

Actividades financeiras e imobiliárias absorveram 1/3 do investimento

As actividades financeiras e imobiliárias absorveram mais de um terço (35%) do investimento português em 2003, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados.

Esta elevada percentagem deve-se sobretudo ao investimento em habitação, segundo o INE, o qual apresenta uma grande disparidade regional (é mais significativo em Lisboa e no Norte).

O segundo grupo de actividades com mais peso no investimento em Portugal foi o de “comércio, alojamento, restauração, transportes e comunicações”, com 22 por cento.

in Público

Turismo em Portugal

Visita obrigatória para quem gosta de Portugal.

A secção multimédia inclui fantásticos videos das regiões portuguesas!




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Plano de promoção turística conta com 50 milhões de euros

O Plano Nacional de Promoção Externa vai contar com 50 milhões de euros já este ano, soube o DN de fonte governamental. Inserido no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), a promoção do País vai ser uma parceria público-privada, cuja cerimónia de apresentação contará hoje com a presença do ministro da Economia e Inovação. Durante o evento, serão assinados os contratos de promoção externa com as cinco agências regionais do território continental - Algarve, Alentejo, Lisboa, Centro e Porto/Norte

O Plano de Promoção tem a garantia de que nos próximos três anos contará com níveis de apoio no mínimo idênticos aos agora anunciados. Parte do dinheiro, segundo o DN apurou, será aplicado na promoção da Marca Portugal, estando o restante vinculado às regiões de turismo e à realização de eventos. Segundo as mesmas fontes, por cada euro de contribuição privada, as entidades públicas locais deverão avançar com idêntica quantia, enquanto o Turismo de Portugal deverá despender quatro euros. Segundo o Governo, as novas regras, que contemplam lógicas de "concentração e selectividade do investimento", pre- vêem igualmente "mecanismos mais exigentes de acompanhamento e avaliação" da actuação das agências regionais.

O Governo garante que o Plano de Promoção "visa sustentar a dinâmica de crescimento do turismo português registada em 2006". Tem por missão "indicar os mercados externos a contemplar prioritariamente, os produtos turísticos a privilegiar em cada região e no todo nacional e os instrumentos promo- cionais mais apropriados".

O PENT, apresentado em Janeiro de 2006, visa assegurar, no horizonte de 2015, um aumento da contribuição do turismo para o PIB, bem como incrementar o emprego qualificado. Divide-se em cinco eixos estratégicos. O primeiro, denominado "território, destinos e produtos", identifica dez pólos de atractividade, que vão desde a gastro- nomia e vinho até ao tradicional sol e mar, passando pelo turismo cultural e paisagístico, o turismo de natureza, os congressos de negócios ou o golfe. Saúde e bem-estar, turismo residência, promoção das cidades e actividades náuticas compõem o port-fólio identificado. "Marcas e mercados", "Qualificação e recursos", "Distribuição e comercialização" e "Inovação e conhecimento são os restantes eixos do PENT.

in DN, Márcio Alves Candoso

"Famílias pedem à banca 58 milhões por dia"

O semanário EXPRESSO faz hoje referência ao crescimento do endividamento das familias portuguesas.

Recordo-me que nos finais dos anos 90, o aumento do endividamento das famílias era uma manchete frequente.
A dúvida surge no momento desta notícia: Como é que nos dias de hoje pode existir esse aumento de endividamento não produtivo, estando a economia numa fase letárgica?

Por outras palavras: Estaremos a "consumir" de forma sustentável? Estarão as opções de consumo/vida do passado compativeis com o actual estado económico?

Serão os subúrbios solução para a redução dos custos de vida? Qual o custo económico e em tempo dispendido com transportes para o acesso aos centros empresariais?

Onde está, em Portugal, a qualidade de vida? A que preços?

Alfredo Sfeir-Younis

(Excerto da entrevista á revista Visão)

Onde é que Portugal vai estar em 2020?
Se decidir jogar o jogo da globalização, deixar fazer, deixar passar, vai estar numa pobreza tremenda e sem perspectivas.

Como é que pode inverter esse caminho?
Primeiro: mudar radicalmente a educação, para que não seja apenas orientada para o trabalho, mas para a identidade do País.(...)

Segundo: a saúde não pode ser só a adaptação do ser humano à toxicidade , através de medicamentos, tem que se aproveitar os grandes recursos naturais, como as termas.

Terceiro: valorizar, pagar, difundir a cultura, de forma a que os artistas tenham orgulho do que fazem e possam mostrar e ensinar o seu trabalho, e não seja apenas os economistas a receber bons salários.
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