por CATARINA CARVALHO
Diogo Vasconcelos fez da inovação a sua profissão. Director internacional da Cisco, vive em Londres mas viaja pelo mundo à procura de experiências social ou economicamente inovadoras. Eis as suas lições sobre inovação que, considera, será a pedra-de-toque para o futuro da economia portuguesa.
«Nem imagina a minha semana passada...», diz Diogo Vasconcelos, às nove da manhã de segunda-feira.
Não é bem assim. Esta entrevista deu para fazer uma ideia: esteve marcada para uma das suas breves passagens por Lisboa, foi desmarcada e remarcada duas vezes e acabou por ser feita por videoconferência entre Porto Salvo e Londres. Tudo por causa dos problemas de agenda de Diogo Vasconcelos. Ele começou essa semana em Bruxelas a moderar um seminário com representantes dos ministros da Ciência dos 27 países da União Europeia (UE) sobre... inovação. E acabou-a em Lisboa numa reunião de um grupo que inclui a Caixa Geral de Depósitos e que pretende trazer capital de risco para jovens e inovadoras empresas portuguesas.
Mas não seria de esperar que o português que mais se dedica ao tema desta revista, a inovação, não tivesse uma agenda tão cheia.
Afinal, Diogo Vasconcelos é presidente da direcção da APDC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações -, director internacional da Cisco, onde coordena vários programas de inovação social como o Social Innovation Exchange - uma organização que reúne ONG nesta área -, presidente e membro de vários grupos de discussão sobre políticas de inovação dentro da UE e conselheiro do Presidente da República, para referirmos apenas as mais significativas.
E tem sido sempre assim. Foi vice-presidente e deputado do PSD. No governo de Durão Barroso, coordenou a Agência para a Sociedade do Conhecimento, que fez o Portal do Cidadão, a banda larga nas escolas, as compras electrónicas, entre outras coisas. E também fez parte da Agência para a Inovação.
Hoje, com 42 anos, este licenciado em Direito, mas que nunca exerceu advocacia, vive em Londres e parece ter encontrado na inovação a palavra-chave para a sua vida. Eis as lições, conselhos e visões de quem anda pelo mundo e acha que neste pequeno rectângulo ainda temos muito que aprender nesta área decisiva para a economia do futuro... e do presente.
Há alguma fórmula, método ou forma de pensar que propicie o aparecimento de novas ideias?
Em Where good ideas come from, Steve Johnson tenta encontrar essa resposta. E conclui que as boas ideias surgem quando diferentes intuições se confrontam. Como criar ambientes propícios a que tal aconteça? Um bom método é criar espaços para que gente com formações diferentes se encontre. Em Copenhaga, três ministérios criaram o MindLab, em que cidadãos são convidados a desenhar novos serviços públicos. A Google permite que os empregados usem vinte por cento do tempo a criar projectos além das suas funções - o Android nasceu assim. Ao contrário do que se ensina nas escolas de gestão, não é nas reuniões formais que se inova. A cafetaria da empresa é mil vezes mais importante do que a sala de reuniões.
Que conselhos daria aos empresários para terem sucesso?
Entrar num mercado em crescimento, onde seja possível fazer algo de verdadeiramente novo. Saber explicar a novidade em poucos segundos. Escolher uma boa equipa, começar pequeno, controlar bem os custos e a tesouraria. Escolher clientes exigentes. Não é um sprint, é uma maratona. Encarar cada «não» como uma pergunta. Ser flexível.
O que define e como se mede uma inovação?
Inovar é imaginar novos futuros possíveis. Quem inova é empreendedor e move-se pelo desejo de deixar uma marca. O economista austríaco Joseph Schumpeter foi o profeta da inovação. Destruição Criativa foi o nome dado a este processo de alterar o statu quo.
Uma inovação dá sempre dinheiro?
Não, inovar implica incerteza. Muitas inovações chegam antes do seu tempo. O primeiro tablet chamava-se Newton, foi lançado pela Apple em 1989 e foi um flop. Doze anos depois, o iPad conquista o mundo.
Quais são os negócios de futuro em Portugal?
Serviços e produtos a pensar no mercado dos seniores. Negócios na área do ambiente, da eficiência energética e da reabilitação urbana. Creio que é daí que virão muitos dos novos empregos.
Costumamos falar do desenrascanço português, desenrascar pode ser sinónimo de inovar?
Os portugueses são criativos, trabalhadores e adaptam-se facilmente a novos contextos. Desenrascar é uma mais-valia, mas cria excesso de confiança. Vale a pena planear. Os planos quase nunca se cumprem, mas ajudam a arrumar ideias, a identificar pontos francos, erros e objectivos.
Quando é que os portugueses foram mais inovadores? E o que é que nos faz falta agora?
Quando se abriram. Quando, confrontados com desafios difíceis, souberam mudar. Temos hoje gente mais qualificada e com mais mundo, empresas muito boas, cientistas de nível mundial e infra-estruturas de comunicações ao nível as melhores do mundo. O que falta? Confiança e capital social. Valorizar o conhecimento. Portugal tem um défice enorme de capital social, fraca mobilidade social e uma enorme incapacidade de gerar consensos sobre o futuro. A Suécia é o que é porque empresários e trabalhadores souberam construir em conjunto. Portugal não tem uma elite comprometida com o seu país, com coragem de intervir na política. Falta valorizar quem empreende, quem cria emprego.
Quem é o político português mais inovador de todos os tempos?
O infante D. Henrique.
Foi conselheiro do Presidente Cavaco Silva para esta área, o que fazia exactamente?
Acompanhava a actividade legislativa do governo e do Parlamento nas matérias ligadas à sociedade do conhecimento. Sugeria iniciativas sobre inovação, aconselhava, fazia a ponte entre a sociedade civil e a Presidência. Tive a responsabilidade da página do Presidente, que entrou no ar no momento da sua tomada de posse.
Já foi deputado e vice-presidente do PSD - continua ligado ao partido. A política portuguesa é um ambiente favorável à inovação?
A política portuguesa está sedenta de inovação. Os partidos deviam assumir-se como plataformas abertas de construção do futuro e não como grupos fechados. Deviam estar mais próximos das populações, abrir espaço a gente com vontade de participar, para além dos formatos tradicionais.
Em que medida é que a inovação é mais crucial, por exemplo, para Portugal do que para a Alemanha?
Para Portugal, a situação é de emergência. Vender mais e mais caro ao exterior implica incorporar mais conhecimento e mais design nos produtos, capitalizar as empresas, diminuir os custos e redobrar os apoios em I&D. A Alemanha é a quarta economia mundial e vai liderar a retoma europeia. Mas até a Alemanha está a mudar. Em Berlim e Munique, o que vemos? Um ambiente multicultural fantástico, atracção de talento de todo o mundo, confiança no futuro... Apesar dos cortes na despesa, a Alemanha vai fazer o maior aumento de sempre no investimento em inovação: mais 16 mil milhões de euros para educação e inovação, um aumento de dez por cento.
É director na Cisco, em Londres, e a sua vida é viajar pelo mundo de um lado para o outro. Que países estão a lidar melhor com os desafios do futuro e onde encontrou melhores exemplos?
Não é preciso ser grande nem central para inovar. Ninguém é demasiado pequeno ou periférico. Os finlandeses, por exemplo, querem dominar no design. Não só industrial mas de serviços. Fundiram três universidades - gestão, engenharia e design - para criar a Alvar Aalto University, que quer ser a primeira universidade de inovação no mundo. O design será neste século o que o marketing foi no século xx. Quando falamos de design, falamos de envolver o cliente na criação do produto. Os focus group já não chegam. Se levarem a sério este desafio de criar com e não para, as empresas vão precisar menos de MBA e mais de antropólogos. Israel é um outro exemplo. Há quarenta anos exportava laranjas e têxteis de baixo valor. Hoje, 53 por cento das exportações são alta tecnologia. É o segundo país mais atraente para capital de risco, o maior investidor mundial em I&D per capita, o primeiro não-americano com empresas no Nasdaq. Uma verdadeira start up nation. Um dos grandes responsáveis por isso foi Yigal Erlich, chief cientist nos anos 1990. Lançou o Yozma que atraiu para Israel a nata do capital de risco mundial. Passou de três a oitenta fundos de capital de risco e de 350 a 3500 start ups tecnológicas.
Na semana passada, esteve em Lisboa para uma reunião de investidores de capital de risco. Será por aí o nosso caminho?
Uma política de inovação mais ambiciosa e radical - um verdadeiro restart - passa essencialmente pela criação de espaço para os novos empreendedores e, em especial, para os mais radicais. Portugal tem de ser um paraíso para os empreendedores ambiciosos, pois só um surto de novas iniciativas empresariais pode criar emprego e abrir perspectivas de futuro. Sem capacidade de se financiarem no exterior e pouco capitalizadas, milhares de empresas podem asfixiar. A inovação incremental destrói emprego, pois estamos a pedir às empresas para serem mais produtivas e isso significa que uma parte da sua eficiência passará por menos gente. Só a inovação radical diminui o desemprego: novas empresas, novos produtos, novos mercados. Todos os estudos evidenciam que essas empresas criam mais emprego, mais qualificado e exportam mais. A nossa política económica devia estar voltada para isso: fazer de Portugal uma start up nation. A actual crise custou à Europa seis milhões de empregos e muitos desses postos de trabalho não vão voltar. É indispensável estimular novas fontes de crescimento. A Europa tem um grande défice de empresas inovadoras, jovens e de crescimento rápido. Nos EUA, entre 1992 e 2005, 64 por cento dos empregos foram criados por empresas com menos de cinco anos.
Como é que a Europa pode encurtar essa distância em relação aos Estados Unidos?
Há dois tipos de inovação, a incremental e a radical. A primeira é fazer cada vez melhor, mais com menos recursos. A Europa é boa nisso. A segunda, significa inventar o futuro. Aqui, os americanos dominam. Veja-se os telemóveis: foram as universidades e as empresas europeias a desenvolver o standard GSM e até há pouco a Europa era rainha e senhora neste mercado. Mas a Apple introduz o iPhone e um mercado totalmente novo, de centenas de milhares de aplicações. A Google reage com o Android, hoje com mais adesões diárias. Em escassos anos, a liderança mundial deste mercado passou para o outro lado do Atlântico, para a Califórnia, o lugar onde nada é impossível.
E onde fica a Europa?
Os programas de investigação europeus - cada vez mais burocráticos - favorecem as grandes empresas de hoje e ignoram as grandes empresas de amanhã. A prioridade europeia devia ser uma nova vaga empreendedora, capaz de criar um novo optimismo e um renascimento económico e social. É vital reforçar o mercado interno, criar um mercado único europeu para a inovação, acabando com a fragmentação actual.
Como?
Olhe, reduzindo drasticamente a complexidade e custos das patentes. Obter uma patente nos 27 países da União Europeia é 15 vezes mais caro do que nos EUA. E precisamos de aumentar o investimento em capital de risco. Os bancos mostram-se relutantes em emprestar a empresas sem colateral, pelo que o papel do capital de risco é decisivo para financiar as empresas. Ora, as empresas com potencial para se internacionalizar têm acesso muito limitado, pois a maior parte dos fundos de venture capital na Europa são pequenos.
Faz parte do grupo Innovation Union (União da Inovação) - que funciona junto da Comissão Europeia. Já conseguiu convencer Durão Barroso e a Comissão das vantagens de apoiar ideias inovadoras em vez de auto-estradas?
A Europa tem de passar das auto-estradas para as redes do futuro: banda larga e redes eléctricas inteligentes. Essas redes são a chave para novos empregos e novos mercados e para a redução de custos. Mas sem novos serviços, a apetência por estas redes ficará muito aquém do seu potencial. O grande driver do progresso terá de ser a criatividade de consumidores e empreendedores. Assim serão criados novos modelos de negócio e estímulo a novos padrões de consumo. Nos anos 1980 e 1990, a agenda da inovação esteve focada exclusivamente nas empresas. Hoje, a Europa precisa de mobilizar a criatividade colectiva para melhorar a capacidade de inovação e responder aos desafios sociais do nosso tempo: o envelhecimento, o desemprego juvenil e a redução das emissões de carbono.
Como é que isso se faz, se temos cada vez menos orçamento e uma enorme pressão para reduzir o défice?
Cortar nos desperdícios é fundamental, mas não chega: fazer mais com menos implica inovar radicalmente. A forma mais fácil de reduzir o défice é cortar nos salários e eliminar e reduzir serviços públicos. A forma mais inteligente é mobilizar a sociedade para criar novas soluções para as questões sociais. Em vez de reduzirmos a oferta de serviços públicos, devemos reduzir a procura. Como se faz? Prevenir o crime fica mais barato do que pôr mais polícias na rua. Se melhorar a autonomia dos doentes com doenças crónicas, estes não precisam de ir constantemente ao hospital. Um tempo de crise deve ser um tempo de criatividade social. E teremos uma nova lógica - sociedade do bem estar (welfare society) e não Estado de bem estar (welfare State). Se se acreditar que o Estado não tem o monopólio do serviço público, pode devolver-se o poder aos cidadãos.
Acha que alguém consegue ter boas ideias neste ambiente deprimido?
Muitas das empresas de sucesso foram criadas em períodos de crise. E todas as grandes recessões do passado foram seguidas por mudanças radicais na estrutura industrial. Na economia privada, o crescimento terá de vir das exportações. Num mundo ligado, os cidadãos de todo o mundo são clientes potenciais e recursos de alta qualidade podem ser encontrados em todo o mundo. Ou seja: nenhum país é, à partida, demasiado pequeno ou periférico. Veja-se a Holanda, a Suécia, a Dinamarca: são países pequenos mas abertos ao mundo, com empresas líderes em múltiplos sectores, um ambiente favorável ao empreendedorismo e uma cultura de rigor, de aposta permanente na ciência, na inovação e na criatividade.
Como é que podíamos estar a aproveitar esta crise do ponto de vista da inovação?
Apostando nos sectores que vão criar mais empregos: ambiente, envelhecimento, reabilitação urbana, indústrias criativas, manufactura flexível. Tornando o Estado um sistema aberto, para permitir colaboração e a criação de novos mercados. Usando o poder aquisitivo Estado para estimular a inovação. Na União Europeia, a contratação pública representa 2,155 mil milhões de euros, o equivalente a 17 por cento do PIB europeu. Nos EUA, o programa de compras do governo federal gera cerca de 1800 novos produtos anualmente, a maior parte dos quais desenvolvidos por PME inovadoras. Sugeria ainda consagrar pelo menos um por cento do orçamento de cada ministério a fundos de inovação social, destinados a financiar as melhores ideias para fazer mais com menos. Nos EUA, foi lançada uma série de fundos desse tipo pelo governo, os quais têm mobilizado milhares de projectos e financiamento privado. Vale a pena, pois, estudar os vários fundos de inovação social lançados em vários países.
Sente que o mundo está, de facto, a mudar de paradigma? Para que paradigma?
Um mundo mais com e menos para. De organizações como hierarquias a organizações como redes. De uma autoridade do topo para baixo a uma autoridade que se ganha pelo respeito entre os pares. De um mundo onde o valor nasce apenas da transacção ao mundo onde se cria valor pela relação. De políticos que falam para nós, para um mundo em que a política é uma conversação. Esta mudança significa que o futuro pertence às marcas, organizações e líderes que se assumirem como plataformas abertas, em que possamos participar na criação do futuro.
Os últimos acontecimentos no Médio Oriente enquadram-se nesse novo paradigma?
Sim. A informação está acessível, a expectativa de participação cresce sobretudo por parte de uma nova geração que não se resigna perante a corrupção e o nepotismo. Tenho andado pelo Médio Oriente e constato que a cultura ocidental é bem mais presente lá do que se imagina. Um dia veremos esta vaga inundar África.
E a manifestação de jovens que está marcada para dia 12 em Lisboa e no Porto também?
Creio que sim.
«Para nós, era inovar para sobreviver»
Isto da inovação é uma paixão. Como é que apareceu na sua vida?
O Rui Marques convidou-me para director adjunto da Forum Estudante, estava a terminar o curso de Direito. Tinha a paixão pelo jornalismo e não hesitei. Pouco depois, a Media Capital decidiu vender a revista e resolvemos assumir nós o projecto. A partir daí, aprendemos a inovar para sobreviver. Não tínhamos estudos sobre o assunto nem a inovação estava «na agenda». Se fizéssemos diferente podíamos competir com quem tinha escala. Assim fizemos, na área do múltimedia e da internet. Mais tarde, lancei a Ideias & Negócios para mostrar um Portugal inovador que não tinha lugar nas revistas económicas e iniciar uma pequena revolução cultural. A revista do «Despeça-se já!» mostrava um Portugal de novos empreendedores, gente com brilho nos olhos, grandes sonhos e ambições. Na ANJE, lancei a Academia dos Empreendedores para aproximar a universidade deste mundo.
Quando lhe fizeram o convite para ir para a Cisco, em Londres, ponderou ou aceitou rapidamente?
Aceitei rapidamente, pois gostei muito do desafio. Vim para Londres em Fevereiro de 2007. Estes quatro anos foram fantásticos e passaram num ápice.
Continua próximo do PSD. Considera regressar e voltar à política?
Não conto regressar à política partidária activa, mas mantenho um empenhamento activo no seio da sociedade civil.
«O direito ao emprego não existe»
Está a par da geração Deolinda e do movimento dos precários? O que lhe parece?
Compreendo a insatisfação e a revolta perante um sistema feito para proteger quem está. Mas, ao contrário do que diz a letra, quem estuda não é parvo, é inteligente. Estudar não é uma forma de obter emprego, é uma actividade indispensável e uma atitude permanente numa sociedade do conhecimento. Ainda mais em Portugal, onde quem tem licenciatura tem ganhos enormes face a quem não é qualificado. O emprego precário cresce porque se teima em manter uma enorme desigualdade entre quem está fora e quem está dentro do sistema.
Do ponto de vista da inovação não há direito ao emprego. Pois não?
Não tenho direito a emprego nem ele é para toda a vida. Se não está disponível, devo poder criar o meu emprego. Quanto ao governo, o que tem feito é piorar a situação: massacra os recibos verdes com impostos, regulamenta até ao limite os estágios, não facilita a contratação nem reduz os custos do emprego para as empresas. Sem perspectivas de emprego, ou os desempregados criam o seu emprego ou emigram. A opção mais fácil para os mais qualificados e mais jovens é emigrar. Aqui em Londres nunca se viram tantos portugueses, cada vez mais jovens e mais qualificados. O mundo está cheio de oportunidades.
Qual seria a sua bandeira se fizesse hoje uma manifestação?
Há dois anos, lancei com Geoff Mulgan e outros amigos um manifesto intitulado Fixing the Future. Mantém-se actual. Não basta corrigir o passado, é preciso preparar o futuro. Isso significa promover a inovação social, fomentar o empreendedorismo e focar os recursos escassos nas actividades que irão criar mais empregos. Tudo isso implica uma ruptura com a lógica actual. A dicotomia Estado/mercado está ultrapassada. Precisamos de reforçar as capacidades da sociedade encontrar novas respostas. É possível criar emprego e simultaneamente dar resposta a necessidades sociais.
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